sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Na Ăºltima pesquisa do Ibope Luciano Ducci deu um salto de nove pontos


O prefeito Luciano Ducci (PSB), que disputa a reeleiĂ§Ă£o, disparou nas intenções de voto segundo a Ăºltima pesquisa do Ibope divulgada agora Ă  noite pela RPC e assumiu a liderança na corrida pela prefeitura de Curitiba. Ducci, que tinha 16% das intenções de voto, segundo o Ibope de abril, deu um salto de 9 pontos percentuais e chegou a 25%. Um crescimento de mais de duas vezes superior a margem de erro admitida pela pesquisa que Ă© de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.
Os principais adversĂ¡rios de Ducci, Gustavo Fruet (PDT) e Ratinho JĂºnior (PSC), oscilaram negativamente. Fruet, que tinha 26% das intenções de voto em abril caiu 2 pontos percentuais e aparece com 24%. Ratinho JĂºnior, que tinha 24% na pesquisa anterior perdeu 1 ponto percentual e tem agora 23% das intenções de voto. O candidato do PMDB, Rafael Greca, tambĂ©m registrou uma oscilaĂ§Ă£o negativa. Greca, que tinha 7% das intenções de voto em abril, tem agora 6%. A pesquisa Ibope/RPC foi realizada entre os dias 7 e 9 de agosto. (CĂ­cero Cattani)

Ibope divulga os nĂºmeros da corrida eleitoral em Curitiba, e Luciano Ducci estĂ¡ a frente




O Ibope divulgou, nesta sexta-feira (10), a pesquisa de intenĂ§Ă£o de voto sobre a disputa pela Prefeitura de Curitiba.
A pesquisa foi encomendada pela RPC TV.
Veja os nĂºmeros do Ibope para a pesquisa estimulada:
Luciano Ducci (PSB) – 25%
Gustavo Fruet (PDT) – 24%
Ratinho Junior (PSC) – 23%
Rafael Greca (PMDB) – 6%
Carlos Moraes (PRTB) – 1%
Alzimara Bacellar (PPL) – 0%
Avanilson AraĂºjo (PSTU) – 0%
Bruno Meirinho (PSOL) – 0%
Branco/nulo – 10%
NĂ£o sabe – 11%
O levantamento foi realizado entre os dias 7 e 9 de agosto e foram entrevistadas 602 pessoas na capital paranaense. A margem de erro Ă© de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos.
A pesquisa estĂ¡ registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR), sob o nĂºmero PR-00040/2012.
Pesquisa espontĂ¢nea
O Ibope tambĂ©m perguntou aos entrevistados em quem eles votariam para prefeito de Curitiba espontaneamente, ou seja, sem a apresentaĂ§Ă£o dos nomes de candidatos. Nesta situaĂ§Ă£o, 46% declararam nĂ£o saber em quem votariam ou nĂ£o opinam sobre a preferĂªncia e 11% declararam a intenĂ§Ă£o de votar em branco ou nulo. Nesta medida, Luciano Ducci e Gustavo Fruet tĂªm 14%, Ratinho Junior 11% e Rafael Greca 3%. Os demais nomes citados espontaneamente somaram 1%.
RejeiĂ§Ă£o
A pesquisa de opiniĂ£o tambĂ©m perguntou em que candidatos os entrevistados nĂ£o votariam de jeito nenhum. Nesta sondagem, Rafael Greca aparece com 32% de rejeiĂ§Ă£o, Luciano Ducci 24%, Ratinho Junior 22%, Carlos Moraes 13%, Alzimara Bacellar e Gustavo Fruet 12%, Avanilson AraĂºjo e Bruno Meirinho 11%. (G1)

MobilizaĂ§Ă£o de protesto dos Guarany, que a poucos dias bloquearam a ponte Ayrton Senna, começa a dar frutos

Itaipu, uma das maiores hidrelĂ©tricas do mundo, tem um nome em lingua guarani, e este significa “pedra que canta”. O som deste nome, para os povos indĂ­genas, em vez de soar como uma homenagem soa como um canto triste. 

O enorme reservatĂ³rio e foi construĂ­do em pleno territĂ³rio indĂ­gena, lugar este onde hĂ¡ sĂ©culos, os cronistas e historiadores registram a presença do povo guarani.

 Durante a construĂ§Ă£o da hidrelĂ©trica mais  de 100 comunidades Guarany, que viviam nas duas margens,  foram vitimadas pelo impacto da instalaĂ§Ă£o da usina, sendo desalojados das terras onde viviam e a milhares de anos estĂ£o enterrados os seus antepassados.

 Segundo os indĂ­genas e os antropĂ³logos sĂ³ do lado brasileiro existiam aproximadamente 60 aldeias. Com a perseguiĂ§Ă£o gerada por agentes da ditadura envolvidos com o mega projeto os Ă­ndios, acuados, tiveram de fugir, sendo que grande parte destes rumaram para o lado paraguayo, mas aos poucos estes foram retornando para o territĂ³rio brasileiro. Para eles, habitantes histĂ³ricos, a fronteira Ă© coisa de "branco", e seu povo, hoje dividido em dois territĂ³rios, Ă© um sĂ³.

A imensa maioria dos indĂ­genas atĂ© hoje nĂ£o receberam a compensaĂ§Ă£o adequada pelos territĂ³rios tradicionais que perderam: mais de 80 mil hectares, sĂ³ do lado brasileiro, segundo os cĂ¡lculos de estudiosos. EstĂ¡ Ă© a verdade, embora os atuais mandatĂ¡rios em Itaipu continuem a usar os mesmos argumentos que a ditadura usou, o de que  na regiĂ£o "sĂ³ existiam 13 famĂ­lias indĂ­genas compostas por 71 pessoas, que formavam a Comunidade de Jacutinga – de Ă­ndios do ramo “AvĂ¡” da NaĂ§Ă£o Guarani – em Ă¡rea de 30 hectares", o que Ă© uma grande mentira usada para esconder o quanto de mal o discurso do "progresso", a qualquer custo, gerou para estes que sĂ£o os verdadeiros donos daquelas terras. As provas fĂ­sicas da existĂªncia deste povo a milhares de anos naquela regiĂ£o hoje estĂ£o submersas.

Aos poucos estes vitimados pela construĂ§Ă£o da barragem, que vivem em Ă¡reas diminutas, sendo que a maior parte delas nĂ£o foram legalizadas, novamente unidos depois da grande diĂ¡spora, começam a se reorganizarem e lutam pelos seus direitos. 

Os Guarany exigem a demarcaĂ§Ă£o de suas terras, o direito de receberem e gerirem a devida indenizaĂ§Ă£o pelos males que sofreram, como a construĂ§Ă£o de escolas, postos de saĂºde e o apoio alimentar.

Eles, que por justa razĂ£o nĂ£o confiam nem na Funai e muito menos na Itaipu pacificamente começaram uma onda de protestos. 

 Itaipu, localizada no rio ParanĂ¡, entre o Brasil e o Paraguai, completa este ano  30 anos de funcionamento. Apesar da imensa riqueza que a usina jĂ¡ gerou nessas trĂªs dĂ©cadas, a empresa que a administra foi incapaz, atĂ© hoje, de saldar a dĂ­vida que gerou com a remoĂ§Ă£o de dezenas de comunidades indĂ­genas guarani para a formaĂ§Ă£o de seu lago, e pior, tal qual na ditadura, continua com sua prĂ¡tica a afirmar que ela inexiste.


Os Guarani do ParanĂ¡ nĂ£o sĂ£o sĂ³ daqui, pois os Guaranys integram uma extensa rede social, que começa no norte da Argentina e sĂ³ termina nas aldeias do EspĂ­rito Santo. Deslocando-se atravĂ©s de fronteiras que nĂ£o foram estabelecidas por eles, esses indĂ­genas reivindicam dos governos dos paĂ­ses que hoje os abrigam o reconhecimento dessa condiĂ§Ă£o transnacional.
Sem terem os seu direitos histĂ³ricos devidamente reconhecidos, na Ăºltima segunda-feira representantes de pelo menos 11 aldeias da regiĂ£o de GuaĂ­ra e Terra Roxa, de forma pacĂ­fica, fecharam a ponte Ayrton Senna durante nove horas, e prometeram retomar o protesto ontem caso nĂ£o houvesse acordo.
Como fruto desta mobilizaĂ§Ă£o dos indĂ­genas a lenta Funai e a omissa Itaipu vieram a mesa para a negociaĂ§Ă£o, e estĂ¡ trouxe de imediato alguns resultados ainda nĂ£o definitivos, embora alguns paliativos deverĂ£o serem tomados. 
O coordenador da Funai, Pedro Possamai, afirmou que alguns problemas emergenciais, como de alimentaĂ§Ă£o, estĂ£o previamente resolvidos. As cestas bĂ¡sicas antes enviadas pelo MDS (MinistĂ©rio do Desenvolvimento Social e Combate Ă  Fome)  a partir da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) que haviam sido cortadas, serĂ£o repassadas momentaneamente pela Funai. “isso ocorrerĂ¡ atĂ© o momento que o MDS retomar o repasse”.
Em relaĂ§Ă£o Ă  demarcaĂ§Ă£o de terras, questĂ£o mais importante e definitiva, uma equipe que coordenarĂ¡ o grupo de trabalho a ser formado, vinda de BrasĂ­lia, estarĂ¡ na regiĂ£o entre agosto e setembro para fazer a anĂ¡lise e estudo das Ă¡reas onde as aldeias estĂ£o instaladas e que estĂ£o sob litĂ­gio.
Em relaĂ§Ă£o ao governo do ParanĂ¡, a muito por parte do governo estadual existe a intenĂ§Ă£o de agir em favor dos Ă­ndios, mas isto sĂ³ serĂ¡ possĂ­vel caso ocorra a autorizaĂ§Ă£o judicial, jĂ¡ que as Ă¡reas em que os indĂ­genas estĂ£o instalados ainda nĂ£o form desapropriadas, portanto nĂ£o estĂ£o demarcadas peloa UniĂ£o.
 Segundo o secretĂ¡rio estadual de Assuntos FundiĂ¡rios, Hamilton Serighelli,, esse Ă© o maior de todos os entraves jĂ¡ que o Estado e a UniĂ£o ficariam impedidos de construir escolas, por exemplo, em Ă¡reas que estĂ£o em disputa judicial. Como a educaĂ§Ă£o Ă© outro fator reivindicado, o que deverĂ¡ ocorrer Ă© o pedido, via JudiciĂ¡rio, da permissĂ£o a partir de uma liminar que favoreça a edificaĂ§Ă£o de trĂªs unidades itinerantes, uma em GuaĂ­ra, outra em Terra Roxa e outra em Santa Helena.
Todas as reivindicações apresentadas pelo povo  Guarany sĂ£o antigas e jĂ¡ constam em duas ações civis pĂºblicas movidas pelo MPF contra o Estado e a UniĂ£o. Entre as medidas que consta nessas reivindicações tambĂ©m estĂ¡ o abastecimento de Ă¡gua potĂ¡vel em todas as aldeias, o que o representante da Funai disse que Ă© uma das questões que tambĂ©m deve ser resolvidas nos prĂ³ximos dias.


 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | belt buckles