domingo, 29 de julho de 2012

A farra da FAB: Ministério Público investiga fraude na folha de pagamento da Aeronáutica


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ROMBO
Fraudes na FAB podem chegar a R$ 3 bilhões, valor correspondente
a 70% do investimento previsto para o setor em 2012
O Ministério Público Federal está debruçado no que pode ser um dos maiores escândalos de desvio de verbas já descobertos envolvendo a Força Aérea Brasileira. Cerca de oito mil militares que foram demitidos nos últimos dez anos continuam ativos no cadastro interno da FAB e de órgãos federais, como o Ministério do Trabalho e da Previdência. Na enorme lista de soldados fantasmas – que corresponde a 12% do efetivo da Aeronáutica – constam até mortos, segundo documentos obtidos com exclusividade por ISTOÉ e que estão sendo analisados pelo procurador da República Valtan Timbó Furtado, do 7º Ofício Criminal, de Brasília. Depois de analisar os papéis, que incluem laudos internos da Aeronáutica e do Ministério da Defesa, o procurador encontrou elementos suficientes para investigar a FAB por crime contra o patrimônio e estelionato. “Vou pedir à Polícia Federal que instaure o inquérito”, disse Furtado à ISTOÉ. O rombo pode alcançar R$ 3 bilhões, valor equivalente a 70% de todo o investimento da Força Aérea previsto para 2012 e 20% do orçamento da Defesa. Na mira do procurador estão chefes de bases aéreas, comandantes do Estado-Maior da Aeronáutica e dos departamentos e diretorias de pessoal a eles subordinados. 

Informada do caso em abril, a presidenta da República, Dilma Rousseff, ordenou uma devassa nas contas da Aeronáutica. Mas pediu sigilo para evitar ferir suscetibilidades. A suspeita da fraude aconteceu quando um grupo de ex-soldados decidiu recorrer à Justiça para tentar reingressar na FAB. Eles são parte de um contingente de 12 mil homens que entraram na Força Aérea entre 1994 e 2001, por meio de concurso público para o cargo de soldado especializado. A função fazia parte do Programa de Modernização da Administração de Pessoal, idealizado pelo brigadeiro José Elislande Bayo, que mais tarde seria secretário de Finanças da Aeronáutica. Em documento interno, classificado como reservado, Bayo atacou a “cultura viciada de improviso” e “métodos ultrapassados”. Para combater esses problemas, propôs a reestruturação de quadros e a criação da “figura do soldado especializado”, que poderia “dispensar o recrutamento para o serviço militar obrigatório”.

A ideia parecia boa, mas por algum motivo não funcionou. Dos 12 mil soldados especializados que prestaram concurso, apenas quatro mil foram aproveitados. Os demais acabaram desligados da FAB sem nenhuma justificativa, ao término de seis anos engajados. Como o edital não previa temporalidade, cerca de três mil desses soldados reuniram-se numa associação, a Anese, Associação Nacional dos Ex-Soldados Especializados, e passaram a cobrar o direito de reingresso. Foi quando descobriram que seus cadastros continuavam ativos, apesar da demissão. Luiz Carlos Oliveira Ferreira, por exemplo, trabalhou no Parque de Material Aeronáutico dos Afonsos até 2001. Seu desligamento foi publicado em boletim interno, mas a FAB não comunicou a dispensa ao TCU, ao Ministério do Trabalho ou à Previdência. Quem consulta a RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), o CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) e o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) verifica que Ferreira e tantos outros, como os ex-soldados Williams de Souza, André Miguel Braga Longo, Alexandre Gregório, Edmilson Brasil e Anviel Rodrigues, nunca foram demitidos de fato. “A FAB cometeu todo tipo de fraude cadastral”, acusou o ex-soldado Marcelo Lopes, que integra a direção da Anese em Brasília.
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NA JUSTIÇA
Cerca de 3 mil soldados reuniram-se numa associação,
a Anese, e passaram a cobrar o direito de reingresso à FAB
Robson Sampaio, da Anese do Rio, cita o caso de Alexandre Gregório, que após deixar a Aeronáutica prestou concurso para a Prefeitura do Rio e se surpreendeu ao descobrir que suas guias do CNIS, da Rais e do Caged estavam em nome de Denílson Nogueira, que consta como ativo no Parque de Material Bélico de São Paulo. Outro caso é o de Edmilson Brasil, que constam no Caged como aposentado, embora tenha sido demitido da FAB e hoje trabalhe na empresa Tecnoval Laminados. “Isso é caso de polícia. É preciso investigar a fundo essa fraude bilionária”, afirma Sampaio. As fraudes, segundo ele, também envolvem duplicidade de certificado de reservista de milhares de militares, como os ex-soldados especializados Teodoro dos Santos Gomes, Sandro Roberto de Souza, Nuil Benigno Andrade Ferreira e Alessandro Baptista. Eles descobriram que foram emitidos certificados em seus nomes tanto pelo Exército como pela Aeronáutica. Até mortos figuram como ativos na FAB, como Paulo Fabrício Cavalcante Vieira, morto em outubro de 2000 numa troca de tiros. 

Questionada por ISTOÉ, a FAB negou o desvio de recursos e garantiu que os soldados especializados foram desligados da folha de pagamento da Aeronáutica. Em nota, a assessoria de imprensa alegou que os militares deixaram de constar da RAIS “desde quando deixaram de receber remunerações pela Aeronáutica”, o que não é verdade. Da mesma forma, a FAB alega que o fato de os soldados desligados estarem “ativos” no CNIS, no Caged e no CBO “não implica o pagamento de benefício pecuniário e tampouco recebimento de qualquer dotação orçamentária”. A justificativa não explica, por exemplo, o caso de Paulo André Schinaider da Silva. ISTOÉ obteve uma cópia da ficha interna do banco de dados da FAB, chamada SGIPES (Sistema de Informações Gerenciais de Pessoal). O soldado, admitido em 1998 e desligado em 2004, consta no cadastro sigiloso como “militar inativo”. Ou seja, aposentado. Portanto, beneficiário da previdência militar. Schinaider, porém, garante que não recebe o dinheiro. “Quero saber para onde está indo minha aposentadoria como militar. Para a minha conta é que não é!”, diz Schinaider. Ao procurar a FAB, o ex-soldado gravou com uma câmera escondida um funcionário informando que houve uma reunião para discutir sobre como desligar os soldados do sistema da FAB. “Ele disse que não havia como e que uma tenente ficou responsável por enviar ao Ministério do Trabalho e à Previdência pedidos de retificação da RAIS. Mas isso não muda nada lá dentro”, afirma Schinaider.

Uma análise da assessoria jurídica, mantida a sete chaves pelo comando, também atestou a falha no cadastro de soldados e alunos das escolas de formação de oficiais e sargentos, recomendando à FAB que passe a comunicar “os ingressos e saídas de praças e alunos” ao Tribunal de Contas. Descobriu-se que, embora os desligamentos dos soldados constem de boletim interno da FAB, os mesmos não foram informados aos órgãos de controle, nem ao Ministério do Trabalho ou à Previdência Social. Destacado para cuidar do assunto, o ex-deputado José Genoino, assessor especial do ministro Celso Amorim, admitiu em reunião com ex-soldados o “nó jurídico e material”. Resta saber se esse nó pode ser desatado e a quem beneficia. Em 2004, o TCU condenou Jayro José da Silva, ex-gestor de finanças da Subdiretoria de Pagamento de Pessoal, a devolver quase R$ 4,6 milhões em decorrência de uma fraude no cadastro. Ouvido por ISTOÉ, o coronel, que foi expulso da FAB, diz que assumiu a responsabilidade sozinho. “Perdi minha carreira, meu emprego e minha honra. Aguentei tudo para proteger muita gente”, disse. Questionado sobre quem seriam esses oficiais, Silva foi lacônico. “Melhor não mexer nisso.” (Isto É)
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PROVA DO DESCONTROLE
Foram emitidos certificados de reservista, em nome do militar Alessandro Baptista,
tanto pela Aeronáutica quanto pela Marinha, o que aumenta as suspeitas de irregularidades
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Documento da Previdência (acima) mostra que, embora tenha sido demitido da FAB,
o militar André Longo continua com cadastro ativo na Aeronáutica. O MP, em ofício
encaminhado ao Departamento de Ensino da Aeronáutica (abaixo),
alerta para as irregularidades na dispensa de soldados
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"Contrabando" de cigarros made in Brazil


Fabricantes de cigarro do Paraguai estão trazendo suas linhas de produção para o Brasil a fim de escapar da intensa fiscalização na fronteira. A suspeita foi confirmada pela Polícia Federal com a descoberta de mais duas fábricas clandestinas em solo brasileiro nos últimos três meses – uma entre Curiúva e Sapopema, no Norte do Paraná, e outra entre as cidades de Estreito e Porto Franco, no Maranhão. As duas unidades operavam com trabalhadores em regime análogo à escravidão e com maquinários avaliados em quase R$ 14 milhões.
O interesse na migração das fábricas se deve ao imenso mercado consumidor brasileiro. Com cerca de 6 milhões de habitantes, o Paraguai consome apenas 30% do cigarro que fabrica, o equivalente a 3 bilhões de unidades por ano. Ou seja, 70% da produção do país vizinho tem como um dos destinos o Brasil, onde entra ilegalmente, segundo a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF). O cigarro contrabandeado representa hoje 28% do mercado bra­­sileiro, que consome 145 bilhões de unidades anuais.
O lucro exorbitante e a facilidade de escoar o cigarro a partir de unidades instaladas no Brasil têm atraído as fábricas ao país, segundo o delegado responsável pelo setor de operações da Polícia Federal de Londrina, Elvis Secco. Os contrabandistas, diz Secco, trazem os insumos e os maquinários do Paraguai. Depois de fabricado o cigarro, eles escoam o produto sem precisar passar por rodovias onde a fiscalização é mais rigorosa. “É muito mais fácil”, conclui.
O representante da ABCF, Luciano Stremel, diz que o arrocho da fiscalização na região da fronteira, a partir da Operação Sentinela – realizada em conjunto pela PF, Receita Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança – obrigou os contrabandistas a mudar de estratégia. “Eles estão invadindo o território nacional”, denuncia. Nos últimos dois anos, segundo Stremel, sete fábricas ilegais foram localizadas no Brasil.
Como atuam na clandestinidade e não pagam imposto, os cigarreiros paraguaios têm um lucro de quase 90%. Eles burlam a carga tributária incidente no Brasil, que hoje é de 70%, e trabalham com uma matéria-prima bem mais barata e de qualidade inferior, se comparada à brasileira. Enquanto uma carteira de cigarro paraguaio custa em média R$ 0,50, no Brasil a mais barata sai por R$ 3, conforme a Lei do Preço Mínimo, que entrou em vigor em maio deste ano.
Apreensões em 6 meses superam o total de 2011
O mercado pirata de cigarros continua em ascensão no Brasil. É o que demonstra o valor das apreensões feitas no Paraná e no Mato Grosso do Sul, as principais rotas de entrada e transporte ilegal do produto no país. No primeiro semestre deste ano, houve aumento de 20% no valor do cigarro apreendido em relação a tudo que foi interceptado em todo o ano passado nos dois estados (veja infográfico acima), de acordo com dados da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF).
O contrabando de cigarro envolve um exército de olheiros, batedores e transportadores. Somente em 2011, nas regiões de Foz do Iguaçu, Guaíra e Cascavel, foram presas 336 pessoas e apreendidos 546 veículos usados para transportar o produto. A polícia encontrou ainda 41 depósitos e apreendeu 76.389 caixas de cigarro.
Fronteira
A característica do contrabando no Mato Grosso do Sul é diferente da existente no Paraná por causa do tipo de fronteira. Como aqui a transposição ilegal é feita pelo Lago de Itaipu, a maior parte das caixas de cigarros são deixadas em depósitos ao longo das rodovias e levadas em veículos pequenos. Já no Mato Grosso do Sul, onde a fronteira é seca, o grosso do transporte é feito por carretas.
O contrabando que passa pelas rodovias sul-matogrossenses abastece principalmente os estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso. Em 2011, foram presas 134 pessoas no estado, nas regiões de Naviraí, Dourados, Ponta Porã e Campo Grande, e apreendidos 185 veículos, a maioria carretas. O total de caixas de cigarro apreendidas chegou a 79.765.
O representante da ABCF Luciano Stremel diz que a fixação do preço mínimo do cigarro produzido no Brasil, no valor de R$ 3, em vigor desde o dia 1.º de maio deste ano, contribuiu para aumentar o contrabando porque alguns consumidores procuram o produto paraguaio por causa do preço mais atraente. (GP)


A nova cara do povo da rua: Crack muda o perfil dos moradores de rua


“Oi moço, vamos jantar?”, pergunta a educadora Vilma Terezinha da Silva, 52 anos, ao homem alcoolizado, caído num gramado do Capão da Imbuia, em Curitiba. Chove. Ele está em “situação de risco”, como dizem os servidores da Fundação da Ação Social, a FAS, quando precisam soar o alerta. Mesmo que o atendido resista em ser levado para a Central de Resgate Social, é preciso gastar até a última gota de saliva. “Ele pode ter uma hipotermia”, informa Vilma, oferecendo o braço para levantá-lo. Vinte minutos depois, consegue.
À luz, vê-se que tem boas roupas, usa óculos de grau e que ainda não faz parte de fato dos 2.776 curitibanos que vivem na mendicância, como contabiliza pesquisa do Ministério do Desenvolvimento Social publicada em 2008. O número é motivo de contenda. Para Leonildo José Monteiro Filho, presidente do Movimento Nacional da População de Rua, seriam 5 mil. Para a prefeitura, 3 mil, mas apenas 1,4 mil em estado crônico, sendo que 98% destes já passaram pela assistência alguma vez e estão devidamente cadastrados. “Conhecemos quase todos pelo nome”, orgulham-se os funcionários da casa. Quase todos.
“Abrimos três, quatro cadastros novos por dia”, calcula a assistente social Neli Maria Schneider Pudelco, 55 anos, uma das gestoras do serviço, apontando o novo perfil da mendicância na capital. Se antes os 250 servidores do abrigo municipal tinham vínculo garantido com a sua clientela, conquistada anos a fio, agora precisam reaprender a lidar com os rostos que surgem, com outros problemas. O homem recolhido no Capão é uma amostra da reviravolta.
Os recém-chegados estão fora do padrão clássico dos pobres em farrapos. Chegam a provocar incredulidade. São mais jovens, bem trajados, têm endereço, mas resistem em dá-lo, indicativo de que podem estar protegendo sua família de algum traficante com ganas de vingança por dívida, como se sabe, paga com sangue. Eis o ponto – o crime chegou à linha mais frágil da sociedade e coloca a faca no peito até da ação social.
Crônicos e agudos
Há uma parcela da mendicância que segue o rumo de sempre. São os chamados “crônicos”. Para eles, as mudanças são lentas. É comum encontrar nessa fatia quem frequente o albergue da prefeitura há 10, 15 anos ou até mais. Estima-se que 40% dos 300 leitos do ocupados por essa turma, apelidada de “bate e volta”. São cordiais – abraçam os educadores, têm mesa cativa no refeitório e quarto marcado no segundo andar.
Seus problemas? Casos de álcool, rejeição familiar, conformismo, sofrimento mental. Muitos se julgam velhos demais para recomeçar. “Tenho 35 anos. Durmo aqui desde 1998, mas quem me emprega não sabe. Fui mais discriminado por ser negro do que por ser morador de rua”, conta “João”, crônico assumido. Aírton Gonçalves, 46 anos, 11 de albergue, montava exposições da Fundação Cultural de Curitiba. Seu vínculo com a arte é flagrante, mas agora a mostra é no Terminal Guadalupe, onde vende alguns desenhos feitos de punho. “Acho que ele está apático”, diz uma assistente, diante do que chama de desperdício de talentos.
Quanto aos “agudos”, somam 60% dos frequentadores da Central, uma população flutuante, que aporta ali em troca de um banho, roupa limpa e remédio para as feridas. Estão dando um tempo. Satisfeitas as necessidades, podem demorar meses para voltar. É em meio a esse núcleo, digamos, mais dinâmico, que está abrigada uma frente de hóspedes que muda o perfil do morador de rua, botando por terra a pesquisa da FAS feita junto aos usuários, há quatro anos.
Naquela ocasião, havia na clientela do local 7% de não alfabetizados; 14% com ensino médio; 75% com ensino fundamental. A proporção entre usuários de álcool e os de drogas era empatada. Hoje, esses dados parecem ficção científica. Os educadores estão perplexos diante da quantidade cada vez maior de moradores de rua jovens e com maior exposição à escola. São articulados. Com suas jaquetas e aparelhos nos dentes, eles se destacam nas filas tristes de gente deserdada que se forma ali todos os dias, depois das 5 da tarde, à espera de uma vaga para comer, banhar e dormir.
Suas histórias até podem ser tristes feito as do resto, mas têm sabor de faroeste, embaladas por drogas pesadas, como o crack. As variações para o tema são muitas: o “mendigo” que chega agora aos cadastros pode ter dívidas no crime, estar em disfarces, ser usado por traficantes e até ser um expulso das Unidades Paraná Seguro, as UPSs, instaladas em seis bairros da cidade.
“Estou com saudade de encontrar um mendigo romântico, como aqueles do cinema”, brinca a educadora carioca Edna Marinho, 42 anos. Ela já cruzou com físicos, engenheiros e um homem que bem poderia ter habitado as cavernas. Apelidou-o de Uga-Uga, talvez para amenizar o impacto de ter de enfrentar alguém que ameaçava o atendimento com um pedaço de ripa. Por ora, contudo, é impossível dizer quantos são esses neófitos no mundo da mendicância, até porque não estão sós. Eles vêm acompanhados de outras comunidades incomuns, como a dos gays, lésbicas e transexuais lançados à sarjeta.
Não é difícil perceber as mudanças que a tribo das drogas trouxe ao cenário. Há quem se preocupe. “Esse lugar se tornou uma bomba prestes a explodir”, compara Edson Luiz de Souza, da coordenação do Movimento Nacional da População de Rua. Ele teme por um espaço que hoje abriga não mais centenas de homens e mulheres igualados na pobreza extrema, mas também os espoliados pela violência. É o encontro de dois mundos. (GP)

Saúde esquenta debate entre candidatos à prefeitura de Porto Alegre

Os sete candidatos à prefeitura de Porto Alegre ficaram frente a frente, nesta sexta-feira, no debate organizado pela Rádio Guaíba. O encontro reuniu Adão Villaverde (PT), Érico Corrêa (PSTU), Jocelin Azambuja (PSL), José Fortunati (PDT), Manuela D'Ávila (PCdoB), Roberto Robaina (PSOL) e Wambert Di Lorenzo (PSDB), e foi mediado pelo jornalista Juremir Machado da Silva. Por cerca de duas horas e meia, os concorrentes discutiram quatro assuntos: habitação, gestão, cultura e saúde, que intensificou o embate político.

Nos quatro primeiros blocos, os postulantes ao cargo de prefeito da Capital responderam a perguntas entre si sobre determinado tema, conforme sorteio. O último bloco foi para considerações finais de cada concorrente. O primeiro assunto a ser abordado foi habitação, seguido por gestão, cultura e saúde, assunto que acendeu os ânimos dos candidatos. 

O prefeito José Fortunati (PDT) foi questionado por Adão Villaverde (PT), que já havia criticado a administração atual em outros momentos do embate. “A saúde em sua gestão vai muito mal. Há filas para buscar consultas, que não são encontradas, os postos estão fechados em alguns horários”, disparou o petista. Fortunati se defendeu, citando um dado apontado pelo governo federal. "Conforme o Ministério da Saúde, no índice de desempenho do SUS, a Capital está em 4º lugar entre todas em termos de administração com melhor qualidade de atendimento”.

O candidato Jocelim Azambuja (PSL) ressaltou que pretende trabalhar em conjunto com o governo na área da saúde. “Vou cobrar a parceria com municípios, pois o governo tem que cumprir com a lei. Se tivéssemos as unidades, teríamos o atendimento básico”. 

Wambert di Lorenzo (PSDB) afirmou que se governar a Capital vai “descentralizar a saúde”. “Nós temos que levar a saúde às comunidades, aos bairros, levar atendimento para a população”. O candidato Roberto Robaina (PSol) lembrou a questão das vacinas contra a gripe A. "Não acho aceitável que as vacinas para gripe A não tenham sido providenciadas, que é o mínimo de prevenção", destacou o socialista.

A comunista Manuela D’Ávila (PC do B) reforçou como prioridade a saúde da mulher. “Quando eu for prefeita, a gestão da saúde terá prioridade para que as mulheres não morram de câncer de mama, que tem cura”, citando dados sobre a alta incidência de câncer de mama em Porto Alegre. O candidato Érico Corrêa (PSTU) foi categórico. “As pessoas precisam de respeito. É preciso investimento, dinheiro público para ser usado para as necessidades da população. Não para grandes obras, grandes eventos, mas para a saúde”. (CP)

Confira os principais momentos abaixo:


 

Supremo prepara esquema especial de trabalho para o julgamento do mensalão


Na próxima quinta-feira (02) o STF (Supremo Tribunal Federal) inicia um julgamento histórico – do chamado “mensalão”. Sete anos depois de vir à tona o suposto esquema de corrupção envolvendo deputados, empresários e a alta cúpula do PT (Partido dos Trabalhadores), os brasileiros estão ansiosos para saber se haverá punição para os acusados de desviar dinheiro público em prol de projeto político.

Os ministros do STF sabem da repercussão do caso na sociedade e, por isso, pediram a organização de um esquema especial para as sessões do julgamento, que devem ocorrer pelo menos durante todo o mês de agosto.
Acompanhe a cobertura completa do caso mensalão

Dentro do plenário, mais de 60% das cadeiras estão reservadas para os 38 réus e seus advogados. Cada um dos indiciados tem direito a levar três representantes para acompanhar as sessões. Portanto, dos 243 lugares, 152 estão designados para os envolvidos diretamente no processo.

População vai poder acompanhar 
As 91 cadeiras restantes vão ser dividas entre a imprensa e a população que quiser acompanhar as sessões. Como não vai ter lugar pra todo mundo, a organização do STF vai providenciar cadeiras extras no plenário e fazer um sorteio para determinar quantos jornalistas vão poder fazer a cobertura do julgamento do lado de dentro.
Quem não conseguir entrar vai poder acompanhar as sessões por telões que serão instalados do lado de fora do STF.

O último julgamento que teve uma estrutura semelhante foi o da demarcação de terras da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em 2009. A análise do casamento homoafetivo em 2011 e a conclusão do julgamento da legalidade do Ficha Limpa, no início deste ano, também tiveram grande repercussão no STF.

Sessões de cinco horas
Estão marcadas sessões em 17 dos 23 dias úteis do mês de agosto. Todas devem começar às 14h.

Os ministros do STF selaram acordo para não prejudicar as sessões de outros tribunais — uma vez que três ministros do STF também são membros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O termo estabelece que as sessões sejam encerradas sempre às 19h.
Assim, os ministros Dias Toffoli, Marco Aurélio Mello e Cármen Lúcia conseguem sair do julgamento do mensalão e chegar a tempo nas sessões do TSE, que começarão às 20h e não às 19h, como de costume.

O atleta judoca Tiago Camilo é orgulho para Tupã e o Brasil!


Tupã e Bastos são cidades que sempre produziram ótimos atletas de Judô. Bela e vitoriosa herança herdada dos magníficos Senseis Hamada, Uichiro Makakeba, entre tantos outros. 


Nesta modalidade de arte marcial Tupã e região continuam a se destacar, agora com o jovem atleta Tiago Camilo.


Paulista de Tupã, com cinco anos de idade, Tiago Camilo foi assistir ao irmão Luís em uma aula de judô e, no dia seguinte, já estava de quimono, pronto para estrear no tatame. Medalhista olímpico de prata com apenas 18 anos, nos Jogos de Sydney, Tiago Camilo repetiu o feito em 2008, nos Jogos de Pequim, dessa vez conquistando a medalha de bronze.

Nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, Tiago foi medalha de ouro, mesmo disputando uma categoria acima da sua habitual.


Em setembro de 2007, sagrou-se campeão mundial na categoria meio-médio no Campeonato Mundial realizado no Rio de Janeiro, vencendo todas suas sete lutas por ippon.

Em 12 agosto de 2008, conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim, na China. Tiago levou o bronze ao vencer por desistência, com um minuto para o fim da luta, o holandês Guillaume Elmont.

 Tiago conquistou a medalha de prata, em sua categoria, no Grand Slam de Tóquio, no dia 12 de dezembro de 2010. 

Tiago Camilo é octacampeão brasileiro de judô.

Outras conquistas:

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PosiçãoCampeonatoLocal (Ano)
Medalha de ouroCopa do MundoBelo Horizonte  Brasil 2009
Medalha de bronzeJogos Olímpicos de PequimPequim  China 2008
Medalha de ouroCampeonato MundialRio de Janeiro  Brasil 2007
Medalha de ouroJogos Pan-Americanos de 2007Rio de Janeiro  Brasil 2007
Medalha de bronzeCopa do MundoBudapeste  Hungria 2007
Medalha de ouroCopa do MundoBelo Horizonte  Brasil 2007
Medalha de ouroCampeonato Pan-Americano Canadá 2007
CampeãoCampeonato Sul-americanoCali  Colômbia 2005
Medalha de bronzeKorea Cup Coreia do Sul 2005
Vice-campeãoSuper Copa do MundoHamburgo  Alemanha 2004
BicampeãoGP Nacional de Judô Brasil 2004
CampeãoGP Nacional de Judô Brasil 2003
Vice-campeãoSuper Copa do MundoParis  França 2000
Medalha de prataJogos Olímpicos de SydneySydney  Austrália 2000
CampeãoCampeonato Pan-AmericanoTampa  Estados Unidos 1999
Campeão Mundial JúniorCampeonato MundialCali  Colômbia 1998
CampeãoJogos Mundiais da JuventudeMoscou  Rússia 1998

 
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