segunda-feira, 3 de junho de 2013

Zeca do PT, ex-governador, culpa ministra Gleisi por conflito

Em nota divulgada nesta sexta-feira (31), o vereador Zeca do PT responsabilizou o Governo da presidenta Dilma Rousseff pelo conflito registrado na Fazenda Buriti, em Sidrolândia e culpou a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann pela morte de um índio.
Ao se solidarizar com o povo indígena, Zeca do PT ignorou até mesmo sua relação de amizade com Gleisi Hoffmann, que foi sua secretária de Planejamento em sua primeira gestão como governador de Mato Grosso do Sul.
Zeca lembrou que foi Gleisi que suspendeu a demarcação pela absoluta e exclusiva pressão dos fazendeiros e finalizou conclamando os movimentos sociais, sindical, popular e as entidades da sociedade civil, a reagirem contra o ataque aos que chamou de indefesos. (Folha de Campo Grande)

PR: índios invadem sede do PT em protesto contra ministra Gleisi

Grupo criticou a chefe da Casa Civil dizendo que ela favorece os ruralistas em detrimento dos índios


Cerca de 30 índios Kaingang do município de Mangueirinha (PR), na região sudoeste do Estado, ocupam desde o início da manhã desta segunda-feira a sede estadual do Partido dos Trabalhadores em Curitiba. Os índios protestam contra a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), que, segundo eles, tem tomado posição em defesa de ruralistas e contrária aos indígenas na questão da distribuição de terras no Paraná.
Segundo o líder do grupo, cacique Romancil Cretã, o protesto é contra a suspensão, por parte da Casa Civil, de 11 portarias declaratórias, documentos que reconheceriam terras como de propriedade indígena, no Paraná. Os índios viajaram durante a madrugada para Curitiba em um ônibus, que partiu de Mangueirinha. Eles fazem parte de um movimento que ocorre em toda a Região Sul do Brasil, e que, no Paraná, além da ocupação da sede do PT, foi responsável pela interdição da BR-373, no km 460, trecho do acesso a Mangueirinha.
"Essa postura (da ministra Gleisi Hoffmann) vai contra a legalidade de nossas terras e a favor dos ruralistas. Outras manifestações também estão sendo feitas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Se isso for feito como foi no Mato Grosso do Sul, um conflito entre índios e ruralistas é iminente", disse o cacique, lembrando da morte de um índio em confronto com a polícia no Estado vizinho. "Só sairemos daqui quando uma audiência entre nós e o Ministério da Justiça tiver sido marcada. A legalidade dessas terras dependem apenas da assinatura de uma portaria por parte do governo, mas parece que isto não vai acontecer", acrescentou.
A assessoria do PT do Paraná informou, em nota, que suspendeu as atividades partidárias desta segunda-feira para resolver a situação. O PT disse já ter aberto diálogo com os indígenas e que articulou a realização de uma audiência junto ao Ministério da Justiça. A Casa Civil informou que a ministra Gleisi Hoffmann já aceitou receber representantes dos Kaigang em Brasília, e que está aguardando uma posição dos indígenas para a desocupação da sede do partido. (terra)

Nota do Conselho Indigenista Missionário: Repúdio à ação criminosa da Polícia Federal contra o Povo Terena

Nós, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) viemos a público denunciar a violenta e desumana ação da Polícia Federal e da Polícia Militar do estado de Mato Grosso do Sul, na madrugada de quinta-feira, 30 de maio, contra a comunidade indígena Terena que ocupa a fazenda Buriti, no município de Sidrolândia/MS. O ataque policial resultou no assassinato de Osiel Gabriel e deixou várias pessoas feridas.
Manifestamos grande preocupação com o aprisionamento de 15 lideranças do Povo Terena, que se encontram incomunicáveis na carceragem da Polícia Federal, em Campo Grande. Dentre os presos, está um jovem Terena que filmou todo o ataque e teve, inclusive, seu equipamento recolhido pelo Polícia. O Cimi teme pela integridade física destes líderes.
Responsabilizamos o Governo Federal, na pessoa da presidenta da República, Dilma Rousseff e do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pela ação desmedida e criminosa da Polícia Federal contra o Povo Terena, uma vez que esta força policial está sob seu comando e só deveria agir mediante seu consentimento.
A fazenda Buriti é parte dos 17.200 hectares declarados pelo Ministério da Justiça, em 2010, como território tradicional do Povo Terena, tendo sido retomada, no dia 15 de maio, pela comunidade, que reivindica a conclusão dos procedimentos de demarcação da Terra, iniciados há mais de dez anos.
Lembramos que não é a primeira vez que se praticam ilegalidades e arbitrariedades contra comunidades Terena em Sidrolândia. Na mesma terra indígena ocorreu, em 19 de novembro de 2009, um violento despejo protagonizado por cerca de 30 fazendeiros e 60 policiais militares, mesmo havendo uma decisão judicial favorável à permanência dos Terena naquela área.
Em nosso entendimento, a ação brutal comandada pela Polícia Federal faz parte de uma estratégia mais ampla do governo federal para viabilizar demandas de ruralistas e latifundiários do agronegócio. Com isso, de forma premeditada, o governo desrespeita os direitos dos povos que tradicionalmente habitam aquelas terras.
Entendemos, outro sim, que o poder judiciário e, em especial, o juiz federal responsável pela ordem de despejo dos Terena de sua terra tradicional assumiu também, por este ato, responsabilidade no episódio violento patrocinado pela Polícia Federal e Polícia Militar do estado do Mato Grosso do Sul.
Repudiamos ainda a postura do governador do estado, André Puccinelli, que no uso de suas funções vem incitando a população sul matogrossense contra os povos indígenas, com sucessivas manifestações públicas de caráter antiindígena.
Alertamos que deputados estaduais vêm utilizando a Assembleia Legislativa do MS como palco para pronunciamentos discriminatórios, que visam desqualificar as lutas pela defesa da terra por parte dos povos indígenas e, ao mesmo tempo, criminalizar o movimento indígena, suas lideranças e as organizações que lhes prestam apoio.
As insinuações de que os Terena estariam sendo manipulados ou insuflados pelo Cimi a retomar suas terras são infundadas, levianas e ofensivas aos povos indígenas. Essas insinuações são parte da estratégia de ruralistas preconceituosos e racistas que se acostumaram a invadir as terras e a tratar os povos indígenas como se fossem seres inferiores, incapazes de pensar, de discernir entre o certo e o errado, de tomar decisões por conta própria e de lutar por seus direitos. A história mostra que são exatamente estes invasores das terras indígenas os responsáveis pelos assassinatos de líderes indígenas no Brasil e, em particular, no estado do Mato Grosso do Sul.
O Cimi continuará sua missão atuando de forma intransigente na defesa da vida dos povos indígenas e denunciando as invasões de suas terras, os assassinatos e os assassinos destes povos. Reafirmamos nossa solidariedade aos povos indígenas do Brasil e às lutas autônomas e justas do povo Terena pela demarcação e garantia de suas terras tradicionais.
Brasília, DF, 30 de maio de 2013.
Cimi – Conselho Indigenista Missionário

Ministro pede que PF apure com rigor se houve abuso policial em desocupação de fazenda


O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou que a Polícia Federal (PF) apure, "com rigor", se houve abuso policial durante a desocupação de uma fazenda localizada em Sidrolândia (PA), a cerca de 60 quilômetros da capital sul-mato-grossense, Campo Grande. A fazenda estava ocupada por índios terenas desde o último dia 15. Durante o cumprimento da decisão judicial de reintegração de posse, um índio, Osiel Gabriel, foi morto a tiros.
"Vamos apurar com muito rigor o que houve. Se houve abuso, todos os responsáveis serão punidos", disse o ministro, informando que a PF já instaurou inquérito para apurar os fatos. Cardozo acrescentou que já pediu relatórios detalhados à Polícia Federal e à Fundação Nacional do Índio (Funai), cujos representantes acompanhavam a operação. "É impossível dizer, neste momento, quem atirou nos índios. Já determinamos que os fatos sejam apurados", comentou.
Segundo o ministro, assim que a Justiça concedeu um mandado de reintegração de posse imediata ao proprietário da fazenda, o ex-deputado estadual Ricardo Bacha, a PF informou ao juiz Ronaldo José da Silva que não dispunha de efetivo adequado para cumprir a decisão. O magistrado então determinou que a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul apoiasse a ação.
Cardozo ainda não sabe quantos policiais federais e militares participaram da operação, mas acredita que o efetivo empregado tenha sido "adequado". Indagado sobre a decisão do juiz de não conceder mais tempo para que a PF organizasse a ação com seus próprios meios, o ministro disse que não faria prejulgamentos, mas concordou que os riscos diminuem à medida que uma operação policial seja melhor planejada.
Em nota, o governo estadual informou que os policiais militares empregados na operação integram a Companhia de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais. Ainda segundo o governo sul-mato-grossense, eles não usaram armamento letal.  
Para Cardozo, o episódio é uma "lamentável" consequência da judicialização a que estão sujeitos os processos demarcatórios de terras indígenas. De acordo com o ministro, a Fazenda Buriti está em meio a um conflito fundiário de mais uma década. "Os estudos para verificar se eram terras indígenas foram iniciados em 2001. Em 2010, o ministério baixou uma portaria reconhecendo o caráter indígena da terra, o que ensejou uma discussão judicial que perdura até hoje".
A propriedade fica no interior da Terra Indígena Buriti, declarada pelo Ministério da Justiça como de ocupação tradicional em 2010. Dos 17 mil hectares já reconhecidos, os terenas ocupam apenas 3 mil (um hectare corresponde a 10 mil metros quadrados, o equivalente a um campo de futebol oficial).
Após a ocupação do dia 15 deste mês, que os índios classificam como uma retomada da terra dos seus antepassadas, uma primeira tentativa de desocupação foi abortada pela PF no último dia 20. Na ocasião, os índios também resistiram à ação policial determinada pela Justiça. Tentou-se então promover a conciliação entre Bacha e os índios. A reunião ocorreu ontem (29). Como não houve acordo, o juiz Ronaldo José da Silva autorizou a desocupação da propriedade. (EBC)

Roseana Sarney rejeita lei anti-trabalho escravo no Maranhão

Despreocupada com a situação em que se encontram os trabalhadores do Maranhão, a governadora Roseana Sarney recusou-se a assinar uma lei aprovada pela Assembleia Legislativa que impede o governo do estado de contratar empresas que tenham sido denunciadas por uso de trabalho escravo.
O assunto volta à tona quando o Ministério Público do Trabalho desbaratou esquema de utilização de trabalho escravo por empresa contratada pelo governo de Roseana para colocar de pé o Arraial da Lagoa da Jansen.
Sem água, comida adequada, ambiente propício para dormir, material de segurança do trabalho para se proteger, os trabalhadores trazidos de Penalva pela empresa Carmel Construções (contratada pelo governo para realizar o serviço) trabalhavam em condições análogas a escravos.
A lei proposta pelo deputado Bira do Pindaré em 2012 foi rejeitada pela governadora, que continua podendo contratar empresas que submetem trabalhadores a situações sub humanas enquanto trabalham para o governo do estado.
Ponto preferido de Roseana Sarney, família e secretários durante o período junino, o arraial da Lagoa é um dos pontos mais frequentados pela elite de São Luís nas festas de São João. A governadora tem direito, inclusive, a um camarote especial, construído um andar acima dos demais espectadores das brincadeiras. (Blog John Cutrim)

A conversa mole na campanha:

A realidade:

MA possui maior número de casos de trabalho escravo registrado

Em torno de 17 mil trabalhadores foram resgatados em condição de trabalho escravo nos últimos cinco anos no país. O Estado do Maranhão tem o maior número de casos. Os números foram divulgados nesta quinta, dia 24, em Brasília.

O balanço reúne dados das operações feitas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) de 2005 a 2010. O Maranhão teve quase quatro mil trabalhadores resgatados, o Pará, 2.500, e Mato Grosso do Sul, mais de 1.400. Em último lugar na lista estão Amapá e Espírito Santo, que juntos somaram quatro casos.

Segundo as autoridades, muitos reincidem no trabalho escravo após serem resgatados. Por isso, o MPT vai incentivar a oferta de cursos de capacitação, com ajuda financeira, em áreas como corte-costura, mecânica e operação de máquinas agrícolas.

– A vulnerabilidade reside na falta de qualificação, na falta de perspectiva de possibilidade de outra forma de trabalho. A idéia é durante a qualificação aproveitar a verba que ele já recebe do seguro desemprego, durante três meses, para que ele seja qualificado – explica o procurador geral do trabalho, Otávio Lopes.

Até o final de 2011 ações devem ser implantadas em todos os estados do país. O projeto piloto que funciona a um ano no Mato Grosso já atendeu 126 trabalhadores que estavam sob regime de escravidão, nenhum deles voltou a ser explorado.

O projeto vai funcionar em parceria com governos estaduais e municipais, universidades e iniciativa privada.

– Essa articulação é essencial para que o combate ao trabalho escravo tenha mais eficácia – diz Lopes. (Blog do Carlos Cristiano)

Indenizações para vítimas da ditadura excluem grande parte dos 'sem partido'

A política de indenizações por mortes e torturas cometidas pela ditadura exclui os participantes da resistência sem vínculos, no passado e no presente, a partidos e centrais sindicais. Pesquisa da Secretaria de Direitos Humanos mostra que só vítimas ou famílias de mortos que, a partir da redemocratização, migraram de organizações clandestinas para sindicatos ou novas legendas de esquerda conseguiram a reparação do Estado.
O estudo Camponeses Mortos e Desaparecidos: Excluídos da Justiça de Transição, que será divulgado nesta semana, já é motivo de debate no governo e poderá influenciar a política de reparação.
Coordenada pelo ex-preso político e fundador do PT Gilney Viana, do projeto Direito à Memória e à Verdade, a pesquisa mostra que, dos 51 pedidos de indenização de famílias de camponeses assassinados, a Comissão de Mortos e Desaparecidos só deferiu 29 que provaram a "militância político-partidária" do parente. Os 22 pedidos recusados eram casos de pessoas sem partidos.
Uma soma de 602 camponeses mortos ou torturados foi listada como "excluída" das indenizações. Estima-se que, dos 73 mil pedidos de anistia julgados ou em tramitação, só 5% são da área rural, onde há menos militância partidária. "Quem participou de movimentos políticos organizados ou se lançou na política depois teve mais facilidade de acesso aos benefícios das Leis dos Mortos e Desaparecidos e da Anistia", afirma Viana.
A polêmica sobre a exclusão dos camponeses na política de reparação de vítimas da ditadura não se limita à rede de direitos humanos formada nas cidades, que deu prioridade a famílias dos mortos e torturados oriundos sobretudo da classe média. Viana diz, em tom diplomático, que o estudo é uma "curva por fora" no caminho trilhado pela esquerda, da qual ele mesmo faz parte.
O estudo vai na contramão da nova estratégia dos partidos chamados de esquerda de se aproximarem do agronegócio, uma das fontes tradicionais de financiamento das siglas de direita. Enquanto PT e PC do B dão uma guinada ruralista, o estudo da Secretaria de Direitos Humanos resgata o papel de lideranças de movimentos populares no campo no tempo da ditadura.
Viana pondera que a esquerda não impediu o acesso de pessoas sem vínculos partidários aos benefícios, mas destaca que não houve "esforço" para que as comissões atendessem aos pedidos de camponeses sem partidos políticos. Ele ressalta que a legislação da anistia, iniciada pelos militares, induziu à política que priorizou pessoas de partidos. No caso do benefício da Anistia, servidores públicos e militares tiveram facilidade de obter os benefícios, assim como ex-presos políticos e familiares de mortos, quase todos das cidades.
Boa parte dos camponeses excluídos das indenizações foi vítima da repressão "terceirizada". A ditadura tirou de cena os agentes do Centro de Inteligência do Exército (CIE) e delegou poderes para milícias privadas e polícias. Governadores da oposição ao regime recorreram aos generais de linha-dura para comandar as polícias. Um dos casos emblemáticos é a revolta de agricultores de Viseu, no Pará, no começo dos anos 1980.
A repressão contou com um agente do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI), James Sylvio de Vita Lopes, e a polícia do então governador Jader Barbalho (PMDB). Quando militantes das cidades buscavam reparação por danos sofridos na ditadura, os do campo enfrentavam fazendeiros. "Os que estavam na cidade faziam política e os de lá continuavam em guerra", observa Viana. "Os partidos de esquerda são eminentemente urbanos."
Durante a redemocratização, a Comissão Pastoral da Terra (CPT), braço político no campo da esquerda da Igreja Católica, ficou sozinha no apoio a movimentos sertanejos. Por interesses imediatos, a CPT focou na "luta de classes", enxergando como inimigos os fazendeiros mandantes de crimes, sem vinculá-los, no entanto, a uma rede central de repressão.
Exclusão
"O que não se justifica é que, passado tanto tempo, não se dê a devida importância para o problema da exclusão de camponeses e de pessoas (sem vínculos partidários) nas cidades", diz. "Não importa se o militante é do partido A, B ou C, mas o fato de o regime militar o ter identificado como inimigo."
Em 2002, quando a Lei da Anistia foi alterada no Congresso para aumentar o número de benefícios, as centrais sindicais fizeram pressão para atender a seus interesses. À época, a bancada de esquerda era, em sua maioria, formada por parlamentares ligados a sindicatos das cidades. Vítimas e parentes de mortos do campo continuaram discriminados. O estudo não constata fraudes no processo, como o pagamento de benefícios a quem não foi violentado ou morto pela ditadura, mas destaca que a ligação a partidos de esquerda é um critério de indenização.  (AE)

Manifestantes protestam no M'Boi-Mirim contra alta da tarifa de ônibus

Manifestantes do movimento Passe Livre queimaram nesta segunda-feira, 3, uma catraca na frente da Subprefeitura de M´Boi-Mirim, na zona sul de São Paulo, em protesto contra o aumento das tarifas de transporte público na cidade de São Paulo. Eles saíram do Terminal Guarapiranga, com faixas e tambores, e bloquearam um faixa reversível no sentido centro da Estrada de M'Boi-Mirim. O ato começou às 6h e terminou às 7h20.

Por causa do protesto, o trânsito ficou mais lento na região temporariamente. "A tarifa aumentou, mas não tem qualidade nenhuma. Somos de uma região sofrida e esquecida, que se encontra abandonada pelo governo do Estado e a Prefeitura", diz o eletricista Rosevaldo Caetano Alves, um dos ativistas. A organização do Passe Livre diz que cem pessoas participaram da manifestação.
Reajuste. Já estão valendo desde domingo, 2, as novas tarifas de ônibus, metrô e trem em São Paulo, que subiram de R$ 3 para R$ 3,20. Os novos preços começaram a ser cobrados a partir da 0 hora. Também subiu o valor da integração para quem pega ônibus e algum meio de transporte sobre trilhos. O total a ser gasto nessa situação será de R$ 5 - antes, era de R$ 4,65. (AE)

Ex-gerente da Microsoft lança ‘Starbucks da maconha’

"Esse negócio vai criar mais milionários do que criou a Microsoft", afirma Jamen Shively , um ex-gerente da Microsoft que trabalhou na área de estratégias industriais da gigante de softwares entre 2003 e 2009.
Baseado em estudos sobre o tamanho do mercado mundial, Shively está lançando uma nova empresa que pretende tornar-se tão grande quanto a sua ex-empregadora. A diferença é que ao invés de trabalhar com informática, ela vai atuar no comércio de maconha.
O empreendedor pretende arrecadar US$ 100 milhões com o lançamento de ações da nova companhia, conforme anunciou para uma plateia de jornalistas e potenciais investidores em Seattle, na sexta-feira, 31.
O dinheiro será usado para comprar terras nos estados onde é permitido plantar e comercializar a erva, seja para fins terapêuticos e recreativos. E também para abrir uma rede que pretende ser a 'Starbucks da marijuana'.
Nos Estados Unidos, 18 Estados já aprovaram o uso da maconha para fins médicos. Em Colorado e Washington, a planta também está liberada para 'entretenimento'.
O projeto da start-up deShively inclui um plano de cultivo no Colorado e o estabelecimento de uma rede de distribuição que poderia chegar a 100 lojas.
Shively já sonha com o mercado internacional. Na apresentação do seu projeto, o empresário estava sentado ao lado de Vicente Fox, ex-presidente do México, que será o porta-voz de uma proposta de regulamentação do comércio de maconha no México.
"Eu prefiro estar sentado falando sobre essas coisas com um empresário como Shively do que discutir isso com os comandantes dos cartéis de drogas", disse Fox, ex-executivo da Coca-Cola que presidiu o México entre 2000 e 2006.
O potencial econômico de uma multinacional da maconha é inegável. De acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas, em 2005 o mercado global movimentava cerca de US$ 142 bilhões.
No entanto, existem obstáculos jurídicos. Nos Estados Unidos, em 32 estados a substância permanece ilegal.
Por enquanto, Shively já conta com o valioso apoio de um membro do Governo do Estado de Washington, o democrata Reuven Carlyle, que promete apoiar o projeto dizendo que compartilha com o espírito empreendedor típico dos habitantes de Seattle. (AE)

Participação de Marcelo Csettkey, autor do livro "Crime de Estado", e outros, no programa Roda Viva. Uma visão diferenciada sobre o atentado11 de setembro



MAIS:

GOLPES DE ESTADO, OPERAÇÕES DE DESESTABILIZAÇÃO INTERNA, E A AÇÃO MIDIÁTICA DE GUERRA PSICOLÓGICA ADVERSA PATROCINADA PELOS EUA POR TODO O MUNDO

Autor: Vympel 1274
Plano Brasil
Projeto para o Novo Século Americano (PNAC) foi um grupo de orientação política baseado em Washington, DC, que durou de 1997 a 2006. Ele foi fundado como uma organização sem fins lucrativos pelos neoconservadores, William Kristol e Robert Kagan. O objetivo declarado do PNAC era “promover a liderança global americana”. É fundamental para o PNAC foram da opinião de que “a liderança americana é bom para os EUA e bom para o mundo” e apoio a “uma política do estilo Reagan de força militar e clareza moral. “O PNAC exerceu influência no nível de funcionários do governo dos EUA da alta administração do presidente dos EUA, George W. Bush e afetou a Administração Bush no desenvolvimento de políticas militares, especialmente envolvendo a segurança nacional e à Guerra do Iraque.
Declaração de Princípios
O primeiro ato público PNAC foi lançar uma “Declaração de Princípios”, em 03 de junho de 1997, que foi assinado por ambos os seus membros e uma variedade de outros notáveis políticos conservadores e jornalistas (veja Signatários da Declaração de Princípios). A declaração começou por enquadrar uma série de perguntas, que o restante do documento se propõe a responder:
“O final do século 20 se aproxima do fim, os Estados Unidos se destacam como eminente-potência mundial. Tendo conduzido o Ocidente para a vitória na Guerra Fria, a América enfrenta uma oportunidade e um desafio: Será que os Estados Unidos têm a visão para aproveitar as conquistas de décadas passadas? Os Estados Unidos têm a determinação para desenhar um novo século favorável aos princípios e interesses americanos?
Em resposta a estas questões, o PNAC afirma que o seu objetivo era de “recordar à América” de “lições” aprendidas com a história americana, apontando as quatro prioridades para a América em 1997:
  • Precisamos aumentar significativamente os gastos de defesa, se quisermos assumir as nossas responsabilidades globais de hoje e modernizar nossas forças armadas para o futuro;
  • Precisamos fortalecer nossos laços com os aliados democráticos e desafiar os regimes hostis aos nossos interesses e valores;
  • É preciso promover a causa da liberdade política e econômica no exterior;
  • Precisamos aceitar a responsabilidade por papel único da América em preservar e ampliar uma ordem internacional amigável à nossa segurança, nossa prosperidade e nossos princípios.
Enquanto “Essa política da era Reagan de força militar e clareza moral pode  não estar na moda hoje em dia”, a “Declaração de Princípios”, conclui, “é necessário que os Estados Unidos construam sobre os sucessos do século passado para garantir a nossa segurança e nossa grandeza no próximo século.”

Donal Rumsfeld (esquerda) e Paul Wolfowitz (direita), os dois membros mais importantes do PNAC. O primeiro era Secretário de defesa e o segundo era Secretário-adjunto de defesa dos EUA durante o 11/9. Cabe salientar que Rumsfeld era diretor ou acionista de várias empreses ligadas á prestação de serviços as forças armadas e de reconstrução de países devastados por guerras.


Relação com o governo Bush
Após a eleição de George W. Bush em 2000, um número de membros do PNAC ou signatários, foram nomeados para posições-chave dentro da administração do presidente:
NomePosição (ões) no governo
Elliott AbramsAssessor especial do presidente e diretor sênior para a Democracia, Direitos Humanos e Operações Internacionais (2001-2002), assistente especial do presidente e diretor sênior para o Oriente Médio e Norte Assuntos Africano (2002-2005), adjunto do presidente e Vice-Conselheiro de Segurança Nacional para a Estratégia Global Democracia (2005-2009) (tudo dentro do Conselho de Segurança Nacional)
Richard ArmitageSubsecretário de Estado (2001-2005)
John R. BoltonSubsecretário de Estado para Controle de Armas e Assuntos de Segurança Internacional (2001-2005), embaixador dos EUA na Organização das Nações Unidas (2005-2006)
Dick CheneyVice-presidente (2001-2009)
Eliot Cohen A.Membro do Conselho Consultivo da Política de Defesa (2007-2009)
Seth CropseyDirector do Bureau Internacional de Radiodifusão (12/2002-12/2004)
Paula DobrianskySubsecretário de Estado para Assuntos Globais (2001-2007)
Francis FukuyamaMembro do Presidente do Conselho de Bioética A (2001-2005)
Zalmay KhalilzadEmbaixador dos EUA no Afeganistão (11/2003 – 6 / 2005), embaixador dos EUA no Iraque (6 / 2005 – 3 / 2007) O embaixador dos EUA nas Nações Unidas (2007-2009)
I. Lewis Libby “Scooter”Chefe de Gabinete do Vice-Presidente dos Estados Unidos (2001-2005) sob Dick Cheney
Richard PerlePresidente do, Conselho Consultivo da Política do Comitê da Diretoria de Defesa (2001-2003)
Peter W. RodmanSecretário-assistente de Defesa para Segurança Internacional (2001-2007)
Donald RumsfeldSecretário de Defesa (2001-2006)
Randy ScheunemannMembro do Comité os EUA na OTAN, o Projeto de democracias em transição, Instituto Republicano Internacional
Paul WolfowitzO subsecretário de Defesa (2001-2005)
Dov S. ZakheimDepartamento de Defesa Controladoria (2001-2004)
Robert B. ZoellickEscritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (2001-2005), Secretário Adjunto de Estado (2005-2006), 11 º Presidente do Banco Mundial (2007-presente)
Reconstruindo as defesas da América
Em setembro de 2000, o PNAC publicou um relatório de 90 páginas intitulado ”Reconstruindo as defesas da América: Estratégias, Forças e Recursos para um Novo Século”. O relatório que era projeto dos Presidentes Donald Kagan e Schmitt Gary e como autor principal Thomas Donnelly, cita o PNAC de junho de 1997 em sua “Declaração de Princípios” e prossegue “a partir da crença de que os EUA deveriam procurar preservar e alargar a sua posição de liderança mundial pela manutenção da preeminência de forças militares dos EUA”.
O relatório afirma:
A paz americana provou-se pacífica, estável e durável. Ele tem, ao longo da última década, desde o quadro geopolítico para o crescimento econômico generalizado e a disseminação de princípios americanos de liberdade e democracia. No entanto, em nenhum outro momento na política internacional pode ser congelada no tempo, até mesmo a  ”Pax Americana“ mundial não vai se preservar.
Em seu “Prefácio”, em caixas de destaque, Reconstruindo as defesas da América afirma que pretende:
Estabelecer quatro missões fundamentais para os militares dos EUA:
  • Defender a pátria americana;
  • Lutar e vencer decisivamente múltiplos, simultâneos teatros de guerra principais;
  • Realizar o “policiamento” associado a moldar o ambiente de segurança em regiões críticas;
  • Transformar as forças dos EUA para explorar a “revolução nos assuntos militares”;
Ele especifica os seguintes objetivos:
MODERNIZAR A CORRENTE força dos EUA de forma seletiva, prosseguir com o programa F-22 do, aumentando as compras, de suporte eletrônico e outras aeronaves, submarinos e de superfície expansão das frotas combatentes; compra de helicópteros Comanche e veículos terrestres de peso médio para o exército, e os V-22 Osprey ” e de aeronaves destinadas ao Corpo de Fuzileiros Navais.
CANCELAR Programas como o Joint Strike Fighter, porta-aviões CVX e o obuseiro Crusader, que absorvem quantidades exorbitantes de financiamento do Pentágono, proporcionando melhorias limitadas à capacidade atual. A poupança a partir desses programas cancelados deverá ser utilizada para estimular o processo de transformação militar.
Desenvolver e Implementar  defesa global contra mísseis para defender a pátria americana e aliados norte-americanos, e fornecer uma base segura para a projeção de poder dos EUA em todo o mundo.
CONTROLE DO ESPAÇO E HIPERESPAÇO,  e abrir o caminho para a criação de um novo serviço militar  as ” Forças Espaciais dos EUA”  - com a missão de controlar o espaço.
Explorar a “revolução nos assuntos militares”para garantir a superioridade a longo prazo das forças convencionais dos EUA. Estabelecer uma etapa do processo de transformação que:
• maximizar o valor dos atuais sistemas de armas, através da aplicação de tecnologias avançadas, e,
• produzir melhorias mais profundas das capacidades militares, incentivar a concorrência entre os serviços de esforços individuais e experimentação de serviços em comum.
AUMENTO DE GASTOS DE DEFESA gradualmente para um nível mínimo de 3,5 a 3,8 por cento do produto interno bruto, adicionando US $ 15 bilhões para $ 20 bilhões para gastos de defesa total anualmente.
“Nova Pearl Harbor”
A seção V de reconstrução de Defesa da América, intitulado “Criação de dominação vigorosa do amanhã”, inclui a frase: “Além disso, o processo de transformação, mesmo que provoque mudanças revolucionárias, provavelmente deverá será longo, sendo necessário para catalisar este, um evento catastrófico como um novo Pearl Harbor“.

O "novo Pearl Harbour" - Oportunidade aproveitada ou fabricada? Donald Rumsfeld e Paul Wolfowitz (principais membros do PNAC) assumiram seus cargos no governo Bush em 20/01/01
Embora não argumentando que os membros do PNAC da administração Bush foram cúmplices nos ataques, outros críticos sociais, como comentador Manuel Valenzuela eo jornalista Mark Danner, o jornalista investigativo John Pilger, e o ex- editor do jornal The San Francisco Chronicle, Bernard Weiner, argumentam que todos os membros do PNAC utilizaram os acontecimentos de 9 / 11 como “a nova Pearl Harbor” necessária – ou seja, como uma “oportunidade” para capitalizar seus planos.
Iraque e Irã
Em relação ao Golfo Pérsico, citando particularmente o Iraque e o Irã, reconstrução da América Defesaafirma que “enquanto o conflito não resolvido no Iraque forneça a justificação imediata para a presença militar dos EUA, a necessidade de uma força de presença americana substancial no Golfo Pérsico transcende a questão do regime de Saddam Hussein e a longo prazo, o Irã poderá vir a revelar uma ameaça tão grande aos interesses dos EUA no Golfo Pérsico como o Iraque. E, mesmo que as relações EUA-Irã melhorem, deve-se manter forças com base na região, pois ainda seria um elemento essencial na estratégia dos EUA de segurança, dada a longa interesses americanos na região. “
Em 20 de setembro de 2001 (nove dias depois dos  ataques de 11 de setembro de 2001), o PNAC enviou uma carta ao presidente George W. Bush, defendendo “um esforço determinado para remover Saddam Hussein do poder no Iraque”, ou mudança de regime:
“Mesmo se as provas não apontam diretamente para o Iraque, qualquer a estratégia que visa a erradicação do terrorismo e seus patrocinadores deve incluir um esforço determinado para remover Saddam Hussein do poder no Iraque. Falha em realizar tal esforço constitui uma e talvez decisiva entrega no início da guerra contra o terrorismo internacional.”
De 2001 a 2002, os co-fundadores e outros membros do PNAC publicaram artigos de apoio dos Estados Unidos invasão do Iraque. Em seu site, o PNAC divulgou o seu ponto de vista que deixar Saddam Hussein no poder seria “rendição ao terrorismo”.
Em 2003, durante o período que antecedeu a invasão do Iraque em 2003, o PNAC teve sete membros do pessoal de tempo integral, além de toda sua diretoria.

Saddam Hussein e Mahmoud Ahmadinejad - O primeiro caiu, o segundo está na mira. Consecução de objetivos estabelecidos pelo PNAC?
Uma das missões fundamentais descritos no relatório de 2000 Reconstruindo as defesas da América é a “lutar e vencer decisivamente múltiplos, simultâneos teatros de guerra principais.”
Fim da organização
Até o final de 2006, o PNAC foi “reduzido a uma caixa de correio de voz e um site fantasma”, com “um único funcionário” da esquerda para embrulhar as coisas “, segundo a BBC News. De acordo com Tom Barry, “Os dias de glória do Projeto para o Novo Século Americano (PNAC) passaram rapidamente.” Em 2006, Gary Schmitt, ex-diretor executivo do PNAC, um estudioso residente no American Enterprise Institute e diretor de seu programa em Estudos Avançados Estratégicos, afirmou que PNAC tinha chegado a um fim natural:
“Quando o projeto começou, não era a intenção de ir para sempre. É por isso que estamos a terminá-lo. Nós teríamos que gastar muito tempo e dinheiro para ele e ele já fez o seu trabalho. Nós sentimos que havia falhas na política externa americana, que era neo-isolacionista. Nós tentamos ressuscitar a política de Reagan. Nosso ponto de vista foi aprovado. Mesmo durante a administração Clinton, tivemos um efeito, com Madeleine Albright (então secretário de Estado), dizendo que os Estados Unidos era “a nação indispensável”. O PNAC foi substituído pela Iniciativa Política Externa.
Nota do Post: Pensemos se nosso país está preparado para enfrentar tal política agressiva, a qual já está em prosseguimento á anos. Quem garante que tal política tenha sido abandonada, e se foi, quem garante que não será revivida por um futuro governo conservador, já que o atual (democrata) cai na opinião pública? Como já foi dito em outros posts, se nós não formos capazes de trilharmos nosso próprio caminho, outros o farão e ainda seremos incluídos no “eixo do mal” e passaremos para a história como vilões…
Bibliografia:
Sugestões de documentários para quem quer saber mais:
“Fahrenheit 9 -11″ – de Michael Moore
“Losse Change” – de Dylan Avery
“Nuovo Secolo Americano” – de Massimo Mazzucco
“Um táxi para a escuridão” – de Alex Gibney

“911 in the Plan site” – de Willian Lewis


 
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