sexta-feira, 11 de maio de 2012

A Comissão da Verdade é realidade. É hora de racionalizar, organizar, planejar e agir!!!




A Comissão da Verdade nomeada, que em sua composição geral não é reacionária, estará sujeita a tudo quanto é tipo de pressão, e isto com certeza irá refletir em seu posicionamento final. 


Seria fantasioso e ingênuo achar que somente sete pessoas terão condições de analisar uma montanha de dados. Ela só terá eficácia operacional caso esteja bem estruturada, inclusive contando com o apoio técnico das Universidades e demais setores representativos da sociedade, que historicamente estejam envolvidos com a questão dos Direitos Humanos, onde está o centro dos debates.

Com certeza do ponto de vista do acesso ao povo hoje a reação está mais organizada do que nós da esquerda, pois detém o controle dos meios de comunicação de massa. Hoje cedo, pela cloaca do arenoso collorido Alexandre Garcia, a Globo já deu o tom do seu discurso em relação não somente como a Comissão da Verdade deve operar, e pior, questionou a própria existência da Comissão. Ela diz que “a Anistia implica em perdão e esquecimento”, e que “este assunto deveria só estar sendo tratado de forma isenta por historiadores”.

A Globo, parte essencial na consolidação do golpe de 64, está preocupada, como também estão grande parte de seus anunciantes, que financiaram, desde muito antes do golpe, toda a sua preparação (IPES/IBAD) e consolidação. Estes, grandes industriais multinacionais e nacionais, banqueiros, empreiteiros, grandes fazendeiros, etc., que estiveram por trás do financiamento do terrorista e criminoso aparelho paralelo de Estado, temem profundamente que as suas participações venham à tona.

A ditadura foi civil e militar, e com ela quem mais lucrou foram os grupos de grandes empresários. Estes grandes empresários, com a “democratização”, ainda não tiveram as suas imagens atingidas e eles são o sistema econômico, o poder do dinheiro que financiou o golpe como um investimento financeiro. Se escondendo sob o manto sanguinolento do terror ditatorial, onde pelo pavor das armas ao povo foi negado o direito a ter opiniões e a gerar ações, eles mamaram o sangue do povo nas tetas do Estado, e gananciosamente com seus lucros enterram o país em dívidas impagáveis e na exclusão social. Eles temem a Comissão e com certeza farão de tudo para emperrar a sua ação. Eles temem e agem, e nós o que estamos fazendo? 

Muitos com certeza entenderam os limites que está tem, como possuem a clareza que é a Comissão que pode ser feita e que temos que organizadamente a apoiar, acompanhar as suas ações, nos posicionarmos, envolver toda a sociedade em seu debate e cobrar agilidade em seu funcionamento. Outros, fazendo o jogo do inimigo, que não a quer funcionando, em seus radicalismos infantis de forma inconsciente e inconsequente partem para negá-la, e assim fazem o jogo dos que nunca a quiseram operando, ou que ela ao menos existisse.

Não é hora para o emocional dar o tom, temos que racionalizar neste processo contraditório, onde com a volta ao passado os choques irão aflorar, e neste, sem união, sairemos derrotados perante a opinião pública, que é o nosso alvo central, já que fora os dramas familiares, que tem de serem resolvidos, pois estes tem o direito sagrado de saber tudo sobre o que ocorreu com os seus entes queridos, heróis de nosso povo, o que queremos é que toda a verdade venha à tona, doa a quem doer, sem nos esquecer do abominável papel que os “cachorros” infiltrados exerceram, cujas nojentas histórias tem de também vir a tona.

A Comissão da Verdade, antigo sonho, ainda que por enquanto sem ter o poder de punição, já é uma realidade!

É hora de racionalizar, de nos organizar e agir enquanto força viva!

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