quarta-feira, 16 de novembro de 2011

CHARGE SOBRE A AÇÃO DA PM DO RIO

Vídeo com depoimentos contra Belo Monte

Pensamentos e Sonhos sobre o Brasil

Leonardo Boff

1. O povo brasileiro se habituou a “enfrentar a vida” e a conseguir tudo “na luta”, quer dizer, superando dificuldades e com muito trabalho. Por que não iria “enfrentar” também o derradeiro desafio de fazer as mudanças necessárias, para criar relações mais igualitárias e acabar com a corrupção?

2. O povo brasileiro ainda não acabou de nascer. O que herdamos foi a Empresa-Brasil com uma elite escravagista e uma massa de destituídos. Mas do seio desta massa, nasceram lideranças e movimentos sociais com consciência e organização. Seu sonho? Reinventar o Brasil. O processo começou a partir de baixo e não há mais como detê-lo.

3. Apesar da pobreza e da marginalização, os pobres sabiamente inventaram caminhos de sobrevivência. Para superar esta anti-realidade, o Estado e os políticos precisam escutar e valorizar o que o povo já sabe e inventou. Só então teremos superado a divisão elites-povo e seremos uma nação una e complexa.

4. O brasileiro tem um compromisso com a esperança. É a última que morre. Por isso, tem a certeza de que Deus escreve direito por linhas tortas. A esperança é o segredo de seu otimismo, que lhe permite relativizar os dramas, dançar seu carnaval, torcer por seu time de futebol e manter acesa a utopia de que a vida é bela e que amanhã pode ser melhor.

5. O medo é inerente à vida porque “viver é perigoso” e sempre comporta riscos. Estes nos obrigam a mudar e reforçam a esperança. O que o povo mais quer, não as elites, é mudar para que a felicidade e o amor não sejam tão difíceis.

6. O oposto ao medo não é a coragem. É a fé de que as coisas podem ser diferentes e que, organizados, podemos avançar. O Brasil mostrou que não é apenas bom no carnaval e no futebol. Mas também bom na agricultura, na arquitetura, na música e na sua inesgotável alegria de viver.

7. O povo brasileiro é religioso e místico. Mais que pensar em Deus, ele sente Deus em seu cotidiano que se revela nas expressões: “graças a Deus”, “Deus lhe pague”, “fique com Deus”. Deus para ele não é um problema, mas a solução de seus problemas. Sente-se amparado por santos e santas e por bons espíritos e orixás que ancoram sua vida no meio do sofrimento.

8. Uma das características da cultura brasileira é a alegria e o sentido de humor, que ajudam aliviar as contradições sociais. Essa alegria nasce da convicção de que a vida vale mais do que qualquer coisa. Por isso deve ser celebrada com festa e diante do fracasso, manter o humor. O efeito é a leveza e o entusiasmo que tantos admiram em nós.

9. Há um casamento que ainda não foi feito no Brasil: entre o saber acadêmico e o saber popular. O saber popular nasce da experiência sofrida, dos mil jeitos de sobreviver com poucos recursos. O saber acadêmico nasce do estudo, bebendo de muitas fontes. Quando esses dois saberes se unirem, seremos invencíveis.

10. O cuidado pertence à essência de toda a vida. Sem o cuidado ela adoece e morre. Com cuidado, é protegida e dura mais. O desafio hoje é entender a política como cuidado do Brasil, de sua gente, da natureza, da educação, da saúde, da justiça. Esse cuidado é a prova de que amamos o nosso pais.

11.Uma das marcas do povo brasileiro é sua capacidade de se relacionar com todo mundo, de somar, juntar, sincretizar e sintetizar. Por isso, ele não é intolerante nem dogmático. Gosta e acolhe bem os estrangeiros. Ora, esses valores são fundamentais para uma globalização de rosto humano. Estamos mostrando que ela é possível e a estamos construindo.

12. O Brasil é a maior nação neolatina do mundo. Temos tudo para sermos também a maior civilização dos trópicos, não imperial, mas solidária com todas as nações, porque incorporou em si representantes de 60 povos que para aqui vieram. Nosso desafio é mostrar que o Brasil pode ser, de fato, um pedaço do paraíso que não se perdeu.

Abertas inscrições para a 4ª etapa do Campeonato Infantil de Corridas

Estão abertas as inscrições para a 4ª e última etapa do Campeonato Infantil de Corridas, que acontecerá no dia 27 de novembro. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 22 de novembro, no site da Prefeitura de Curitiba, www.curitiba.pr.gov.br.

Para participar da corrida é necessário que a criança ou adolescente esteja cadastrado na Secretaria do Esporte, Lazer e Juventude. Caso não possua o cadastro, um responsável deve apresentar o Registro Geral (RG) ou a Certidão de Nascimento do atleta na sede da secretaria, na rua Desembargador Westphalen, n.º 1.566 – Rebouças.

Atletas de outros municípios que desejam participar do campeonato podem realizar o cadastro por meio do e-mail corridasderua@smel.curitiba.pr.gov.br, com uma cópia do RG ou Certidão de Documento anexada.

As provas da 4ª etapa acontecerão a partir das 9h, no Centro Politécnico da Universidade Federal do Paraná, na Avenida Cel. Francisco H. dos Santos – s/n, no bairro Jardim das Américas.

A retirada dos kits será realizada pelo técnico e/ou responsável pela criança ou adolescente na Secretaria do Esporte, Lazer e Juventude no local das competições, antes do início das provas, por isso é indicado que os atletas cheguem com uma hora de antecedência. Atletas de outro município deverão apresentar, obrigatoriamente, o comprovante de residência.

Campeonato Infantil de Corridas – Promovido pela Secretaria do Esporte, Lazer e Juventude, o Campeonato Infantil de Corridas é realizado em quatro etapas, sendo dividido em sete categorias: estreante (10 anos), com percurso de mil metros; pré-mirim (11 anos), com percurso de 1.500 metros; mirim (12 anos) e pré-infantil (13 anos), com percursos de dois mil metros; infantil (14 anos) e infanto juvenil (15 anos), com percursos de três mil metros, e juvenil (16 e 17 anos), com percurso de quatro mil metros.

Serviço: 4º Etapa do Campeonato Infantil de Corrida Inscrições – até 22 de novembro por meio do link: http://corridasweb.curitiba.pr.gov.br/esportesmel/cadastroprova.aspx (Inscrições limitadas: 1.000 atletas) Informações – 3350-3703

Obrigado pelo vazamento Chevron

O título é apenas uma versão mais radical do comportamento da imprensa brasileira, até agora, em relação ao vazamento de petróleo junto à plataforma de perfuração da Chevron-Texaco no Campo de frade, ao largo de campos, no Rio de Janeiro. Mesmo com a determinação da presidenta Dilma Rousseff para que fosse investigado, na sexta-feira, o assunto, quando não é ignorado pela mídia, é abordado em matérias que se parecem press-releases de um empresa que, além de demorar mais de 24 horas para tornar público o problema, chegou a dizer que o fenômeno era “natural” e que, até agora, não deu infomações básicas sobre as circunstâncias do acidente.


Não deu, reconheça-se, porque aparentemente nenhum jornal o pediu.


Ao contrário, reproduzem assim os releases da companhia:


“Chevron mobiliza equipe global para conter vazamento”.Este é o título da matéria do Estadão, reproduzida pela Exame (Abril), enquanto o G1, do grupo Globo, destaca: Frota de 17 navios tenta controlar mancha após vazamento no RJ.


Para colaborar, este Tijolaço ajuda com uma lista de perguntas à empresa, que não foram feitas desde quarta feira passada.


1- A que profundidade (na lâmina d´água e no solo marinho)estava sendo feita a perfuração próxima ao vazamento?


2-Esta perfuração já tinha registrado depósitos de óleo? A que profundidade?Em caso positivo, houve injeção de fluidos pressurizados para testes de vazão?


3- Até que profundidade o poço seria perfurado?


4- A perfuração era revestida e cimentada, como prevê o estudo de impacto ambiental apresentado pela companhia em seu plano de exploração?


5- O mesmo estudo, elaborado pela consultoria Ecologus, refere-se à presença de muitas falhas geológicas no campo de Frade, inclusive ao fato de três poços perfurados pela Chevron-Texaco terem sofrido desvios por conta de existência de fraturas no subsolo. Havia falhas geológicas detectadas junto a este poço nos estudos sísmicos efetuados?


6- Considerando que a empresa prevê a a perfuração em “batelada”, onde os poços são perfurados até um determinado ponto, tampados e abandonados para perfuração de outro, próximo, para que todos estejam em etapas semelhantes e os custos sejam reduzidos, havia outras perfurações próxima, revestidas e tampadas, como prevê o estudo apresentado pela empresa ao Ibama?


7- Em que condições a plataforma Sedco 706, construída em 1976 e que já foi chamada pelo Wall Street Journal de obsoleta e aproveitável apenas como “motel marinho” foi reaproveitada no campo de Frade? Qual a razão de seu aluguel ser de US$ 315 mil dólares dia, cerca de 50% menor que o cobrado pelo aluguel de sondas ultraprofundas no mercado internacional? Porque a contratação de uma sonda capaz de perfurar até 7.600 metros, quando as ocorrências de óleo no Campo estão todas à metade desta profundidade?


8- Porque a empresa, que afirma ter detectado no fundo oceânico a “exsudação” de petróleo não libera as imagens do vazamento ou da mancha por ele provocada? Como foi estimada a quantidade de petróleo vazada?


9- A frota alegadamente enviada para deter o vazamento é composta de que embarcações? Qual a sua finalidade, apenas espalhar bóias de retenção? Aspergir diluidores sobre a mancha? Alguma delas tem equipamento para selar a fenda de onde brotaria o óleo? Em caso negativo, como a empresa espera que o vazamento cesse? Se ele pode parar naturalmente, isso tem relação com a paralisação dos trabalhos de perfuração?


Certamente estas e outras perguntas não foram feitas à Chevron por incompetência dos jornalistas, que as teriam feito – e muitas outras – se o poço fosse da Petrobras.

Mas, como é da Chevron, só falta nossos jornais, além de louvarem o esforço da empresa em parar um “desastre natural”. como chegou a dizer a empresa, agradecerem pelo acidente que mostra como a petroleira americana ainda nos faz o favor de tampar, embora não possamos apressá-la, não é? (AEPET)



Projeto pioneiro leva eficiência energética para moradias populares

Um projeto pioneiro de eficiência energética vai beneficiar as 694 famílias que irão habitar o Conjunto Residencial Madre Tereza de Calcutá – a maior das obras do PAC Habitacional no Estado, construída no Guarituba, em Piraquara (Região Metropolitana de Curitiba). A iniciativa resulta de uma parceria entre a Copel e a Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná) e deverá ser estendida futuramente para conjuntos habitacionais em todo o Estado.

As novas casas – para onde os moradores devem começar a ser transferidos no fim do ano – terão lâmpadas e refrigeradores de alto rendimento energético e chuveiros elétricos com sistema de recuperação de calor, que os torna mais econômicos.

As famílias realocadas ganharão geladeiras novas, com capacidade de 250 litros e selo Procel de desempenho energético. “Vivendo em situação precária, muitas delas sequer dispunham de um refrigerador em casa. As outras terão o antigo substituído por um novo, mais econômico”, informa Ana Maria Battaglin, gerente do Departamento de Utilização de Energia da Copel, setor responsável pela condução do projeto no âmbito do Programa de Eficiência Energética da companhia.

Os novos domicílios também irão receber equipamentos denominados “recuperadores de calor”, que serão instalados em conjunto com chuveiros elétricos de baixa potência. Seu funcionamento consiste em fazer com que a água fria que sai da caixa de água, antes de chegar ao chuveiro, passe por uma serpentina que fica sobre o piso, logo abaixo do chuveiro. Essa serpentina absorverá o calor da água quente que cai do chuveiro, fazendo com que a água suba pré-aquecida até o chuveiro.

“Assim, é possível utilizar chuveiros de menor potência e, conseqüentemente, mais econômicos, sem prejudicar a qualidade do banho”, explica Ana Maria. “Com o recuperador de calor, um chuveiro com 3.200 watts de potência pode oferecer ao usuário o mesmo conforto térmico de um chuveiro de 5.400 watts”, compara.

As lâmpadas que equiparão as moradias do Conjunto Madre Tereza serão do tipo fluorescente compacta, com potência de 15 watts (iluminação semelhante a de lâmpadas incandescentes de 60 watts) e de 25 watts (que substituem sem prejuízo as incandescentes de 100 watts).

Esses benefícios – os refrigeradores, chuveiros econômicos e lâmpadas de alto rendimento – serão totalmente custeados pela Copel, que prevê investir no projeto cerca de R$ 1,3 milhão.

“Enquanto a Cohapar proporciona moradia digna a essas pessoas, a Copel garante meios para que a eletricidade seja utilizada de forma eficiente, segura e sem desperdício”, diz Pedro Augusto do Nascimento Neto, diretor de distribuição da empresa de energia.

“Com esta iniciativa, orientada pelo governador Beto Richa, o Governo do Paraná eleva a condição social dessas famílias, estendendo-lhes a oportunidade de viver num lar com dignidade e segurança, com acesso a equipamentos novos e eficientes do ponto de vista energético”, complementa Nascimento Neto.

CIDADANIA – As famílias, que estavam instaladas em fundo de vale e margem de rio, vão receber a infraestrutura necessária para uma vida digna. “Atuando de forma integrada, as secretarias promovem melhor condição de vida para essas famílias que passaram por tantas dificuldades, enfrentando alagamentos e doenças trazidas pelas chuvas. Com a mudança para o novo endereço as pessoas reconquistam a dignidade e a vontade de progredir cada vez mais”, destacou o presidente da Cohapar, Mounir Chaowiche, para quem a palavra-chave deste governo é parceria.

O projeto também contribui para a manutenção de áreas de preservação e de recursos hídricos. “Seu grande mérito é resgatar famílias atualmente em situação de vulnerabilidade, melhorando a qualidade de vida e promovendo a cidadania”, ressalta Gilberto Mendes Fernandes, diretor de Meio Ambiente e Cidadania Empresarial da Copel.

O projeto já recebeu a aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo o diretor de distribuição da Copel, a empresa já manifestou à Aneel sua intenção de aplicar o projeto em outras 100 mil unidades habitacionais, previstas pela Cohapar para serem construídas em todo o Paraná.

SOCIAL – Todas as famílias contempladas são orientadas pela Cohapar a obterem o seu Número de Identificação Social - NIS, para que se enquadrem na tarifa social de baixa renda e, quando o consumo mensal não ultrapassar a 100 quilowatts-hora, tenham sua conta de luz quitada pelo Governo do Estado por meio do programa Luz Fraterna.

“A parceria com a Copel é fundamental, pois não vamos apenas levar as famílias para uma nova casa, mas para um local com condições completas e com perspectivas de vida. Sem contar que este projeto resgata a dignidade das pessoas e ajuda a preservar o meio ambiente, para que as gerações futuras não sofram com a falta de água devido à poluição dos mananciais”, destacou Chaowiche.

"Ainda não é suficiente", dizem jornalistas que conseguiram acesso a documentos da Ditadura Militar

Na última quinta-feira (21), o Ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, liberou totalmente o acesso a documentos da Ditadura Militar para 12 representantes de perseguidos políticos e familiares de mortos e desaparecidos, entre eles dois jornalistas. Eles estão sob a guarda do Arquivo Nacional, que abriga hoje o Sistema Nacional de Informação e Contrainformação (Sisni).

O pedido de acesso foi feito há cerca de um mês pela Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos ao ministro e agora consta da Portaria 1.668, de 20 de julho de 2011, publicada no Diário Oficial do dia 21. Há expectativa de, nos documentos, haver informações dos desaparecidos, um total de 383, segundo a Comissão.

Ivan Akselrud de Seixas, presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe/SP) e jornalista, é um dos 12. Seixas foi preso com 16 anos, em 1971, junto com seu pai, Joaquim Alencar Seixas, que acabou morrendo na prisão então sob comando do coronel reformado do Exército, Carlos Alberto Brilhante Ustra. "O acesso a esses documentos é público, porém restrito. Só representantes diretamente ligados aos interessados, nesse caso, familiares, tem acesso total. A Comissão recebeu essa Portaria. Não é suficiente, faltam outros documentos. Mas precisamos saber o que tem nesses, para continuar", disse.

O objetivo da Comissão está bem definido "Descobrir pistas que nos levem às circunstâncias das mortes e desaparecimentos, os locais onde os corpos foram sepultados e os responsáveis por isso", conta o jornalista de Foz do Iguaçu, Aluízio Palmar, militante político e perseguido na época da Ditadura que, há anos procura pistas e documentos referentes à época dp regime militar. Ele descreve, no livro "Onde Foi que Vocês Enterraram Nossos Mortos", a busca que fez para encontrar os corpos de 12 militantes de esquerda mortos no Parque Nacional do Iguaçu.

Mesmo com a Portaria, Palmar afirma que a luta não acabou. "Estamos na luta há 40 anos pela abertura total dos arquivos. E vamos continuar nossas reivindicações pelos arquivos das forças armadas e das delegacias da polícia federal, inclusive do arquivo da policia federal de Foz do Iguaçu, que foi enviado para Brasília e desapareceu".

Entre os outros brasileiros a terem acesso aos arquivos estão quatro integrantes da família Almeida Teles. Maria Amélia de Almeida Teles foi presa na Vila Mariana, na capital paulista, no dia 28 de dezembro de 1972. Seu marido, César Teles, já estava detido. Os dois coordenavam a gráfica do Partido Comunista do Brasil, ao qual pertenciam à época da guerrilha do Araguaia. No dia seguinte, a polícia invadiu a casa da família e deteve sua irmã, Criméia Almeida, e seus filhos, Janaína e Edson, na época com 5 e 4 anos de idade. Nas dependências do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), todos foram torturados física e psicologicamente.

Amelinha, como é conhecida, explica que essa é mais uma etapa da luta para se ter acesso aos arquivos. "São muitos anos trabalhando em busca de informações. Nós fomos o grupo que abriu, de certa forma, os arquivos do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) em SP, PE, RJ, PR... E agora conseguimos isso", relata. Assim como Seixas e Palmar, ela acredita que ainda não é o suficiente. "Nós entendemos que os documentos que foram ao Arquivo Nacional não vão responder às nossas necessidades, mas podem nos dar mais pistas e nos ajudar muito. Precisamos saber onde estão os restos mortais de nossos desaparecidos. Temos que ter mesmo os relatórios das forças militares", afirma.

As pesquisas do grupo não podem sofrer nenhuma restrição do Estado e darão subsídios para a Comissão da Verdade que deve ser instalada em breve. Para acessar os documentos, os doze escolhidos terão de assinar Termos de Responsabilidade pelo Uso e Divulgação de Informações Sobre Pessoas, preencher o Cadastro Anual de Pesquisador e habilitar-se como usuário de pesquisa continuada do Ministério. Por enquanto só a Comissão tem acesso, mas as informações serão divulgadas na medida do possível, já que há restrições. "Faremos uma reunião semana que vem para decidirmos como será a divulgação do que encontrarmos", diz Palmar.

A lista dos 12:

I - Aluízio Ferreira Palmar, RG 672.320-9 - SSP/PR;
II - Criméia Alice Schmidt de Almeida, RG 799.15814 - SSP/SP
III - Edson Luiz de Almeida Teles, RG 173.85264-6 - SSP/SP;
IV - Helenalda Resende de Souza Nazareth, RG 225.2043 -SSP/SP;
V - Iara Xavier Pereira, RG 053.89601-5 Detran/RJ;
VI - Ivan Akselrud de Seixas, RG 107.49803 - SSP/SP;
VII - Janaína de Almeida Teles, RG 161.11919-0 - SSPSP;
VIII - Laura Petit da Silva, RG 386.2047 - SSP/SP;
IX - Maria Amélia Almeida Teles, RG 497.6428 - SSP/SP;
X - Maria do Amparo Araújo, RG 172.5669-SSP/PE;
XI - Maria Eliana de Castro Pinheiro, RG 745.857 - SSP/CE, e
XII - Suzana Keniger Lisboa, RG 201.1412257 - SSP/RS.

Julgamento do coronel Ustra

Além do acesso aos documentos, há outro motivo para a Comissão ter, ao menos, esperança de justiça. Na tarde desta quarta-feira (27), foi realizada audiência para julgar o processo de acusação contra o coronel Ustra, ex-comandante do Dops, no Fórum João Mendes, no centro da capital paulista. Ustra foi o primeiro acusado de tortura ocorrida durante a ditadura a ser julgado no país. Em 2006, enfrentou julgamento de ação movida pela família Almeida Teles. E agora enfrenta ação da família Merlino. Ustra é acusado de torturar e matar, em julho de 1971, o jornalista Luiz Eduardo Merlino.

Amelinha foi ao julgamento e disse que não ficou surpresa por Ustra não ter comparecido. "Ele tem medo do povo e é muito covarde. Ele é responsável pela morte de uns 70 militantes, na época que era comandante. Acho que ele vive em pânico. Porque pra pessoa aparecer e olhar pra frente, ela precisa ter certeza de que está certo. E ele não está", disse. Mas ela acredita que o desfecho do julgamento pode ser diferente. "Eu acho que a ação que fizemos, repercutiu. A família Merlino vem agora com mais força política e com mais força jurídica. E, com certeza, será um fato histórico para que o Brasil repense a estratégia de manter a impunidade", finaliza.

Assim como em 2006, o julgamento de Ustra busca apenas uma penalização simbólica, uma vez que tanto agentes do Estado quanto cidadãos que se insurgiram contra o regime militar foram igualmente beneficiados pela lei da anistia. (Portal Imprensa)

Governador recebe comitiva alemã interessada em investir no Paraná

O governador Beto Richa recebeu nesta quarta-feira (16) uma comitiva alemã, liderada pelo governador de Baden-Württemberg, Winfried Kretschmann, para discutir parcerias econômicas e sociais entre os estados. A intenção dos alemães é ampliar as relações nas áreas comerciais, de ciência, tecnologia e meio ambiente. “É muito apropriada a visita desse grupo em um momento que o Paraná abre as portas para os negócios e as parcerias”, disse Beto Richa.

Richa disse que a visita foi mais uma oportunidade de aproximação com o governo alemão. Ele apresentou à comitiva as vantagens territoriais e de infraestrutura do Paraná e destacou que o governo estadual busca parcerias sólidas para desenvolver a economia, gerando riquezas e empregos. “Sabemos das qualidades das empresas alemãs e queremos que elas venham para o Paraná”, disse o governador. Richa lembrou que o Estado tem uma grande comunidade alemã que foi fundamental para o crescimento do Paraná.

Kretschmann disse que o estado alemão realiza diversos trabalhos conjuntos com o Paraná, principalmente com a Federação das Indústrias e Senai, na área de mestrado em meio ambiente. Ele destacou o desenvolvimento do Paraná e disse que o Estado tem muito conhecimento para compartilhar. “O Brasil tem um grande papel na economia mundial. Queremos aprofundar as relações para realizarmos mais ações em conjunto e investimentos no Paraná”, disse o governador alemão. Kretschmann agradeceu a cordialidade do atendimento do governador Beto Richa.

Fazem parte ainda da comitiva alemã o vice-governador e ministro de Finanças, Nils Schmidt; a ministra de Ciência, Tecnologia e Artes, Theresia Bauer; o presidente das Câmaras de Comércio e Indústria, Peter Kulitz; o cônsul-geral da Alemanha em São Paulo, Mathias Von Kummer; o cônsul honorário da Alemanha em Curitiba, Andreas Hoffrichter; e dois membros da Assembleia Legislativa de Baden-Württemberg, Hans Ulrich e Helmut Rueck.

Mais de 180 pessoas concluem curso de economia solidária

A Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Economia Solidária em parceria com o Instituto Federal do Paraná (IFPR) qualificou, de julho a outubro, mais de 180 alunos no curso de Gestão e Desenvolvimento de Produtos em Economia Solidária em 13 municípios. As formaturas de certificação serão feitas nas próximas semanas.

O investimento, cerca de R$ 150 mil, é do Plano Territorial de Qualificação Profissional (PlanTeQ), que utiliza recursos do Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT) e do Tesouro Geral do Estado (TGE), para qualificar trabalhadores. Com 160 horas, a qualificação é dividida em uma etapa básica de 40 horas, com informações, por exemplo, sobre matemática e direito do trabalho, e outra, de 120 horas, com disciplinas específicas, voltadas para o cooperativismo, sociologia do trabalho, gestão e desenvolvimento de produtos.

Segundo o secretário estadual do Trabalho, Luiz Claudio Romanelli, a qualificação proporciona aos alunos conhecimento em gestão e desenvolvimento do empreendimento econômico solidário. “O curso é elaborado dentro do conceito de Economia Solidária, que tem como base o associativismo e o cooperativismo, e é um tipo de economia voltada para a produção, consumo e comercialização de bens e serviços de modo autogerido”, explicou Romanelli.

COMUNIDADES – Na quinta-feira (10) da semana passada, foram entregues os certificados de conclusão no assentamento rural Oito de Junho, de Laranjeiras do Sul. Os 13 que realizaram o curso de qualificação profissional foram: Fazenda Rio Grande, da regional de Curitiba; Iretama e Roncador, da regional de Campo Mourão; Boa Ventura de São Roque, Goioxim, Laranjal, Laranjeiras do Sul, Marquinho, Palmital, Pinhão, Porto Barreiro, Quedas do Iguaçu e Reserva do Iguaçu, da regional de Guarapuava.

No Paraná existem vários empreendimentos de economia solidária, como, por exemplo, panificação, em que um ou mais grupos trabalham com os mesmos equipamentos, de forma organizada para gerar emprego, renda e de dinamizar a economia local, melhorando a condição de vida de toda a comunidade, produzindo e comercializando panifícios, massas, doces, entre outros.

João da Graça, ex-coordenador jurídico da campanha do Osmar Dias e ex-delegado regional do Trabalho indicado por este, é citado em denúncia

Ministério de Lupi vira 'mercado de lobby' comandado por ex-funcionários

Com livre acesso aos gabinetes, ex-empregados do Trabalho agem como intermediários e cobram 'pedágio' para facilitar registro de entidades, segundo sindicalistas


Outra visita. O gabinete da secretária Zulmira Alencar recebe sempre a visita de outra "consultora", Nicole Goulart. Ela já trabalhou com a própria Zulmira e o ex-secretário Luiz Antônio de Medeiros no ministério, quando participava de reuniões sobre a carta sindical. Hoje, só mudou de lado da mesa. Agora, ela recebe dinheiro de sindicalistas para conseguir o registro. A "consultora" presta serviço para entidades ligadas a cooperativas.

Procurada pelo Estado, a assessoria do ministério informou que "não dispõe de informações sobre a vida profissional de prestadores de serviços contratados por empresas interpostas".

Outro intermediário é o advogado João Alberto Graça, dirigente nacional do PDT. No dia 29 de outubro de 2007, Carlos Lupi o nomeou para ser o superintendente do Ministério do Trabalho no Paraná. Em junho de 2009, os dois viajaram juntos para Genebra, na Suiça, para um evento internacional.

João Graça deixou o cargo em julho daquele ano e passou a ser cortejado pelos sindicatos. O pedetista evita aparecer formalmente, prefere atuar nos bastidores. Mas um sindicato admitiu que contratou seus serviços. "O dr. João Graça nos auxilia nos processos. Ele nos ajuda desde 2009", disse Rogério Kormann, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Cooperativas Médicas do Paraná, que está com processo de registro em tramitação. O mesmo advogado também teria atuado a favor da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop). Carlos Lupi assinou o registro dela no dia 16 de novembro de 2010. A assessoria jurídica da CNCoop é feita por Júnia dal Secchi, ex-assessora do próprio Ministério do Trabalho. (AE)

Presidente nacional do PDT aconselha o Lupi a deixar o cargo


"Como amigo do Lupi, preferia que ele saísse. Mas isso é uma decisão que o PDT vai tomar de forma institucional."

André Figueiredo, presidente em exercício do PDT

Manifesto dos ocupantes de Wall Street

Enquanto nos reunimos em solidariedade para expressar um sentimento de enorme injustiça, não podemos esquecer o que nos trouxe aqui.

Escrevemos para que as pessoas que se sentem enganadas pelas forças empresariais do mundo saibam que somos seus aliados.

Enquanto um só povo, unido, reconhecemos a realidade de que o futuro da raça humana requer a cooperação dos seus membros, que o nosso sistema deve proteger os nossos direitos e que, perante a corrupção desse sistema, cabe aos indivíduos protegerem os seus próprios direitos e dos seus vizinhos.

Que um governo democrático obtém o seu justo poder do povo, mas que as empresas não procuram consentimento para extrair riqueza do povo e da terra, e que não se alcança uma verdadeira democracia quando esse processo é determinado pelo poder econômico.

Dirigimo-nos a vós numa época em que as empresas, que colocam o lucro à frente das pessoas, o seu interesse à frente da justiça e a opressão à frente da igualdade, controlam os nossos governos.

Reunimo-nos aqui pacificamente, tal como é nosso direito, para dar a conhecer estes fatos.

Apoderaram-se das nossas casas através de um processo ilegal de execução, apesar de não terem a hipoteca original.

Receberam resgates dos contribuintes com impunidade e continuaram a dar bônus exorbitantes aos executivos.

Perpetuaram a desigualdade e a discriminação nos locais de trabalho com base na idade, na cor da pele, no sexo e na orientação sexual.

Envenenaram os alimentos através da negligência e minaram o sistema agrícola através da monopolização.

Lucraram com a tortura, confinamento e tratamento cruel de inúmeros animais ocultando ativamente tais práticas.

Procuraram constantemente negar aos trabalhadores o direito de negociarem melhores ordenados e condições de segurança.

Agrilhoaram os estudantes com dezenas de milhares de dólares de dívida na educação, um direito humano consagrado.

Subcontrataram consistentemente mão-de-obra e tiraram proveito disso para reduzir os direitos de saúde e os ordenados dos trabalhadores.

Influenciaram os tribunais para obter os mesmos direitos das pessoas, mas sem a culpabilidade ou responsabilidade inerentes.

Gastaram milhões de dólares em advogados para encontrarem formas de contornar contratos de seguros de saúde.

Venderam a nossa privacidade como uma mercadoria.

Usaram os militares e as forças policiais para impedir a liberdade de imprensa.
Recusaram deliberadamente a devolução de produtos com defeito colocando vidas em risco em busca de lucro.

Determinam a política econômica apesar dos fracassos catastróficos que as suas políticas criaram e continuam a criar.

Deram grandes quantias de dinheiro aos políticos responsáveis pela sua própria regulação.

Continuam a bloquear formas alternativas de energia para nos manterem dependentes do petróleo.

Continuam a bloquear medicamentos genéricos que podem ajudar ou salvar vidas para protegerem investimentos que já deram lucros substanciais.

Encobriram propositadamente derrames de petróleo, acidentes, contabilidades fictícias e ingredientes inertes em busca de lucros.

Mantiveram as pessoas propositadamente desinformadas e assustadas através do seu controlo dos média.

Aceitaram contratos privados para assassinar prisioneiros, mesmo perante sérias dúvidas acerca da sua culpa.

Perpetuaram o colonialismo a nível interno e externo.

Participaram na tortura e no assassinato de civis inocentes no estrangeiro.

Continuam a construir armas de destruição maciça para receberem contratos do Governo.

Aos povos do mundo, nós, a Assembléia Geral de Nova Iorque, que ocupa Wall Street na Praça da Liberdade, encorajamos-vos a exercerem o vosso poder,a exercitarem o vosso direito à aglomeração pacífica, à ocupação de espaços públicos, à criação de processos para discutir os problemas que enfrentamos e gerar soluções que sejam acessíveis a todos.

A todas as comunidades que passam à ação e criam grupos no espírito da democracia direta, nós oferecemos apoio, documentação e todos os recursos ao nosso dispor.

Juntem-se a nós e façam ouvir a vossa voz.

Principais cidades do Paraná recebem novos veículos para combate a incêndios

O Corpo de Bombeiros do Paraná passa a contar com dez novos caminhões tipo autobomba tanque para combate a incêndios. Os equipamentos foram entregues nesta quarta-feira (16) pelo governador Beto Richa. Eles serão empregados em casos de incêndios urbanos, rurais e em instalações petroquímicas nas principais cidades do Paraná — Curitiba (2), São José dos Pinhais, Paranaguá, Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu e Guarapuava. O investimento é de R$ 8 milhões e os recursos são do Fundo Estadual do Corpo de Bombeiros (FUNCB).

“Esta é mais uma demonstração do esforço que estamos fazendo para recuperar a estrutura e as condições de trabalho dos profissionais da segurança pública”, disse o governador. “Garantir a estrutura adequada para as atividades de salvamento e resgate de pessoas é o mínimo que podemos fazer pelos nossos valorosos bombeiros, que há muito tempo são exemplo de competência, dedicação e empenho sem limites”, afirmou Richa.

Os novos caminhões autobomba tanque possuem capacidade para carregar até 20 mil litros de água e mil litros de espuma. A bomba é certificada e tem capacidade de pressão de 7 mil litros por segundo, com um jato de água que atinge altura de até 39 andares (120 metros). O veículo é totalmente automatizado e compõe uma nova linha de equipamentos com tecnologia avançada para apoiar atividades de bombeiros. Os caminhões foram escolhidos por meio de um estudo do Corpo de Bombeiros e são os primeiros do tipo a entrar em operação no Brasil. Os estados de São Paulo e Minas Gerais deverão adotá-los em breve.

“Estes veículos são altamente qualificados e muito importantes para dar velocidade ao atendimento e salvar o patrimônio e a vida de muitas pessoas”, disse o coronel Hércules Donadello, comandante do Corpo de Bombeiros do Paraná. “Com eles podemos atender as novas edificações, que são mais altas, e estaremos melhor equipados para dar suporte à segurança das pessoas no período da Copa do Mundo de 2014”, afirmou o coronel.

“Esta é uma parte do trabalho que pretendemos fazer em quatro anos, recuperando os quadros e reaparelhando as corporações, investindo em novas tecnologias, para alcançar os resultados que a população espera”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César.

MAIS VEÍCULOS – De acordo como o comandante do Corpo de Bombeiros, uma nova licitação deve ser homologada ainda neste ano pelo governador para a compra de outros 30 caminhões, 30 veículos de busca e salvamento e 60 viaturas leves para vistorias e atividades administrativas, que serão colocados em operação até 2013, para melhorar a qualidade da frota existente e substituir equipamentos antigos e ultrapassados.

“É a primeira vez que Guarapuava recebe um equipamento completo como este para o Corpo de Bombeiros. Será muito útil para a cidade e para os municípios da nossa região”, afirmou o prefeito de Guarapuava, Fernando Ribas Carli.

Também participaram da solenidade os deputados estaduais Ademar Traiano, Bernardo Ribas Carli, Duílio Genari, Mauro Moraes, Plauto Miró, Rose Litro e Teruo Kato; e o vice-prefeito de Paranaguá, Fabiano Elias, além de representantes de prefeituras de outras cidades beneficiadas e comandantes de grupamentos e sub-grupamentos do Corpo de Bombeiros.

Governo Dilma terá linha de crédito para desenvolvimento de tecnologias para pessoas com deficiência

O Plano Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência, batizado pelo governo como Viver sem Limite, que será lançado amanhã (17), pela presidenta Dilma Rousseff, vai incluir uma linha de crédito de R$ 150 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para pesquisa e desenvolvimento (P&D) de tecnologias assistivas.

Do valor previsto para desembolso em três anos, R$ 90 milhões serão destinados a empréstimos (com juros de 4% ao ano) a empresas que queiram dominar tecnologias e criar produtos como próteses ortopédicas, leitores de braille e cadeiras de rodas com interação com o cérebro da pessoa com deficiência.

Além do dinheiro para empréstimos, R$ 30 milhões ficarão disponíveis para subvenção de inovações de risco tecnológico alto e retorno financeiro incerto. Outros R$ 30 milhões, também não reembolsáveis, serão destinados a projetos desenvolvidos em parceria com universidades e centros de pesquisa.

A intenção do governo com o plano Viver sem Limite é favorecer a inclusão social e produtiva de pessoas com deficiência. “Nós temos que começar a produzir esses equipamentos e dar mobilidade e alternativa”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, ao abrir hoje, em Brasília, o 1º Fórum Sebrae de Conhecimento. “O fato de a pessoa ter uma deficiência faz com que ela desenvolva outras habilidades”, salientou.

O plano do governo “é muito ambicioso”, considera Mercadante. “Temos que começar a pensar a tecnologia para aqueles que precisam, a tecnologia de pequena escala que protege o indivíduo”. Segundo o ministro, “é a essa tecnologia que o governo tem que dar ênfase, não apenas aos grandes complexos econômicos”.

O desenvolvimento de tecnologias assistivas também pode ser economicamente estratégico. O Brasil tem déficit comercial em produtos e equipamentos para mobilidade, tratamento e acessibilidade de pessoas com deficiência. Só no caso de próteses e órteses, o déficit na balança comercial é US$ 70 milhões anuais, de acordo com o superintendente de Tecnologias para Desenvolvimento Social da Finep, Maurício França. Ele lembra que, com o crescimento do número de acidentes de trânsito e o envelhecimento da população, a demanda por esse tipo de tecnologia aumentará.

Afora o financiamento da Finep, o governo vai subsidiar a compra de próteses e equipamentos para pessoas de baixa renda. Um catálogo de 1,6 mil produtos para idosos e pessoas com deficiência visual, auditiva, física, intelectual ou múltipla estará disponível no portal eletrônico http://assistiva.mct.gov.br/.

“Tudo que há no mundo em termos de equipamentos para pessoas com deficiência vai estar nesse portal que estamos lançando amanhã”, garantiu Mercadante. O portal foi desenvolvido em cooperação com os Estados Unidos e nove países europeus, e o Instituto de Tecnologia Social (ITS Brasil).

Segundo dados do Censo 2010, divulgados hoje, 6,7% da população brasileira (mais de 17,7 milhões de pessoas) têm alguma deficiência considerada “severa” pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (AB)


O aposentado vitimado no acidente entra com ações cível e criminal contra o prefeito de Londrina, Barbosa Neto

O advogado do aposentado Nilton Santos, que se envolveu no acidente de trânsito com o prefeito de Londrina, deve entrar com uma ação cível e outra criminal contra Barbosa Neto. Heli Augusto Correia Machado vai protocolar o pedido de abertura dos casos até a próxima segunda-feira (21).

Ele explicou que a iniciativa quer garantir que a Justiça declare que o responsável pela colisão foi o prefeito. O acidente em questão aconteceu no dia 31 de outubro, no cruzamento da Rua Grafita e da Avenida Brasília, trecho urbano da BR-369, zona leste de Londrina. Barbosa Neto estava conduzindo uma Mercedes-Benz e estava com a esposa e os três filhos. O carro colidiu com a BMW de Nilton Santos.

O aposentado afirma que o prefeito ultrapassou o sinal vermelho e pede uma retratação sobre o caso. O advogado Heli Augusto Correia Machado afirma que as ações querem pressionar que se chegue a uma conclusão sobre o acidente.

"A criminal é para que o caso não fique parado. É um procedimento para provocar o próprio delegado de trânsito que continue tomando as providências cabíveis. Que ele ouça esse rapaz que estava como testemunha do acidente e, se entender que houve um ato criminoso do prefeito, tome as ações que lhe cabem", declarou.

Na ação cível, o advogado vai pedir ação indenizatória pelos danos morais e financeiros que Santos teria acumulado. "O que Nilton deseja é que Barbosa Neto assuma a responsabilidade. A nossa ideia é fazer essa ação para que efetivamente haja um julgamento e seja decidido quem foi o responsável. Nós queremos uma sentença afirmando que quem furou o sinal foi o prefeito", cobrou.

A seguradora de Barbosa Neto ainda será acionada para pagar os prejuízos do carro de Nilton Santos. Machado espera que a empresa não se negue a fazer a restituição dos valores. "Meu cliente está alugando um veículo e pagando por isso. Nós queremos ainda a restituição do valor mensal que ele está pagando pelo carro, já que seu veículo foi danificado", disse.

Na manhã desta quarta-feira (16), a assessoria de imprensa de Barbosa Neto afirmou que ele não deve se pronunciar sobre o assunto até que saia o laudo apontando o responsável. (O Diário)



O perigo vem do subsolo do planeta




Cientistas Investigam o Enigma da Dilatação rápida de um Vulcão na Bolívia, o Uturuncu.

Um vulcão que antes dormia tranquilamente no continente Sul Americano, está agora rapidamente, dilatando-se, numa velocidade espantosa. A descoberta foi feita por pesquisadores de várias universidades dos EUA. Os cientistas estão dizendo que o Uturuncu, que se eleva 6.000 metros, no sudoeste da Bolívia, está para explodir como um balão grande enquanto a sua câmara de magma cresce cerca de 10vezes mais rápido que o normal.

Estratovulcões são cônicos em forma
e podem entregar periódicas erupções explosivas.


uma das mais rápidas dilatações vulcânicas na Terra", disse o professor Shan de Silva da Universidade do estado do Oregon. Segundo Silva, O que estamos tentando fazer é entender por que esta ocorrendoessa super dilatação galopante e para onde ela vai levar”.


O Uturuncu é classificado como um vulcão do tipo mais comum, mas há alguma preocupação de que seu crescimento rápido e repentino, pode indicar que a formação de um supervulcão está a caminho.

Um supervulcão explode, com tal poder de força, que ele pode atirar para fora, mil vezes mais material do que um vulcão como o Uturuncuou Monte St. Helens, em Washington. A formação e explosão consecutiva de um supervulcão, também pode ter um efeito devastador global.

O homem atual nunca testemunhou tal evento. A última erupção de um supervulcão ocorreu por volta de 74 mil anos atrás na Indonésia.

No entanto, os pesquisadores estão olhando para Uturuncu, silenciosamente, confiantes, de que não há nada para se preocupar.

"Não é um vulcão que se acha que vai entrar em erupção a qualquer momento, mas certamente é interessante, porque a área foi pensada estar essencialmente morta, disse o professor de Silva.




Em outra área, a caldera do Yellowstone nos os EUA, é classificada como um supervulcão, um tipo de vulcão, que pode irromper materiais,1.000 vezes mais, do que um Estratovulcão, no entanto vulcões desta região parecem dormir calmamente.

A última erupção do Uturuncu ocorreu cerca de 300.000 anos atrás.“Então é por isso que é importante saber quanto tempo isso vem acontecendo”, o professor de Silva acrescentou.

Pesquisadores descobriram o crescimento avançado, em torno de cincoanos atrás, depois que dados de satélite revelaram que a região se expandindo por 1 a 2 centímetros a cada ano e isto tinha acontecido durante 20 anos. Agora a terra está com cerca de 43 quilômetros de diâmetro, enquanto que o pico se senta como um chapéu de festa no centro.

Sua equipe está olhando para dados sísmicos, GPS e variações de dados coletados, para tentar determinar exatamente quando e por que o vulcão começou ainflar” e o mais importante, o que poderia acontecer em seguida.

Parabéns Nani!

Hoje é uma data importante e especial, ao ser o dia em que uma grande amiga veio ao mundo. Quando conheci está nobre figura até não lhe dei a devida importância, pois a achei muito tímida para a profissão que exerce, mas só foi uma primeira impressão desfocada da realidade. O que eu confundi com timidez na realidade era o excesso de humildade de uma brilhante profissional, e isto não a diminui e sim a enaltece e a qualifica ainda mais.

No ofício em que vivemos, o da comunicação, onde as vaidades e o egocentrismo dão o tom está figura amável, cheia de empatia e outros nobres valores, tal qual a solidariedade, se destoa, mas para melhor ao fazer do meio em que convive mais humano e menos brutal.

Querida amiga, que a sua vida seja longa e muito feliz e sempre irradie para todos nós a enorme bondade que trás em sua alma!

Grande Nani desejo a você um Feliz Aniversário, como que a sua caminhada entre nós seja longa e com muita saúde, paz, harmonia e prosperidade!

Sou muito feliz e grato por ter o bem precioso que é a sua amizade!

Como a presidente Dilma disse para o Lupi: “O passado passou, gente!”

Aos poucos o governo, que se dependesse do antecessor continuaria o mesmo, começa a tomar novos rumos e assumir a face da nova mandatária, que veio para governar.

A herança maldita recebida pela Dilma não era um governo e sim uma colcha de retalhos pessimamente costurada. O amontoado de feudos, onde cada agrupamento partidário tentava governar não para o povo e sim para os seus pares o conjunto da máquina, e tudo durante oito anos sem a devida fiscalização do poder central, acabou se tornando uma superestrutura ingovernável.

“O passado passou, gente!”
Dilma

Novo governo vida nova!

Vá firme na faxina que tem o apoio do povo!

A ilusão européia

*Paulo Nogueira Batista Jr.

Há um ano e nove meses, em fevereiro de 2010, publiquei nesta coluna um artigo que me deu imensa dor de cabeça.

O título era: “Europa em declínio.” Entre outras coisas, escrevi que os sinais do declínio relativo da Europa estavam em toda parte. A recessão havia sido mais profunda na Europa do que nos EUA. A recuperação europeia também estava sendo mais lenta.

Na periferia europeia, escrevi, o quadro era especialmente ruim. Muitos países estavam em crise ou próximos disso. Suprema humilhação: especulava-se que, pela primeira vez, um país integrante da área do euro teria que recorrer ao FMI – a Grécia. As autoridades europeias, temendo a perda de prestígio, procuravam evitar esse desfecho. Mas a crise grega já contaminava outros países do Sul da Europa, também da área do euro, notadamente Portugal e Espanha.

Os europeus ficaram furiosos comigo. Naquele tempo, eles ainda tinham tempo de seguir os meus artigos. Fizeram grande pressão e muitas queixas contra mim, inclusive formais, no FMI e no G-20. Foi medonho.

O artigo terminava com uma citação de De Gaulle que, no fim da vida, em 2009, observou profeticamente: “Eu tentei fortalecer a França em face do fim de um mundo. Fracassei? Outros dirão, mais tarde. Sem dúvida, o fim da Europa está diante de nós.”

Fim da Europa? Leitor, para entender plenamente a crise atual é preciso ter alguma noção da história da unificação europeia. O assunto é vasto. Menciono apenas o seguinte: originalmente, a unificação europeia foi um projeto das elites do continente, em especial das elites francesas e alemãs, que visava, entre outros objetivos, a conter e reverter o declínio da posição relativa da Europa no mundo. Uma Europa unida seria capaz de fazer face às grandes potências do pós-guerra: os EUA e a União Soviética.

Do ponto de vista do Brasil, uma Europa unida e próspera poderia, em tese, ser um elemento positivo num mundo crescentemente multipolar. Isso se tornou até mais necessário depois do colapso do bloco soviético.

Em tese, friso. Na prática, a Europa é uma ilusão. Tem sido, não raro, a principal força pró-status quo na área internacional, inclusive em instituições financeiras como o FMI. Os europeus estão super-representados nas organizações e nos foros internacionais. E se agarram tenazmente a suas posições e privilégios. O pior de tudo é que a área do euro constitui atualmente o principal risco de desestabilização da economia mundial.

Não se pode generalizar. Evidentemente, há muitos europeus qualificados e esclarecidos, que oferecem contribuições importantes no FMI, no G-20 e em outros foros. Infelizmente, isso parece ser mais exceção do que regra.

A crise na zona do euro, volto a dizer, é uma ameaça muito considerável, inclusive para o Brasil. A essa altura, não se pode descartar um colapso geral da união monetária europeia.

Os problemas da zona do euro são legião. As vulnerabilidades fundamentais estão na própria construção original – toda ela influenciada pela forma alemã de pensar e por uma versão rígida dos dogmas econômicos liberais: regras fiscais simplistas, Banco Central Europeu independente e dedicado à estabilização monetária, unificação monetária sem unificação fiscal e política, livre movimentação de capitais, insuficiente regulação e supervisão dos mercados financeiros etc.

Essas fragilidades não apareciam nos tempos de bonança. Com a crise iniciada nos EUA em 2007, tudo isso veio à tona com força brutal. O sonho europeu virou pesadelo.

Várias cúpulas europeias, várias reuniões do G-20, inclusive a cúpula em Cannes na semana passada – nada disso foi capaz de dar resposta convincente à crise. A zona do euro está à deriva e, dado o seu peso econômico e financeiro, pode produzir ondas de choque no resto do mundo.

O Brasil precisa estar preparado para uma turbulência semelhante, talvez mais intensa do que a que ocorreu em fins de 2008 depois do colapso do Lehman Brothers.

*Paulo Nogueira Batista Jr. é economista e diretor executivo pelo Brasil e mais oito países no Fundo Monetário Internacional

 
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