sexta-feira, 20 de maio de 2011

Líder palestino convoca reunião urgente após discurso de Obama

O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, convocou uma reunião urgente após o discurso do presidente americano Barack Obama nesta quinta-feira, quando ele pediu que Israel retorne às fronteiras de 1967 --anteriores à conquista israelense de partes dos territórios antes ocupados por palestinos.

Obama diz que Estado palestino deve ser baseado nas fronteiras de 1967

As informações são do principal negociador de paz palestino, Saeb Erekat. Ele acrescentou que Abbas deve consultar com a maior urgência outros líderes árabes e a cúpula da liderança palestina na região.

Mais cedo, foi divulgado que Abbas se reuniu em Ramallah (na Cisjordânia) com dois altos funcionários do Departamento de Estado americano pouco antes do discurso de Obama.

Abbas informou ao secretário de Estado adjunto, James Steinberg, e ao responsável do Departamento de Estado para o Oriente Médio, Jeffrey Feltman, a respeito dos termos do recente acordo de reconciliação concluído por seu partido Fatah com o movimento islamita rival Hamas, indicou seu gabinete em um comunicado.

Este acordo prevê a formação de um governo de transição composto de personalidades independentes até a realização, dentro de um ano, das eleições presidencial e legislativa.

Fortemente denunciado por Israel, este acordo foi recebido com grande cautela pelos Estados Unidos e pelos europeus, devido ao fato de o Hamas se negar a reconhecer a existência do Estado hebreu.

Ainda segundo o comunicado, divulgado pela agência de notícias palestina Waga, Abbas reiterou a seus interlocutores americanos que "não pode reiniciar as negociações de paz com Israel se este não interromper suas atividades de colonização na Cisjordânia ocupada".

Reiniciadas no começo de setembro de 2010, as negociações entre as duas partes foram suspensas pouco depois, quando Israel se negou a prolongar a moratória parcial de construção de dez meses nas colônias.

Frente a este bloqueio, os palestinos têm a intenção de pedir à ONU (Organização das Nações Unidas) em setembro o reconhecimento de seu Estado nas fronteiras de antes da guerra dos Seis Dias, em junho de 1967.

Na sexta-feira, o presidente americano se reunirá com o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu.

DISCURSO DE OBAMA

Obama declarou nesta quinta-feira o apoio dos Estados Unidos à construção de um Estado palestino nas fronteiras de antes da guerra de 1967, quando Israel anexou ao seu território parte da Cisjordânia, e faixa de Gaza, além de Jerusalém Oriental e Golã.

A declaração foi uma mudança na política americana, que até então defendia que a demanda palestina por estes territórios deveria ser reconciliada com o desejo de Israel por um Estado judeu de fronteiras seguras.

"O povo palestino deve ter o direito ao autogoverno, e a atingir seu potencial, em um Estado soberano e contíguo", disse Obama, em um discurso sobre o mundo árabe e o Oriente Médio no Departamento de Estado.

Obama, contudo, ressaltou diversas vezes que a segurança de Israel é uma prioridade dos EUA. Ele afirmou que a retirada das forças israelenses dos territórios palestinos deve ser acompanhada do compromisso das forças palestinas de garantir uma fronteira segura e pacífica.

O apoio não deve agradar Israel, na véspera da visita do premiê Binyamin Netanyahu à Casa Branca. Netanyahu defende que as fronteiras do Estado palestino sejam definidas através de negociação.

Os EUA lançaram em setembro passado um novo esforço diplomático para retomar o diálogo direto de paz entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina. Mas as conversas foram estagnadas desde que Israel rejeitou a extensão de uma moratória sobre a construção em assentamentos judaicos em território palestino.

Desde então, as lideranças palestinas apostam em uma campanha para obter reconhecimento internacional e da ONU (Organização das Nações Unidas) a um Estado dentro das fronteiras antes da guerra de 1967. A organização deve votar em setembro sobre a criação de um Estado palestino.

Obama também cobrou ação dos palestinos e alertou que "atos simbólicos para isolar Israel" na ONU, em uma aparente referência ao esforço palestino, não criarão um Estado independente palestino.

O presidente pediu concessões dos dois lados e alertou que o processo não será simples, com temas polêmicos como o futuro de Jerusalém e os palestinos refugiados. Ele reforçou a proposta americana de dois Estados para dois povos e pediu que ambos os lados parem de olhar ao passado e comecem a pensar no futuro, inspirados pelas mudanças revolucionárias no Egito e na Tunísia.

Obama deu ainda uma alfinetada na ANP, ao decretar que não haverá diálogo com o movimento islâmico Hamas. Recentemente, 13 facções palestinas anunciaram uma reconciliação, que levará à formação de um governo único interino e eleições gerais.

O acordo palestino deixou muitas autoridades surpresas, já que Fatah (que comanda a Cisjordânia) e Hamas (que controla a faixa de Gaza) têm um histórico de profundas divisões sobre como reagir ao conflito com Israel.

Restaurar a união palestina, contudo, é visto como crucial para reviver qualquer prospecto de um Estado palestino baseado em coexistência pacífica com Israel. Fatah, principal corrente palestina até a vitória do Hamas nas eleições de 2006, apoia a negociação com Israel, já o grupo islâmico rejeita qualquer diálogo.

Premiê diz que Israel não sairá de territórios invadidos

O premiê israelense Benjamin Netanyahu descartou a hipótese de devolver aos palestinos as áreas invadidas pelo Estado judeu em parte da Cisjordânia, faixa de Gaza, Jerusalém Ocidental e Golã.

As declarações dele foram uma resposta ao discurso do presidente dos EUA, Barack Obama, que afirmou que um acordo de paz entre palestinos e israelenses tem que ser baseada das fronteiras do Estado palestino que vigoravam antes da guerra de 1967 (Guerra dos Seis Dias).

A declaração de Obama foi uma mudança na política americana, que até então defendia que a demanda palestina por estes territórios deveria ser reconciliada com o desejo de Israel por um Estado judeu de fronteiras seguras.

Netanyahu disse em comunicado oficial que ainda tem esperança de que Obama mude de posição em favor dos israelenses.

O premiê disse que o retorno às antigas fronteiras não seria possível foram construídos grandes colônias israelense na área invadida da Cisjordânia. Esses centros ficariam fora do território de Israel em caso de retorno às fronteiras de 1967.

China fornecerá mais 50 caças JF-17 ao Paquistão


A China concordou em fornecer 50 caças JF-17 ao Paquistão sob uma base "acelerada", disse hoje um porta-voz da Força Aérea paquistanesa, em uma das mais concretas demonstrações de como a China poderá preencher o vazio se os Estados Unidos reduzirem seu auxílio ao Paquistão, após a operação que matou o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden.

O acordo para acelerar o fornecimento dos caças JF-17, dos quais outros 50 estão sendo montados no Paquistão, foi firmado no momento em que o primeiro-ministro paquistanês, Yusuf Reza Gilani, visita Pequim. "Nós estamos levando os 50 caças, além dos que já temos. Algo foi fechado em Pequim e por isso o envio dos aviões será acelerado", disse um militar paquistanês de alta patente.

A visita de Gilani a Pequim estava marcada bem antes dos EUA matarem bin Laden em uma operação em Abbottabad, no último dia 2, e levantarem os questionamentos sobre os esforços paquistaneses para caçar o líder terrorista. A viagem do premiê paquistanês tem como objetivo oficial marcar os 60 anos da relação sino-paquistanesa. Ele disse na terça-feira que a China é a "melhor amiga" do Paquistão. O país já é o maior fornecedor de armas ao Paquistão e terceiro maior parceiro comercial.

O caça JF-17 é um poderoso símbolo da amizade entre os dois países e também parte importante do plano paquistanês para substituir sua antiga frota de jatos de combate F-16, norte-americanos, e também de Mirage franceses. O Paquistão espera com isso pelo menos igualar o poder aéreo do seu arquirrival, a Índia.

Os EUA, por sua vez, repetidamente atrasaram a entrega dos caças F-16 ao Paquistão e também insistiram que eles nunca sejam usados contra a Índia, com a qual Washington atualmente cultiva uma parceria estratégica para contrabalançar o crescente poderio chinês na Ásia. (Dow Jones)

Entidades científicas pedem a Dilma o cancelamento do processo de licenciamento de Belo Monte


Um grupo de 20 associações científicas brasileiras enviou uma carta à presidenta Dilma Rousseff pedindo a suspensão do processo de licenciamento da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). No documento, as entidades manifestam preocupação em relação a violações de direitos humanos no empreendimento e pedem o cumprimento das condicionantes da obra, além do julgamento de ações públicas e regulamentação dos procedimentos de consulta aos povos indígenas e às populações afetadas.

O grupo de entidades, que inclui a Associação Brasileira de Antropologia (ABA), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Associação Brasileira de Ciências (ABC), pede que o licenciamento da hidrelétrica seja pautado pela “observância às leis e pela cautela diante do risco de ameaça à vida”.

O documento afirma que os encaminhamentos e decisões relativas a Belo Monte estão descumprindo a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata dos direitos dos povos indígenas. “o cumprimento do cronograma das obras não pode sobrepor-se às obrigações que o Estado tem no respeito aos direitos de pessoas e coletividades que lá habitam”.

As entidades classificam como “intempestiva” a concessão das licenças ambientais à usina. Até o momento, o empreendimento tem apenas uma licença parcial do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para iniciar o canteiro de obras. A previsão dos empreendedores é que a licença de instalação, que permite o começo das obras, seja concedida ainda este mês.

Em abril deste ano, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) também solicitou oficialmente ao governo brasileiro a suspensão do processo de licenciamento de Belo Monte, com o objetivo de proteger as comunidades indígenas da Bacia do Rio Xingu. Na época, o Itamaraty considerou as exigências da OEA como “precipitadas e injustificáveis” e o Consórcio Norte Energia, responsável pela obra, informou que os povos indígenas da região tiveram livre acesso ao projeto e aos relatórios de impacto socioambiental, e participaram de mais de 30 reuniões sobre o assunto. (AB)

NOVA GUERRA FRIA? Medvedev, presidente russo, adverte os EUA!


O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, alertou que seu país poderá deixar o novo tratado de limitação de armas estratégicas (Start 2, na sigla em inglês) assinado com os Estados Unidos e começar uma nova Guerra Fria com o Ocidente se as duas partes fracassarem em chegar a um acordo sobre o novo escudo de defesa antimísseis, que o governo americano agora quer implantar na Romênia. Medvedev disse aos repórteres que a decisão de Washington de levar adiante o escudo antimísseis na Europa Oriental, apesar das objeções da Rússia, forçará Moscou a "tomar medidas em resposta – algo que nós não gostaríamos mesmo de fazer".

COM 20 PUNHALADAS, MORRE EX-ESPIÃO DE PINOCHET


Vinte profundas punhaladas no peito, mandíbula, pescoço e nas costas acabaram com a vida de Enrique Arancibia Clavel, ex-assassino e ex-espião do governo do ex-ditador chileno Augusto RampíPinochet (1973-90). O corpo do ex-integrante da Dina – o serviço secreto da ditadura chilena – foi encontrado coberto de sangue ressecada em seu apartamento na rua Lavalle, em pleno centro de Buenos Aires. A primeira pessoa em encontrar o cadáver do protagonista de diversos atos terroristas foi seu namorado, um jovem de vinte e poucos anos. Nas horas seguintes, o assassinato do ex-torturador era o assunto preferido dos vizinhos do prédio e de todo o quarteirão. Um deles pontificou: “a la pucha… o chileno tinha mais facadas do que furos em um coador de macarrão”.
Muitos anos antes de ser comparado com um utensílio de cozinha, Arancibia Clavel foi o organizador do atentado que em 1974 na rua Malabia, no bairro de Palermo, matou o general Carlos Prats, ex-chefe do Exército do Chile durante o governo do presidente socialista Salvador Allende (1970-74), e sua esposa, Sofia Cuthbert. A bomba que matou o casal exilado em Buenos Aires havia sido colocada sob o veículo dos Prats pelo americano Michael Townley, agente da CIA que nos anos 80 delatou perante a Justiça dos EUA seu ex-colega chileno. A explosão espalhou os pedaços dos corpos dos Prats em um raio de 50 metros.
Arancibia Clavel também havia sido o autor do assassinato do anterior comandante em chefe do exército chileno, o general René Schneider, em 1970, em Santiago do Chile. Schneider havia resistido às pressões para protagonizar um golpe de Estado que impedisse a posse de Salvador Allende.

Quatro anos após o assassinato de Prats, Arancibia Clavel – um dos espiões preferidos de Pinochet – recebeu a missão de descobrir detalhes dos planos militares das forças armadas argentinas, que estavam prestes a entrar em guerra com o Chile por causa da disputa do canal de Beagle.
Descoberto em 1978 Buenos Aires, foi preso. No entanto, poucos anos depois foi beneficiado com uma anistia. A partir dali, Arancibia Clavel optou por permanecer em Buenos Aires.
No entanto, em 1996, foi detido pela Justiça argentina pelo crime cometido 22 anos antes em Buenos. Pelo assassinato de Prats e sua esposa foi condenado à prisão perpétua. Na época, o caso estabeleceu precedentes jurídicos para a reabertura de processos contra ex-integrantes da ditadura na região, já que a Corte Suprema argentina determinou que o assassinato fora um crime contra a Humanidade, e portanto, não prescrevia.
No entanto, em 2007 conseguiu a liberdade condicional. De lá para cá, vivia da renda do aluguel de três veículos que havia transformado em táxis e morava em um quarteirão famoso por estar coalhado de pequenos escritórios de empresas-fantasma e de estabelecimentos de prestação de serviços sexuais.
A polícia em Buenos Aires deteve dois “táxi-boys”, isto é, “garotos de programa”, suspeitos de terem assassinado o ex-espião, que constantemente requeria serviços sexuais masculinos em seu apartamento. Tudo indica que os dois rapazes teriam roubado US$ 40 mil do autor da morte do general Prats.

Vídeo mostrando o prédio onde o Palocci possui o apartamento de 6,6 milhões

STF autoriza extradição de ex-major argentino acusado por crimes na época da ditadura

O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou nesta quinta-feira, 19, a extradição para a Argentina do ex-militar Norberto Raul Tozzo, acusado de envolvimento no massacre de Margarita Belém, cidade da província do Chaco. O episódio ocorreu em 1976 e resultou na morte de 22 jovens peronistas opositores ao regime vigente na Argentina na época. Nesta semana, oito ex-militares que participaram da operação foram condenados à prisão perpétua pela Justiça daquele país.

Pela decisão do STF, Tozzo poderá ser extraditado para a Argentina para ser julgado pelo crime de sequestro qualificado de quatro jovens. Esses quatro militantes nunca foram encontrados. "Está-se diante de um delito de caráter permanente", afirmou durante o julgamento o ministro Ricardo Lewandowski, ao ressaltar que os corpos não foram localizados até hoje.

O julgamento desta quinta sinaliza a opinião do STF de que ainda podem ser punidos crimes como o desaparecimento de pessoas cometidos na época das ditaduras militares. Na votação, foi citado outro julgamento, ocorrido em 2009 no Supremo, quando o tribunal autorizou a extradição para a Argentina do militar uruguaio Manuel Juan Cordeiro Piacentini, acusado de envolvimento no sequestro de um menor e de ter participado da Operação Condor, que foi uma articulação de ditaduras do Cone Sul para perseguir opositores dos regimes na década de 1970.

Pela decisão tomada nesta quinta pelo STF, o governo da Argentina terá de se comprometer que uma eventual condenação de Tozzo será limitada à pena de prisão de 30 anos, que é o prazo máximo permitido no Brasil. Ou seja, ele não poderá ser submetido a uma pena de prisão perpétua, como ocorreu nesta semana com outros ex-militares acusados de participar do mesmo massacre.(AE)

Procuradoria dá 15 dias para Palocci explicar crescimento de patrimônio

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu nesta sexta-feira, 20, explicações ao ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, sobre o fato de ele ter aumentado em 20 vezes o seu patrimônio nos últimos anos. Gurgel deu um prazo de 15 dias para que Palocci encaminhe as informações.

No ofício enviado à Casa Civil, o procurador-geral não fez perguntas específicas sobre o crescimento do patrimônio. Ele somente pediu a Palocci que esclareça fatos relatados em duas representações entregues na Procuradoria Geral da República por partidos de oposição. Esse é um procedimento padrão quando a Procuradoria recebe representações.

Depois de receber as informações de Palocci, o procurador-geral decidirá se vai ou não pedir a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o ministro. Nesta semana, no entanto, Gurgel adiantou que para ele ainda não existiam indícios de crimes praticados por Palocci.

Mas ele disse que analisaria o caso. "Qualquer fato que envolva autoridades públicas merece sempre esse olhar cuidadoso. Agora é preciso realmente reunir as informações para que se possa formar um juízo a respeito", disse durante a semana. (AE)

O GOVERNO FEDERAL NÃO SE ENTENDE, ENQUANTO O MANTEGA DIZ QUE O GOVERNO NÃO TOMARÁ NOVAS MEDIDAS PARA CONTER A ECONOMIA O DIRETOR DO BC DIZ O CONTRÁRIO


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou nesta sexta-feira, 20, a necessidade de adoção de novas medidas para conter o avanço da demanda e do crédito:

"Não precisaremos de mais medidas porque já tomamos várias medidas desde o final do ano passado para moderar o crescimento do consumo e do crédito", disse o ministro, acrescentando que as medidas já adotadas estão surtindo efeito. Mantega participou de reunião com empresários do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV)."

Segundo o diretor do BC, Carlos Hamilton, a economia vai desacelerar de forma mais acentuada a partir da segunda metade do ano:

"A economia está andando em ritmo menor do que em 2010, mas a questão é: isso é suficiente? Não.

Tudo isso caminha na mesma direção de conter a demanda agregada, mas existe uma defasagem entre a adoção das medidas e seus impactos na atividade e na inflação.

De qualquer maneira, isso ainda são os efeitos iniciais. Os efeitos maiores vão acontecer mais para o final do ano."

Mulher se passava pela irmã morta há 35 anos no interior de Santa Catarina


A Polícia Civil de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, descobriu uma mulher que se passava há quase 35 anos pela irmã que já morreu. Nem os filhos sabiam o nome verdadeiro da mãe, segundo a polícia.

De acordo com a polícia, Santalina Borges Meurer, de 63 anos, se passava pela irmã morta, Neli de Souza. A farsa foi descoberta este mês por agentes da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher, ao Idoso (DPCAMI).

Em fevereiro, uma mulher se denominando Neli de Souza teve seus documentos furtados e foi ao Setor de Identificação de Jaraguá do Sul para providenciar novo documento. Encaminhado para o Instituto Geral de Perícia (IGP), verificou-se que as digitais coletadas eram de outra pessoa: Santalina Borges Meurer. Foi aberto um inquérito policial para investigar o caso. Após diligências e depoimentos descobriu-se que há quase 35 anos ela se passava pela irmã.

O inquérito policial indiciou Santalina por falsidade ideológica e falsa identidade. A investigação teve início em fevereiro, mas só neste mês os familiares foram localizados e, após depoimentos deles, a Polícia Civil teve a extensão da mentira de Santalina. Nem os três filhos sabiam do nome verdadeiro da mãe.

O caso. Em 1971, Santalina Ferreira Borges, ao pedido do pai, casou-se com um senhor bem mais velho que ela, e passou a se chamar Santalina Borges Meurer. Entretanto, como não vivia uma união conjugal com seu primeiro esposo, casou-se novamente em 1976, utilizando-se dos documentos pessoais da irmã Neli Ferreira Borges, que havia morrido. Ela fez isso porque não poderia se casar novamente sem estar divorciada. Santalina passou então a assumir o nome de Neli de Souza.

Outra questão apurada pela polícia é que em 1977, com a morte do primeiro esposo, a acusada utilizava seus documentos verdadeiros, como viúva, para receber o benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

IKNFLAÇÃO, RECESSÃO E JUROS MAIORES: Governo reduz previsão para PIB anual de 5% para 4,5%


A projeção do governo para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 foi reduzida de 5% para 4,5%, segundo o relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas, divulgado hoje pelo Ministério do Planejamento. Ao mesmo tempo, o documento mostra que o governo admite que haverá uma inflação maior neste ano. A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de referência para a política monetária no Brasil, passou de 5% para 5,7% - ainda abaixo do que prevê o mercado financeiro, que estima o IPCA na casa de 6 3%.

Já a projeção de alta para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) passou de 6,28% para 7,01%. De acordo com o relatório bimestral, a estimativa para a média da Selic (a taxa básica de juros da economia) em 2011 passou de 11 58% para 11,74% ao ano. A previsão para a taxa de câmbio média recuou de R$ 1,70 para R$ 1,61. A expectativa para o preço médio do petróleo neste ano saltou de US$ 98,34 para US$ 103,31 o barril. Por fim, para a massa salarial, o governo espera um crescimento de 11,71% este ano, ante 10,96% na projeção anterior.

A DESORDEM/ORDEM GERAL


Laerte Braga

Uma das colunas do jornal O GLOBO revela que uma “madame” freqüentadora de requintados e refinados ambientes foi a uma exposição de lançamento de uma coleção numa joalheria no Rio. Coisas da Barra da Tijuca, aberração paulista/carioca que faz fronteira com o Rio de Janeiro.

A senhora em tela comprou uma pulseira e levou às escondidas um par de brincos avaliado em 20 mil reais. Câmeras de segurança revelaram o que o colunista chama de “larápia vip”. A joalheira Rose Leal foi à casa da socialité e resgatou as peças, isso porque a pulseira fora comprada e não fora paga. Com isso evitou o escândalo.

A prisão do diretor do FMI Strauss Kahn não tem nada a ver com a “larápia vip” do high society da Barra. Mas tem a ver com as eleições para a presidência da França ano que vem.

A imprensa norte-americana e a policia de New York condenaram Strauss antes de qualquer decisão do Judiciário. Strauss é – era – uma pedra nos interesses de EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A. Isso apesar de dirigir uma quadrilha de estupradores, o FMI – FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL –. Estupram nações.

EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A na condição de sucessores de SPETRE – aquela que infernizava a vida de James Bond – não foge à prática de seus princípios. Chantagem, extorsão, vingança, assassinato, tortura, etc.

Com a diferença que EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A não é ficção. Mais ou menos como o peixe espada atravessando o abdômen de Jerry Lewis. “Só dói quando eu tento rir”.

O Bush da Casa Branca, sede da organização, hoje chamado Obama, vai cantar sua música e recitar seus poemas em mensagem ao povo sobre o que pretende implementar no Oriente Médio.

Ou seja. Reforço do tacão nazista contra os ditadores inimigos e silêncio em relação aos ditadores amigos. O esporte preferido de sionistas, tiro a palestinos vai continuar impune e sem qualquer restrição.

Nero escapou pela porta dos fundos e lamentou que o mundo se visse privado de suas poesias e suas canções.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Anthony Patriot, chama a política externa do governo Dilma em relação aos EUA de “pragmatismo econômico”. Substitui o caráter ideológico que atribuiu à política do ministro anterior, Celso Amorim.

Os dois governos são do mesmo partido e Dilma é uma extensão eleitoral de Lula, uma escolha do ex-presidente. Ou mudou um, ou mudaram os dois.

Mas para falar isso é preciso ter cuidado e se expor a chuvas e trovoadas. As críticas geralmente levam o senhor absoluto do partido de Dilma a suspender as grades e soltar na arena feras ipanemianas, com grandes garras e presas, ávidas de devorar críticos em nome do centro do palco e muito ar para encher os bonecos chapas brancas.

O que não quer dizer que esteja tudo em desordem. A ministra da Cultura é atingida por fogo amigo por não aceitar as regras do jogo a moda Barra da Tijuca. Reage aos donos da verdade absoluta e cai no centro da tal arena. É típico dessa conformação. Os domadores e seus cãezinhos amestrados rosnando a um simples olhar em função de interesses que não têm nada a ver com cultura.

É difícil julgar o caso Strauss Kahn a partir da “vítima”. Não se pode afirmar que necessariamente seja uma agente infiltrada para derrubar o diretor do FMI que, em abril, no jornal LA LIBERACIÓN havia escrito um artigo prevendo esse tipo de ataque. Esse tipo de chantagem. Mas é possível detectar mais uma operação do conglomerado terrorista para afastar e matar politicamente um adversário.

A idéia de reciclagem de excedentes de países desenvolvidos não deficitários para países desenvolvidos ou não deficitários – proposta de Kahn – não agradou aos acionistas do conglomerado. Querem todos os excedentes e ainda o direito de cobrar a conta.

A “vítima” é uma imigrante e a oportunidade é de ouro para regularizar situações pendentes e garantir um futuro tranqüilo a toda a família no território em volta dos castelos do conglomerado.

Já tem até porta-voz, um dos irmãos. Falou a jornalistas na linguagem cinematográfica das séries tipo LAW AND ORDER. O trauma sofrido pela irmã, as conseqüências dele a luta da família para sobreviver dentro da lei, trabalhar, o duro que deram desde que chegaram ao entorno do conglomerado, coisas do gênero.

A indignação francesa procede e talvez possa ajudar a França a acordar de um pesadelo. Países da Comunidade Européia são colônias – propriedades – do conglomerado. Imensas bases militares. Bélgica e Holanda, por exemplo, tidas como nações e independentes, abrigam e guardam armas nucleares de EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.

A chegada do comboio que levou o ex-diretor geral do FMI a audiência sobre seu “caso”, tinha até soldados da SWAT e de metralhadora. Presumo que tenham descoberto a identidade de Jack o Estripador.

Nem tudo no Brasil, no entanto, se resume a uma socialité da Barra da Tijuca que, naturalmente traumatizada por não ter sido convidada, por exemplo, para o almoço com Obama, se viu presa de forte compulsão e afanou os brincos.

Agentes da CIA e da MOSSAD, serviços secretos – boa parte da CIA privatizada – trabalham livremente em Foz do Iguaçu, Brasil, onde vigiam a colônia árabe – trabalhadores do comércio, da indústria, serviços –. Já chegaram a sugerir em tempos recentes, que bin Laden passou por lá.

O governo do Brasil sabe disso desde os tempos de FHC e fica por isso mesmo. Casa da mãe Joana. Como sabe que a colônia árabe na região trabalha, trabalha e o dinheiro enviado a seus países de origem se destina às suas famílias diante da brutal realidade imposta pelo conglomerado àqueles povos. É para o pão, o leite, o mínimo indispensável à sobrevivência.

Para o governo de Israel, entre um assassinato e outro de palestino, um estupro e outro de palestina, uma tortura e outra de palestinos, são “terroristas”. Para o governo brasileiro... Bem, está olhando para o lado fazendo de conta que não é com ele.

Por maiores que tenham sido os eventuais avanços sociais o Brasil vai tomando feições de entreposto dos grandes bancos, do complexo empresarial que controla o mundo (a indústria de armas brasileira é na verdade controlada por Israel), da praga do latifúndio e seu agronegócio.

Em pauta os leilões do petróleo, privatização de aeroportos, um código florestal – com ou sem os ajustes de Aldo Rebelo – que assegure às subsidiárias nacionais do terror a impunidade e os privilégios que dispõem.

Não adianta nem chorar, o aqüífero Guarani, onde os caras estão de olho, já está contaminado por agrotóxicos na delirante viagem capitalista do agronegócio. Abastece algumas cidades do País.

Nessas ordens e desordens, ou desordens e ordens, a GLOBO tem várias opções. Quando for hora de colocar o povo de castigo tasca Miriam Leitão, versão televisiva e radiofônica do monstro que rouba balas e pirulitos de crianças e assombra adultos ávidos de passeios em shoppings. O sanduíche da rede McDonald’s pode ficar mais caro diante da perspectiva de pique da inflação em agosto segundo especialistas do governo.

Haja vaga em consultórios de psiquiatras, psicanalistas e que tais. Síndrome de privação de catchup e mostarda nos sanduíches McDonald’s.

Se, por outro lado, for a hora de destacar o papel cultural da rede – principal braço midiático do terror internacional no Brasil – basta colocar Xuxa em entrevista à tevê argentina falando que dorme com travesseiro de “pênis de ganso”.

A oração vem em várias etapas durante o dia. As duas principais com os dois reverendos Willians. O Bonner e o Waack.

Que nem o padre que mandou os fiéis enfrentarem um eventual ataque de pitt bull com um olhar determinado e preces, que a fera daria meia volta. Em experiência própria, ao se deparar com cães em situação assim, baixou hospital para atendimento de emergência, cheio de mordidas.

Mas tudo cash.

In casu é resistência pura e simples. Ou se achar que vale a pena seguir a manada.

Tem a “vantagem” de poder optar entre o Gugu e o Faustão.

Ou assistir às entrevistas do técnico Muricy Ramalho falando em trabalho “sério” e em “lealdade”.

Estão tentando ressuscitar José Neves e Aécio Serra para assombrar incautos e platéia de um modo geral. Pretendem abolir qualquer limitação a vampiros e o bafômetro.

Havia possibilidade da esquerda armada tomar o poder em 64?


Não!

O perigo para a direita entreguista eram as medidas democráticas,nacionalistas populares que estavam para serem tomadas pelo getulista João Goulart . Entre elas podemos citar a nacionalização de várias multinacionais que atuavam em setores estratégicos (energia, etc.), controle sobre as criminosas remessas de divisas para o exterior, reforma agrária, reforma educacional, a priorização em investimentos em infra estrutura, reforma trabalhista a favor dos trabalhadores, etc..

A maior comprovação deste fato de que a esquerda armada não era nehum risco é você observar que de centenas de milhares de oposicionistas no pós golpe civil e militar apenas menos de mil pegaram o caminho da luta armada e só fizeram isto depois do golpe.

As poucas organizações da diminuta esquerda armada, sendo o Brasil um país continente, o que é um fator dificultoso para a ocupação territorial, estava pessimamente organizada, com raras excessões mal treinada, mal equipada, sem logística, etc.. Estes grupos surgiram de dissidências do PCB, que a muito havia aberto mão d aluta armada e estava alinhado a burguesia nacional democrática e popular (PTB, PSB, PSB) no governo João Goulart.

Na época do golpe o Partidão (PCB) tinha mais de 30.000 militantes e com postura social democrata havia escolhido o caminho das reformas estruturais de base como forma de desenvolver socialmente o Brasil.

As minoritárias dissidências armadas que romperam com o Partidão só surgiram por causa da forte repressão desencadeada após a instalação do regime de terror (prisões, torturas, assassinatos, fim das liberdades democráticas, etc.).

A maior parte das ações da esquerda armada ocorreram como medidas defensivas tomadas para poder proteger na clandestinidade os que estavam na lista da morte da ditadura, como para tentar libertar os que estavam presos e sendo torturados, sendo que muitos destes estavam sendo assassinados nos porões da ditadura.

O terrorismo praticado pela extrema direita na decadência da ditadura

Atentado do Rio Centro

Em agosto de 1980 a ex-secretária da OAB, D. Lyda Monteiro da Silva, foi assassinada pela explosão provocada por uma carta bomba em um atentado terrorista de extrema-direita contra o escritório do Conselho Federal da Ordem, onde ela trabalhava.

Várias outras bombas foram endereçadas a entidades civis e órgãos públicos do Rio. Na mesma tarde em que ocorreu o atentado contra a OAB, foi desativada uma carta bomba deixada no 8º andar do prédio da ABI.

José Paulo Sepúlveda Pertence, que na época do atentado era o presidente interino da OAB, em resposta ao governo ditatorial, que afirmou que "tudo seria apurado", ma nada apurou, disse:

"Nesta apuração, solene e pateticamente, se disse empenhada a honra do próprio Governo. E não há porque duvidar da sinceridade dos que o proclamaram. No entanto, mais que a honra das autoridades, e mesmo mais que a legitimidade do regime, é a eficácia do poder constituído que está posta em questão."

Os golpista tinham honra?

Não, pois ninguém foi punido!

Os atentados não pararam por ai, como as cartas com ameaças de bomba continuaram sendo recebidas pelas entidades e pessoas comprometidas com a democratização do Brasil!

Em abril de 1981 mais um atentado, e nele um militar terrorista morreu e outro foi encontrado ferido pela explosão antecipada de uma bomba que era destinada a um show de 1º de maio que ocorria no Pavilhão Rio Centro no Rio de Janeiro. O governo tentou na época culpar militantes da esquerda pela tentativa de atentado, mas ficou claro que as bombas haviam sido levada pelos dois militares. Por sorte, apenas os dois foram atingidos.

mais uma vez ninguém foi punido, mesmo com o governo quem eram estes terroristas e quem eram os seus mandantes, os membros do próprio comando do Exército.

Usinas nucleares de Angra são 'bombas-relógio'


O Programa Nuclear Brasileiro é muito caro, inseguro, seus projetos são ultrapassados e lhe transparência desde sua implantação, durante o regime militar. A conclusão é da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, após audiências públicas sobre o tema. Seu presidente, deputado Giovani Cherini (PDT-RS), que chama as usinas de ''bombas-relógio'', está chocado:

''Não há plano de evacuação seguro e a rota de fuga principal (estrada Rio-Santos) está em condições precárias'', diz. A estatal Eletronuclear proíbe o acesso de órgãos como o Ibama, Ministério Público e Câmara dos Deputados às usinas de Angra. O acesso à maior parte das instalações das usinas foi vetado a doze deputados da Comissão de Meio Ambiente, durante uma visita guiada. Os deputados federais ficaram intrigados, em Angra: viram só ''meia dúzia'' e não os alegados 2.700 funcionários pagos pelo contribuinte. Somente a usina nuclear de Angra 3, que deverá entrar em operação em 2016, custará US$ 10 bilhões aos contribuintes brasileiros. (CH)


Comentário:

Na época em que foram construídas em 1976, durante a ditadura militar, a tecnologia importada da Alemanha já era obsoleta.

A Usina Nuclear de Angra dos Reis foi construída após a assinatura do acordo para o fornecimento de 10 reatores nucleares.

Lupi, além de estar de estar de "namoro" com o Aécio, diz que Ciro tem portas abertas no PDT


Embora integre o primeiro escalão do governo Dilma Rousseff (PT), o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse segunda-feira em Belo Horizonte que é preciso discutir uma "opção para o Brasil", que passa pela ampliação da aliança oposicionista formada por PSDB, DEM e PPS. Após almoço com empresários da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Lupi não se furtou a elogiar o ex-governador e senador Aécio Neves (PSDB), destacando que se trata de um nome que o PDT vai sempre "olhar com muito carinho" para a sucessão presidencial em 2014... (leia mais) Lupi também colocou o PDT à disposição do ex-ministro Ciro Gomes, que estaria em posição desconfortável no PSB diante da ascensão do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Lupi lembrou que o PDT já apoiou a candidatura de Ciro à Presidência, em 2002, e faz parte da base de apoio do governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), irmão de Ciro. "Questão de filiação partidária é muito pessoal. (Mas) Se ele decidir vir para o PDT será muito bem recebido", disse.

Empreiteira com negócios públicos contratou Palocci


O grupo WTorre, que fechou negócios com fundos de pensão de estatais e com a Petrobras, foi um dos clientes da empresa de consultoria do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci.

A empreiteira também fez doações de campanha a Palocci (R$ 119 mil), em 2006, e a Dilma Rousseff (R$ 2 milhões), no ano passado.

A WTorre fechou negócios com os fundos e com a Petrobras entre 2006 e 2010, quando o hoje ministro da Casa Civil era deputado federal pelo PT (2007-2010) e sua empresa, a Projeto, estava ativa como consultoria.

Esses negócios são avaliados em R$ 1,3 bilhão -com Petrobras e os fundos de pensão Funcef (Caixa) e Previ (Banco do Brasil).

O grupo WTorre diz manter ativos de R$ 4 bilhões em 200 projetos.
Em nota, a WTorre informou que "confirma ter contratado a Projeto para prestar consultoria num assunto corporativo, a respeito do qual a empresa se reserva o direito de não comentar". A construtora, que pertencente a Walter Torre Júnior, não revela quanto pagou.
Também em nota, a assessoria da Projeto disse que seus contratos têm "cláusula de confidencialidade que não lhe permitem revelar os nomes dos seus clientes". [afinal se revelar o nome do cliente está revelando que o tipo de consultoria prestada fica melhor classificado como 'tráfico de influência', pois se sabendo o nome do cliente se identifica imediatamente quantos milhões o mesmo recebeu do governo em consequencia da 'consultoria'.]

PETROBRAS
Em fevereiro de 2010, a empresa vendeu o complexo WTorre Nações Unidas, numa das regiões mais caras de São Paulo, à Previ.
Pouco antes, em 17 de dezembro de 2009, uma das controladas da WTorre celebrou acordo para alugar parte do Centro Empresarial Senado, no Rio, ainda em projeto, à Petrobras, um negócio de R$ 650 milhões. O complexo abrigará escritórios da petroleira.

A empresa também comunicou em seu balanço de 2009 que tentava renegociar uma dívida de curto prazo, de R$ 250 milhões, com o Banco do Nordeste. A empresa e o banco não dizem se a renegociação foi concluída.

Em outro negócio, a companhia repassou ao Funcef e à Engevix Engenharia R$ 410 milhões em ações do estaleiro Rio Grande (RS).

A WTorre também é responsável pela obra do estádio do Palmeiras e figura na composição da controladora da concessionária que administra o trecho paulista da rodovia BR-153. No segundo caso, ela pediu à Agência Nacional de Transportes Terrestres sua saída.

ELEIÇÕES
A maior parte das doações a campanhas eleitorais feitas pela empresa beneficiou candidatos petistas. Os valores foram crescentes a partir de 2006.

Em 2010, além da doação de R$ 2 milhões à campanha de Dilma Rousseff, da qual Palocci era coordenador, também houve aporte para o tucano José Serra (R$ 300 mil), adversário na disputa. (Folha de S. Paulo)

IMPERIALISMO: Livro "Confissões de um assassino econômico"


A Editora Cultrix acaba de prestar um inestimável serviço de utilidade pública aos brasileiros, com a publicação de Confissões de um assassino econômico. Lançado nos EUA, no final de 2004, o livro de John Perkins se transformou rapidamente em um best-seller entre o crescente número de interessados em conhecer a verdadeira face do mundo dos grandes negócios globais, sua estreita interação com as políticas das grandes potências e a sua responsabilidade pela deterioração do cenário político-estratégico, socioeconômico e cultural do planeta nas últimas décadas. Nele, o autor descreve a sua própria trajetória como um "assassino econômico" a serviço desse sistema hegemônico, (em inglês, economic hit-man), denominação que tais profissionais se atribuíam a si próprios. Em suas próprias palavras:

"´Assassinos econômicos´ (AEs) são profissionais altamente remunerados cujo trabalho é lesar países ao redor do mundo em golpes que se contam aos trilhões de dólares. Manipulando recursos financeiros do Banco Mundial, da Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID), além de outras organizações americanas de ´ajuda´ ao exterior, eles os canalizam para os cofres de enormes corporações e para os bolsos de algumas famílias abastadas que controlam os recursos naturais do planeta. Entre os seus instrumentos de trabalho incluem-se relatórios financeiros adulterados, pleitos eleitorais fraudulentos, extorsão, sexo e assassinato. Eles praticam o velho jogo do imperialismo, mas um tipo de jogo que assumiu novas e aterradoras dimensões durante este tempo de globalização. Eu sei do que estou falando; eu fui um AE."

Nascido em 1945, Perkins graduou-se em Administração de Empresas pela Universidade de Boston em 1968, quando foi recrutado pela Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA para o papel de AE. Após um período de dois anos no Equador, junto aos Corpos da Paz (Peace Corps) estadunidenses, foi "convidado" a ingressar na empresa de consultoria internacional Chas T. MAIN, onde seu trabalho era convencer governos de países do Terceiro Mundo a contrair grandes empréstimos para projetos de infra-estrutura que eram contratados a corporações estadunidenses, como a Bechtel, Halliburton, Brown & Root e outras. Invariavelmente, tais empréstimos estavam além da capacidade de pagamento dos países que os contraíam, que acabavam dependentes de seus credores e se tornavam "alvos fáceis quando precisássemos de favores, incluindo bases militares, votos na ONU ou acesso a petróleo e outros recursos naturais".

Na MAIN, Perkins escalou rapidamente a hierarquia de poder na empresa com a eficiência do seu trabaho em vários países, inclusive na Indonésia, Irã, Arábia Saudita, Panamá e Equador. Nos dois últimos, entretanto, seus contatos diretos com os presidentes Omar Torrijos e Jaime Roldós, que entendiam perfeitamente o esquema de dominação econômico-política e não receavam enfrentar o que Perkins chama a "corporatocracia", aprofundaram nele uma inquietação sobre as conseqüências de seu trabalho. As mortes de Torrijos e Roldós, ocorridas com uma diferença de dois meses em 1982, são atribuídas por ele à ação dos "chacais" da CIA, que entravam em ação se os AEs falhavam em suas missões.

Em 1982, já fora da MAIN, fundou a IPS, empresa dedicada à geração de energia com preocupações ambientais. Começa, então, a pensar em escrever um livro sobre suas experiências e constata que uma série de "empurrões" recebidos pela IPS eram, na verdade, uma espécie de suborno para não levar adiante seu projeto literário. O mesmo tipo de subornos e ameaças veladas o acompanharia em sua atividade de consultor independente, retomada após a venda da IPS, em 1990.

Segundo Perkins, o acontecimento que o levou finalmente a colocar no papel as suas Confissões foram os ataques de 11 de setembro de 2001, em Nova York e Washington, os quais, embora não afirme, deixa implícito que foram resultado de ações semelhantes às que conheceu em sua trajetória como AE.

Em uma passagem particularmente interessante, Perkins descreve a atuação dos AEs a partir da onda de desregulamentação financeira que se seguiu à demolição do sistema de Bretton Woods, na década de 1970: "O conceito dos AEs se expandira para incluir todo o comportamento dos executivos em uma variedade de negócios. Eles podiam não ter sido recrutados ou perfilados pela ASN, mas desempenhavam funções semelhantes... Durante a década de 1980, homens e mulheres jovens subiam na hierarquia da média administração acreditando que quaisquer meios justificavam os fins: um resultado melhor. O império mundial era simplesmente um caminho para lucros cada vez maiores."

Aos que tentam desqualificar relatos como o seu como "teoria conspiratória", Perkins retruca e reitera que a responsabilidade de mudar tal estado de coisas é coletiva: "Seria ótimo se pudéssemos simplesmente pôr toda a culpa em uma conspiração, mas não podemos. O império depende da eficácia de grandes bancos, corporações e governos - a corporatocracia -, mas isso não é uma conspiração. Essa corporatocracia somos nós mesmos - ela existe por nossa causa -, e é por isso, é claro, que a maioria de nós acha difícil tomar uma posição e se opor. Preferimos vislumbrar conspiradores tramando nas sombras, porque a maioria de nós trabalha para um desses bancos, corporações ou governos, ou de alguma maneira dependemos deles para bens e serviços que eles produzem e colocam no mercado. Não podemos morder a mão que nos alimenta."

Nos países ibero-americanos, Brasil inclusive, podemos facilmente imaginar quantos jovens brilhantes foram recrutados para desempenhar funções semelhantes às dos AEs em seus próprios países, especialmente em ministérios e bancos centrais. Por isso, a leitura do livro de Perkins é de grande relevância para quem quiser entender o funcionamento do mundo real que se encontra além e aquém dos discursos edulcorados dos titulares do poder. Sem se esquecer de que, como insiste o próprio Perkins, o conhecimento implica na responsabilidade da ação para a mudança.

Paraná na rota de 5 indústrias internacionais

A indústria de embalagens chilena BO Packaging está estudando a construção de uma unidade em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. A informação é da prefeitura da cidade. Com duas unidades em Santiago, a empresa fabrica embalagens flexíveis, termoformadas, injetadas, sopradas (garrafas PET) e copos de papelão, tendo entre seus principais clientes nomes como o McDonald’s e a Nestlé.

Nem a administração municipal nem a Secretaria de Es­­tado da Fazenda confirmam a vinda como fechada, mas as negociações estariam em caráter avançado e a empresa já estaria estudando as vantagens do programa Paraná Com­petitivo. A fábrica brasileira deve ser instalada até o ano que vem e priorizar a fabricação de copos, para os mercados interno e externo.

Ponta Grossa seria uma boa opção pela proximidade com o Porto de Paranaguá, pelo acessos às rodovias e pela vizinha fabricante de papelão Klabin, em Telêmaco Borba. Fora os incentivos fiscais em descontos e prazos de pagamento do ICMS estadual, a empresa também teria recebido da prefeitura de Ponta Grossa a oferta de uma área para a instalação da unidade. As primeiras visitas da empresa chilena aos Campos Gerais teriam ocorrido ainda no mês de março. A BO Packging lucrou US$ 380 milhões (R$ 614 milhões) em 2009.

RMC

Além da fabricante japonesa de pneus Sumitomo, Fazenda Rio Grande , na região metropolitana de Curitiba, deve ser palco de mais uma aposta do setor automobilístico. Após uma fusão de US$ 15 milhões (R$ 24 milhões) da KYB Corporation, do Japão, com a Mando Corporation, da Coreia do Sul, em abril, a KYB do Brasil Fabricante de Autopeças Ltda, fundada em 2000 e instalada no parque industrial de Fazen­da Rio Grande, será ampliada e passará a se chamar KYB-Man­do do Brasil Fabricante de Auto­peças S/A. As duas empresas são líderes asiáticas no mercado de amortecedores.

Segundo as informações do gerente administrativo da empresa, Herlon Watanabe, passadas à prefeitura de Fazenda Rio Grande, a KYB-Mando passará a fornecer peças para a GM e a Hyundai, além da Toyota, Honda, PSA, Fiat, Nissan e Renault, que já são suas clientes. Até o fim do ano que vem, 70 novas vagas devem ser abertas para mais que dobrar a produção anual de 1,2 milhão de amortecedores para 2,5 milhões.

Mais asiáticas

As japonesas Hamaya Corporation, de reciclagem de materiais, e Microsonic, de equipamentos de ultrasom, além da taiwanesa JSW Wire, também estão chegando, segundo os últimos informes da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, que também intermediou a vinda da Sumitomo ao estado. A Hamaya confirmou sua vinda no início do mês e pretende iniciar suas operações em agosto deste ano, sob o nome de Hamaya do Brasil, ainda sem município da RMC definido.

Já a JSW Wire e a Microso­nic estão contando com a consultoria da empresa japonesa FMO Co. Ltd, que está prospectando parceiros comerciais e também pesquisando as condições de mão de obra para as duas empresas. A intenção é que elas comecem a funcionar até o ano que vem, também na Grande Curitiba. (GP)

Irregularidades na saúde em municípios do PR abrem


Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) em sete municípios do Paraná encontrou irregularidades no uso da verba de emendas parlamentares federais destinadas à compra de remédios em quatro prefeituras. De acordo com o ministro do TCU Ubiratan Aguiar, relator do processo, a gravidade dos fatos apurados e a recorrência dos problemas (encontrados em mais da metade da cidades averiguadas) sinaliza a possibilidade de haver um novo esquema de corrupção e desvio de verbas públicas na área da saúde em todo o país. Em razão disso, o TCU ordenou que uma investigação com as mesmas características seja iniciada em todos os estados.

O relatório do TCU – que apontou indícios de desvio de recursos, licitação simulada e má gestão de verba pública – revela o terceiro caso de irregularidades no setor de saúde do Paraná em menos de um mês. Na última segunda-feira, a Polícia Federal deflagrou a Operação Saúde, também com o objetivo de coibir fraudes no desvio de verbas públicas destinadas a compras de medicamentos. Há duas semanas, 20 pessoas foram presas em Londrina acusadas de envolvimento com um esquema de desvio de recursos da prefeitura e corrupção de agentes públicos por meio do pagamento de serviços na área da saúde com notas fiscais frias emitidas por Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) – leia mais sobre o caso londrinense na próxima página.

7 de 73

O relatório da auditoria feita pelo TCU no Paraná foi publicado ontem. A inspeção, promovida pela Secretaria de Controle Externo no Paraná do TCU (Secex-PR), escolheu 7 dos 73 municípios do estado que foram beneficiados por emendas parlamentares para a compra de medicamentos, por meio de convênios com o Ministério da Saú­­de. As 7 prefeituras auditadas foram as de Prudentópolis, Ubi­­­ratã, Engenheiro Beltrão, Nova Laranjeiras, Nova Prata do Igua­­çu, Imbituva e Vitorino

Os 73 municípios, juntos, receberam cerca de R$ 11,1 milhões, transferidos do governo federal, para a compra de remédios por meio de emendas. O valor por prefeitura variou de R$100 mil a R$ 400 mil. De acordo com o relatório da Secex-PR, a escolha das cidades que passaram pela auditoria foram aquelas que recebiam a maior quantia de recursos para compra de remédios.

O auditor da Secex, Luiz Gus­­tavo Andrioli, explica que a investigação nasceu da análise dos números dos municípios cujos gastos com compra de medicamento por habitantes, depois da assinatura dos convênios, excederam exageradamente o valor anual de R$ 8,82 per capita que o Sistema Único de Saúde (SUS) repassa aos municípios por meio do programa de Assistência Farmacêutica. Esse valor é definido com base em um histórico de necessidade de medicamentos, avaliação feita pelo Mi­­nistério da Saúde com dados do último senso promovido pelo IBGE.

Em Prudentópolis, Ubiratã e Engenheiro Beltrão não foi encontrado nenhuma irregularidade nas compras de remédos. Nos quatro demais municípios – Nova Laranjeiras, Nova Prata do Iguaçu, Imbituva e Vitorino –, a Secex-PR identificou pelo menos cinco tipos de desvio de recursos e má gestão das verbas federais

Simulação de competição

Na esfera da má administração, o TCU encontrou a aprovação de convênios com previsão de compra de medicamentos em quantidade incompatível com a necessidade histórica do município. Mas o principal problema identificado nos quatro municípios foram irregularidades nas licitações de compra de medicamentos.

Nas quatro prefeituras, o TCU encontrou fortes indícios de simulação de competição no processo licitatório. O proprietário da empresa Sobieski & Sobieski – participante de licitações promovidas em Vitorino, Nova La­­ranjeiras e Nova Prata do Iguaçu – também foi o representante das outras duas empresas que concorreram nessas cidades: Medix Produtos Hos­pitalares e Odontológicos e da GTC Dis­­tribuidora de Medicamentos, ambas do grupo Miotto. Em Im­­bituva, apenas duas empresas do grupo Miotto participaram do pregão licitatório – a lei manda que haja no mínimo três concorrentes.

Além disso, o relatório demonstra que em Nova Prata do Iguaçu, Nova Laranjeiras e Imbituva teria ocorrido desvio de recurso me­­diante o pagamento dos fornecedores sem que os remédios te­­nham sido entregues. Em Vitorino, a Secex identificou pagamento total dos medicamentos a serem adquiridos com os recursos do convênio, embora apenas 17,5% tenham sido entregues pelas empresas.

A auditoria também identificou que as empresas fornecedoras emitiram notas fiscais em desacordo com a regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que exige a identificação do número do lote adquirido e o prazo de validade dos medicamentos.

A partir do relatório, quatro processos foram abertos para que cada prefeitura suspeita de irregularidades apresente prestação de contas e devolvam o dinheiro pago irregularmente, além de outras providências indicadas pelo TCU. O tribunal também encaminhou cópia dos autos para a Procuradoria da República no Paraná e para a Polícia Federal.

Parlamentares

O auditor da Secex-PR, Luiz Gustavo Andrioli, disse ontem que ainda não é possível relacionar os parlamentares que indicaram as emendas a nenhuma das irregularidades apontadas. (GP)

Em consultoria, Palocci atendeu ao menos 20 empresas


No centro da primeira turbulência política do governo, o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, decidiu enviar um esclarecimento espontâneo à Procuradoria-Geral da República (PGR) para justificar as atividades econômicas da sua empresa, a Projeto Consultoria Financeira e Econômica Ltda., e o alto volume de recursos que recebeu no fim de 2010, após a eleição de Dilma Rousseff à Presidência da República. O ministro foi o principal coordenador da campanha da petista.
No documento, que deve ser enviado hoje à PGR, Palocci informa que trabalhou para pelo menos 20 empresas, incluindo bancos, montadoras e indústrias, e que boa parte dos pagamentos foi concentrada entre novembro e dezembro do ano passado quando anunciou aos clientes que não mais atuaria no ramo de consultoria. Na ocasião, segundo a justificativa do ministro, pelo menos 70% dos serviços de consultoria e análises de mercado já estavam concluídos, o que explicaria o pagamento nesse período.
O faturamento milionário no fim do ano serviu para ajudar a comprar o apartamento de R$ 6,6 milhões num bairro nobre de São Paulo, cuja aquisição foi concluída em novembro. Somente uma dessas empresas que contratou a Projeto, segundo fonte próxima ao ministro, fatura cerca de R$ 350 milhões por mês. Palocci se nega a divulgar o nome de seus antigos clientes, sob a alegação de que respeita cláusulas de confidencialidade e também mantém sob sigilo o valor faturado.
Palocci alterou o objeto social da empresa do ramo de consultoria para o de administração imobiliária em 29 de dezembro de 2010, dias antes da posse de Dilma Rousseff. A turbulência política vivida pelo ministro nos últimos dias se deve a questionamentos sobre o aumento significativo de seu patrimônio. (O Estado de S. Paulo)

China quer ter o novo diretor-gerente do FMI


Várias vozes defenderam nesta sexta-feira na China que o sucessor de Dominique Strauss-Kahn no Fundo Monetário Internacional (FMI) seja chinês, com o objetivo de refletir melhor a evolução da economia mundial.
"Chegou o momento de dar fim ao domínio ocidental do FMI", afirma o comentarista Shan Renping em um artigo pelo jornal oficial Global Times.
"A China tem um grande número de pessoas competentes, capazes de desempenhar a função até agora ocupada por Strauss-Kahn", afirmou.
Ele citou como possível diretor Zhu Min, ex-vice-presidente do Banco Popular da China, que se tornou conselheiro especial do diretor-gerente do FMI.
A corrida pela sucessão começou na quinta-feira, após a renúncia de Strauss-Kahn, indiciado formalmente por tentativa de estupro e agressão sexual contra uma funcionário de um hotel de Nova York.
O Diário do Povo, órgão de comunicação do Partido Comunista, também defendeu um chinês como chefe do FMI.
Pequim anunciou oficialmente que os países emergentes devem estar melhor representados no comando do Fundo, mas não apresentou a candidatura de um chinês ao posto de diretor-gerente.
Após a reforma do FMI, a China se tornará o terceiro país com maior peso na instituição, atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão.(AFP)

Começa em SP julgamento de skinhead acusado de obrigar dupla a pular de trem em 2003


Sete anos e cinco meses depois do crime, começa a ser julgado nesta sexta-feira Juliano Aparecido de Freitas, de 26 anos, um dos três skinheads acusados pela morte de Cleiton da Silva Leite, de 20 anos, e pela tentativa de homicídio de Flávio Augusto do Nascimento Cordeiro, que teve um braço amputado. O crime ocorreu em dezembro de 2003, em Mogi das Cruzes. Os dois rapazes foram obrigados a pular de um trem em movimento perto da estação Brás Cubas. "Ou pula ou morre", ameaçaram.
Câmeras da estação gravaram a queda das duas vítimas e imagens dos acusados. Os skinheads foram filmados quando desembarcaram tranqüilamente na estação Mogi. Eles usavam coturno, vestiam jaquetas verdes e eram carecas.

Antes de pular, os jovens foram ameaçados com machadinha e bastões unidos por correntes. Eles caíram no espaço entre a composição e a plataforma. O trem passou sobre o braço de Flávio. Cleiton foi atingido na cabeça. Os dois amigos haviam ido jogar boliche com as namoradas.

As imagens gravadas pelas câmeras da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) ajudaram a identificar os autores do crime.

Os outros dois acusados - Vinícius Parizatto e Danilo Gimenez Ramos - seguem em liberdade e também serão julgados por júri popular, em data a ser marcada. Os três são acusados de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e tentativa de homicídio

EXPOSIÇÃO DO BOTERO NO MON: DORES DA COLÔMBIA


Ao contrário do sentido satírico encontrado na maioria de suas obras, nesta série o que se destaca é a força pictórica de Fernando Botero (Medellín, 1932) para descrever a violência sofrida pelo povo na Colômbia. Ele queria chamar a atenção do mundo e fez isso com seu próprio “testemunho da irracional história colombiana”.

Os abusos sofridos pelo povo como consequência da ação de grupos guerrilheiros, políticos e paramilitares resultou no exílio de 1,5 milhão de colombianos nas últimas décadas. Embora retrate uma situação trágica de um período bem determinado, Botero criou as composições com pinceladas de cores vibrantes.

“Dores da Colômbia” dialoga com uma corrente artística que vincula a arte à política. Dentro desse contexto, encontramos outros artistas representativos que imprimiram discurso e fatos históricos em suas telas. Francisco Goya com “Desastres da Guerra” e Pablo Picasso com “Guernica” recriam, a sua maneira, atos cometidos durante períodos de turbulência vividos em seus países.

Em mais um gesto de solidariedade ao seu povo, Botero fez a doação da coleção ao Museu Nacional da Colômbia e declarou: “Não vou fazer negócio com a dor do meu país”. A mostra reúne 67 obras, incluindo seis aquarelas, 36 desenhos e 25 pinturas, produzidos entre 1999 e 2004. “Longe de pensar em benefícios econômicos, o artista quer que as obras pertençam à nação e sejam um convite à reflexão sobre as trágicas circunstâncias que temos enfrentado nas últimas décadas”, explica a diretora do museu colombiano, Maria Victoria Robayo.

A exposição tem curadoria do próprio Museu Nacional da Colômbia, localizado em Bogotá. O conjunto de obras faz parte do programa de exposições itinerantes que tem como um de seus objetivos fazer um apelo à consciência para evitar que os horrores da guerra se repitam, assim como desejava Botero.
Pela segunda vez no Brasil, a série foi exibida inicialmente em Brasília. Depois de ser apresentada em Curitiba, segue para o Rio de Janeiro e Salvador. Em 2007, a mostra foi exibida no Memorial da América Latina, em São Paulo.

O artista – Pintor e escultor, Botero é um dos artistas mais prestigiados da América Latina e tem peças expostas nos mais importantes museus internacionais. Entre as suas obras mais conhecidas estão as releituras bem-humoradas e satíricas de “O Casal Arnolfini”, de Jan van Eyck, e “Mona Lisa”, de Leonardo da Vinci. Em ambas, figuras humanas e animais são pintados de forma arredondada e estática. Esse padrão estético é a marca registrada do artista que por meio de sua arte, tornou-se o embaixador cultural da Colômbia pelo mundo. Botero é um dos artistas renomados latino-americanos ainda vivo e atualmente mora na França.

OBRAS EXPOSTAS:


















Depoimento da professora Amanda Gurgel

 
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