terça-feira, 15 de março de 2011

Comunidade japonesa do Paraná lança campanha SOS Japão


A Aliança Cultural Brasil-Japão do Paraná, com sede em Londrina, lançou nesta terça-feira (15) a campanha SOS Japão, com o objetivo de arrecadar fundos para ajudar as vítimas do terremoto e tsunami que abalaram o Japão na última sexta-feira (11). As primeiras doações em dinheiro já começaram a ser depositadas. O montante arrecadado vai ser enviado à Cruz Vermelha do Japão.

O diretor administrativo da Aliança Cultural Brasil-Japão do Paraná, Paulo Takushi Maeda, explicou que as doações podem ser depositadas em uma conta corrente, aberta no nome da própria Aliança. Segundo ele, além da comunidade japonesa que vive no estado, pode ajudar qualquer brasileiro que se sensibilize com a tragédia. Poucos dias depois do terremoto, água e alimentos já começam a faltar nos supermercados das cidades mais atingidas.

A partir das 10h do próximo sábado (19), será realizado um culto ecumênico na Praça Tomi Nakagawa em Londrina para orar pelas vítimas dos desastres naturais. A comunidade japonesa está solicitando às igrejas da cidade que realizem uma celebração no mesmo horário.

Paulo Maeda disse que ainda não foi definida uma data para enviar o dinheiro arrecadado pela campanha SOS Japão. Ele pediu para que as pessoas que doarem se identifiquem na Aliança Cultural. “Queremos agradecer a todos depois”, justificou.

Todas as entidades filiadas à Aliança no Paraná participam da campanha. Maeda informou que o montante arrecadado será concentrado em Londrina, e daqui, enviado ao Japão.

Serviço: Mais informações pelo telefone da Aliança Cultural Brasil-Japão do Paraná (43) 3324-6418. As doações podem ser feitas a partir desta terça no Banco Santander, agência 4573 e conta corrente 130000641.

Kadafi acusa Ocidente de buscar petróleo e diz que 'esmagará inimigos'

Muamar Kadafi, disse nesta terça-feira, 15, que está "determinado a esmagar o inimigo". Em discurso transmitido pela televisão estatal do país, o coronel acusou as nações Ocidentais de buscar o petróleo líbio e prometeu defender seu país "do complô estrangeiro".

"Se isto for um complô estrangeiro, nós o esmagaremos. Se for um complô interno, nós também o esmagaremos", disse o coronel.

"Os colonialistas serão derrotados, a França será derrotada, a América será derrotada, o Reino Unido será derrotado", prometeu Kadafi. "O povo líbio triunfará, a liberdade triunfará", prosseguiu. "Todo o povo líbio está preparado para proteger nosso petróleo", disse o ditador, que está há 41 anos no poder. "Estamos determinados a preservar a unidade da Líbia, mesmo que isto custe nossas vidas", concluiu

Em Benghazi, segunda maior cidade do país e principal reduto dos rebeldes que querem derrubar o ditador, o discurso de Kadafi foi assistido em praça pública. O insurgentes, a quem o coronel chamou de "ratos" no discurso, atiraram pedras contra a projeção.

Kadafi passou à ofensiva há pouco mais de uma semana. Dez dias atrás, as suas tropas perdiam território diariamente para os insurgentes, que se aproximaram da capital Trípoli e ameaçavam derrubá-lo. Os militares do coronel, porém, melhor armados e treinados, conseguiram reverter a vantagem e estão a ponto de suprimir a rebelião iniciada há um mês.

Emprego ruim é tão negativo quanto o desemprego

Um estudo australiano mostrou que ter um emprego ruim, que paga mal e tem pouco suporte, é tão negativo quanto ser desempregado. Os resultados foram obtidos a partir de uma pesquisa anual feita no país.

Foram considerados os dados de pessoas de várias idades e a conclusão foi de que um bom emprego está associado a uma boa condição física e mental. Por isso, além de avaliar a diferença entre aqueles com empregos e os desempregados, os pesquisadores foram mais longe e observaram o quanto a qualidade do trabalho pode influenciar na qualidade de vida destas pessoas.

Aqueles quem tinham emprego, mas não se sentiam satisfeitos com ele demonstraram um declínio na saúde mental com o passar do tempo.

Para se ter uma ideia deste impacto, conseguir um emprego após um período parado melhora a saúde mental em 3 pontos, de acordo com uma escala desenvolvida na pesquisa. Já conseguir uma vaga considerada ruim se mostrou mais danoso do que permanecer desempregado, fazendo com que a houvesse uma perda de mais de 5 pontos na mesma escala.

Além dos benefícios próprios de alguém com um emprego, como o salário, trabalhar ajuda no convívio com outras pessoas ao conferir ao trabalhador um papel na sociedade. A construção de amizades e o aproveitamento do tempo com o trabalho também são considerados como benefícios que ajudam a manter uma boa saúde mental. (AE)


Desemprego nos EUA vai permanecer alto por vários anos, diz Fed

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Ben Bernanke, disse nesta quarta-feira que deve levar “vários anos” até que a taxa de desemprego nos Estados Unidos, atualmente em 9%, volte a um nível “normal”.

Em depoimento à Comissão de Orçamento da Câmara dos Representantes (deputados federais), Bernanke disse que até que haja um período sustentado com forte geração de empregos, não se pode considerar que a recuperação econômica americana esteja consolidada.

“Declínios notáveis na taxa de desemprego em dezembro e janeiro, ao lado de uma melhora em indicadores de abertura de vagas e planos de contratação, fornecem base para otimismo no campo do emprego”, disse Bernanke.

“Apesar disso, com a previsão de crescimento moderado por algum tempo e com os empregadores ainda relutantes em abrir novas vagas, deve levar vários anos até que a taxa de desemprego volte a um nível mais normal”, afirmou.

Segundo Bernanke, caso o ritmo de crescimento da economia americana se mantenha no patamar atual, deve levar em torno de dez anos até que se volte a uma taxa de desemprego de entre 5% e 6%.

No último trimestre de 2010 a economia americana registrou crescimento de 0,78% (o equivalente a uma taxa anualizada de 3,2%), resultado considerado insuficiente para reduzir de maneira significativa a taxa de desemprego.

O desemprego é um dos principais problemas enfrentados pelo governo do presidente Barack Obama. Desde o início da recessão nos Estados Unidos, em dezembro de 2007, mais de 8 milhões de empregos foram perdidos.

Deficit

Em seu primeiro depoimento diante de uma Câmara dos Representantes agora controlada pelo Partido Republicano, o presidente do Fed disse que o deficit no orçamento americano é “insustentável” e que os desafios de longo prazo para reduzir esse rombo são “assustadores”.

No mês passado, o Departamento de Orçamento do Congresso divulgou um relatório em que estima que o deficit no orçamento dos Estados Unidos vai chegar ao valor recorde de US$ 1,48 trilhão (cerca de R$ 2,45 trilhões) neste ano.

O valor é o mais alto em dólares desde o fim da Segunda Guerra Mundial e representa 9,8% do PIB (Produto Interno Bruto) americano. (BBC)

Boom econômico atrai americanos em busca de 'sonho brasileiro'

Em um momento em que a economia dos Estados Unidos ainda luta para voltar a crescer e que a taxa de desemprego é de quase 9% no país, mais cidadãos americanos têm enxergado oportunidades profissionais no Brasil.

Segundo o Ministério do Trabalho, 7.550 americanos obtiveram vistos de trabalho no Brasil em 2010, contra 5.590 permissões concedidas a cidadãos dos EUA no ano anterior.

O número é mais do dobro do total de vistos profissionais dados a americanos em 2006. E os Estados Unidos seguem sendo o país que mais envia trabalhadores legalizados para o Brasil.

"As oportunidades estão acontecendo aqui no Brasil, especialmente para pessoas de outras culturas", opina a americana Marcela Lizarraga, que veio com o marido, o executivo José Lizarraga, para São Paulo, há um ano, para trabalhar no setor hoteleiro.

Dificuldades

Mas, em meio às oportunidades, os profissionais estrangeiros também encontram empecilhos no Brasil.

Fernando Mantovani, diretor de operações da empresa de recrutamento Robert Half, diz que, à exceção dos mercados financeiro e de petróleo e gás, ainda existem restrições à contratação de americanos pela dificuldade deles com o idioma e a cultura de trabalho.

"Ainda vai demorar para nos acostumarmos com esse fluxo (migratório) inverso", afirma Mantovani.

"Eles se surpreendem que poucos falam inglês aqui", conta Marilena Britto, da empresa de auxílio a expatriados Settling-In. Outras dificuldades, segundo ela, são a burocracia para a obtenção de documentos, o alto custo de vida nos grandes centros brasileiros e as preocupações com segurança pessoal.

"Por outro lado, eles gostam do estilo de vida, da oferta cultural e da qualidade dos serviços médicos", ressalta Britto. "Muitos ficam por pouco tempo, mas demonstram vontade de voltar ao Brasil."

Para Sarfatti, da Russell Reynolds, "o estímulo aos americanos são as oportunidades imediatas, algo de curto prazo, para se realizar profissionalmente. Mas acho que está se abrindo um canal (de intercâmbio profissional) que pode virar duradouro." (BBC)

Israel aprova novas construções na Cisjordânia

O governo de Israel aprovou a construção de centenas de casas para colonos na área ocupada da Cisjordânia.

De acordo com as autoridades do país a decisão foi tomada por um comitê ministerial no sábado.

O governo israelense informou que as construções serão feitas em assentamentos que Israel espera manter sob seu controle em possíveis acordos de paz com os palestinos.

As autoridades palestinas já condenaram a medida.

"A decisão é errada e inaceitável e vai apenas criar problemas", afirmou Nabil Abu Rdainah, porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, declarou que não está disposto a voltar à mesa de negociações se Israel não congelar a construção de assentamentos na Cisjordânia.

Cerca de meio milhão de judeus moram em mais de cem assentamentos construídos por israelenses desde a ocupação de Israel à Cisjordânia e Faixa do leste de Jerusalém em 1967. Estes assentamentos são considerados ilegais segundo as leis internacionais, contestadas por Israel.

Milhares de palestinos pedem união entre Fatah e Hamas


Milhares de palestinos saíram nesta terça-feira às praças das principais cidades da Faixa de Gaza e da Cisjordânia levantando cartazes pedindo a união dos dois principais grupos palestinos, o Fatah e o Hamas.

A maior manifestação, da qual, de acordo com a mídia palestina, participaram cerca de 300 mil pessoas, ocorreu na praça principal da cidade de Gaza.

Simultaneamente, milhares de pessoas se manifestaram na praça principal de Ramallah, na Cisjordânia.

Em ambas as manifestações não foram levantadas bandeiras dos partidos rivais, Fatah e Hamas, mas só a bandeira palestina e cartazes pedindo a união e a reconciliação.

Facebook

As manifestações foram resultado de um movimento iniciado por jovens palestinos por intermédio do site Facebook, seguindo o exemplo de jovens egípcios, que também utilizaram a rede social para organizar protestos contra o regime do ex-presidente Hosni Mubarak, que renunciou no mês passado.

Os jovens, que criaram há algumas semanas uma página no Facebook pedindo a união entre o Fatah e o Hamas, estabeleceram a data para manifestações simultâneas na Faixa de Gaza e na Cisjordânia para esta terça-feira.

O grande número de participantes, segundo a imprensa palestina, foi acima do esperado.

Pouco antes das manifestações, o líder do Hamas na Faixa de Gaza, Ismail Haniyeh, declarou que convida o presidente Mahmoud Abbas "para um encontro imediato, com o objetivo de colocar um fim ao confronto (entre os grupos)".

Falando sobre o movimento em discurso em Ramallah, o presidente palestino Mahmoud Abbas afirmou que "o povo realizou hoje grandes manifestações pedindo o fim da ruptura interna, e estamos com ele".

A cisão entre os dois partidos e entre as duas unidades geográficas governadas por eles é vista como um fator que torna ainda mais difícil a solução do conflito entre Israel e os palestinos.

Unhas dos pés podem revelar risco de câncer no pulmão, diz estudo

Cientistas americanos afirmam que a análise das unhas dos pés de uma pessoa pode indicar o risco de desenvolvimento futuro de câncer no pulmão.

Os especialistas da Universidade de San Diego, na Califórnia, descobriram que é possível analisar os níveis de nicotina em pedaços de unhas cortadas.

A pesquisa, publicada na revista especializada American Journal of Epidemiology, afirma que unhas dos pés que crescem lentamente podem funcionar como um medidor da exposição crônica ao fumo.

Segundo o estudo, as unhas dos pés não servem apenas para avaliar o risco de câncer no pulmão entre fumantes, mas também entre os não fumantes.

A pesquisa concluiu que homens com os níveis mais altos de nicotina nas unhas dos pés tinham risco três vezes maiores de desenvolver a doença do que aqueles com níveis mais baixos.

Fumo passivo

Os pesquisadores americanos analisaram 840 homens, alguns com câncer no pulmão e outros sem a doença.

Alguns dos homens com os níveis mais altos de nicotina nas unhas eram não fumantes que, possivelmente, foram expostos à nicotina através do fumo passivo.

O câncer de pulmão é o tipo de câncer mais comum no mundo, com 1,61 milhão de novos casos diagnosticados a cada ano.

A grande maioria dos casos desta doença são causados pelo fumo. (BBC)

Brasileiras dizem se sentir desamparadas no Japão

Alguns brasileiros moradores de Sendai, a cidade mais próxima do epicentro do terremoto que atingiu o Japão na sexta-feira, dizem se sentir desamparados após a tragédia.

A paulista Andrea Matsubara, 36, ainda está abalada por causa do desastre e não esconde certo ressentimento com a atuação do governo brasileiro na região.

“Estamos nos sentindo completamente abandonados”, reclamou à BBC Brasil, por telefone.

Andrea contou que uma equipe do Consulado-Geral do Brasil em Tóquio fez uma visita ao apartamento dela nesta terça-feira e levou alguns alimentos enlatados e água.

“Mas foi tudo muito frio e, como está chovendo, eles queriam sair logo daqui, talvez com medo da contaminação nuclear”, disse.

“É o famoso salve-se quem puder”, ironizou.

Ônibus

Andrea conta que um ônibus fretado pela embaixada brasileira está a caminho de Sendai e de outras áreas bastante atingidas para buscar os brasileiros.

“Querem nos levar para outra província. Não queremos ir porque sabemos que daqui a algumas semanas seremos logo esquecidos lá. Nossa vida está aqui e o que queremos é ir embora para o Brasil”, disse.

“Largar tudo para ficar só uma semana, não resolve. Queremos algo mais concreto e estamos brigando com as autoridades para que entendam isso”, disparou a brasileira.

A amiga Mirian Kikuti, 38, é outra brasileira que espera a ajuda do governo brasileiro.

“Estou tão abalada que nem consigo falar direito”, disse ela, com a voz embargada.

Casada com japonês, ela mora em Sendai há 20 anos. Assim como Andrea, também quer ser removida para o Brasil com a família.

“Estou muito desapontada com nosso governo. Há outros brasileiros passando frio e fome em cidades vizinhas”, contou.

Itamaraty

Miriam e a amiga Andrea esperam as roupas, mantimentos e água que estão sendo enviados pela comunidade brasileira para ajudar a distribuir entre os desalojados.

“Temos de nos mover, porque parece que o governo brasileiro não está nem aí para a gente”, criticou, sem esconder o choro.

Andrea, que trabalha como intérprete da prefeitura de Sendai, tem muitos contatos de brasileiros e diz que ninguém lá está bem e que querem algo mais concreto.

A assessoria de imprensa do Itamaraty disse que a Embaixada brasileira em Tóquio montou um esquema de plantão para atender cidadãos afetados pela tragédia. Além disso, consulados itinerantes estariam levando mantimentos para os brasileiros e transferindo os mais afetados para áreas de menor risco.

O Itamaraty também afirma que não há planos de realizar a retirada em massa de brasileiros do Japão, mas lembrou que aqueles que quiserem deixar o país podem fazê-lo com seus próprios meios. (BBC)

Para França, acidente nuclear japonês já atingiu nível seis em escala até sete

A Autoridade de Segurança Nuclear da França (ASN) informou nesta terça-feira que as explosões ocorridas na central japonesa de Fukushima Daiichi atingiram o nível seis de gravidade em uma escala internacional que vai até sete.

O Japão, até o momento, classificou os acidentes em nível quatro.

O nível sete da chamada escala INES, de classificação de eventos nucleares, utilizada pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), só ocorreu uma vez no mundo, na catástrofe de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.

"Estamos em uma situação diferente da observada ontem. É evidente que estamos em um nível seis, que é um nível intermediário entre o (acidente) que ocorreu na central americana de Three Mile Island (em 1979) e em Chernobyl", afirmou nesta terça o presidente da Autoridade de Segurança Nuclear francesa, André-Claude Lacoste.

O nível seis da escala INES significa "acidente grave, com liberação importante de material radioativo que exige a aplicação integral das medidas previstas (como cuidados sanitários e afastamento da população da área atingida)".

'Catástrofe'

Na segunda-feira, a ASN francesa havia informado que o acidente na central de Fukushima Daiichi, situada a cerca de 250 km de Tóquio, se situaria entre o nível cinco e seis.

"Estamos em uma catástrofe evidente", disse Lacoste nesta terça-feira. A França possui o segundo maior parque nuclear do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, com 19 usinas e 58 reatores que produzem 80% da energia elétrica do país.

As autoridades japonesas haviam classificado no último sábado, após a explosão do reator número 1 da central de Fukushima, o incidente em nível quatro, que representa "acidente, com exposição da população à radioatividade dentro dos limites autorizados".

"A liberação de material radioativo é significativa, mesmo que ainda seja difícil medir isso. A situação não tem nada a ver com Chernobyl, mas sabemos que a radiação é importante", disse à BBC Brasil Jerôme Joly, especialista em segurança nuclear do Instituto de Radioproteção e Segurança Nuclear (IRSN) da França, organismo técnico que trabalha em conjunto com a agência nuclear francesa.

A ASN francesa disse à BBC Brasil que não poderia se pronunciar sobre o fato de a agência de segurança nuclear japonesa ainda não ter aumentado o nível de gravidade das explosões em Fukushima, afirmando que as autoridades nipônicas "deverão rever a classificação" e que isso será discutido no âmbito da AIEA.

Os especialistas franceses em energia nuclear afirmam que suas conclusões sobre a gravidade da situação em Fukushima são baseadas em informações transmitidas pela agência nuclear japonesa, pela AIEA e por representantes da embaixada da França em Tóquio.

Segundo Lacoste, a cápsula de confinamento (que protege o núcleo para evitar contaminações radioativas) do reator número dois de Fukushima, que explodiu nesta terça-feira, no horário local, "não está mais vedada". (BBC)

Empresa pode usar ácido para conter incêndio em usina do Japão

A Tokyo Electric Power, empresa que opera a usina nuclear de Fukushima, afirmou na quarta-feira (horário local) que estava considerando usar um helicóptero para dispersar ácido bórico, um retardador de fogo, sobre o edifício que abriga o reator número 4.

A operadora também disse que o incêndio visto anteriormente na instalação do reator já não era mais visível.

A empresa respondia a jornalistas sobre as notícias de que estava jogado água de helicóptero sobre o prédio do reator, que pegou fogo mais cedo na terça-feira.

Um terremoto devastador seguido de tsunami na sexta-feira danificou funções de refrigeração da usina, forçando a operadora a usar água do mar nos reatores e liberar o ar radioativo para a atmosfera a fim de reduzir a pressão causada pela alta temperatura. (Reuters)

Após 6 anos de viagem, sonda começa a orbitar Mercúrio

Mais de seis anos depois de ter sido lançada da Terra, a sonda espacial norte-americana Messenger deve começar na quinta-feira a orbitar Mercúrio, no primeiro contato íntimo com o pequeno planeta rochoso desde 1975.

Os astrônomos estão interessados em Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, porque ele é rochoso como a Terra, e não gasoso, como Júpiter. Existem muitas dessas esferas rochosas em torno de estrelas fora do nosso sistema solar, o que significa que Mercúrio poderia oferecer pistas sobre outros mundos, segundo nota divulgada pela Nasa.

"Agora que tantos novos planetas são descobertos ao redor de estrelas em outros sistemas solares, precisamos saber os efeitos do desgaste espacial em superfícies rochosas, para que possamos interpretar os dados telescópicos e de outras formas de sensoriamento remoto que obtemos de outros mundos rochosos ou poeirentos", disse Ann Sprague, do Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona, que está envolvida no projeto.

O Messenger (que significa "mensageiro", mas é também a sigla em inglês para Exploração, Geoquímica, Ambiente Espacial e Superfície de Mercúrio) partiu em 3 de agosto de 2004, e desde então fica "dançando" entre a Terra, a Lua e Mercúrio propriamente dito, num complexo movimento que o impede de ser atraído pelo campo gravitacional do Sol.

Na noite de quinta-feira, a sonda começará sua missão de um ano de duração em torno de Mercúrio, orbitando-o uma vez a cada 12 horas e preenchendo lacunas visuais deixadas pela última sonda a estar por lá - a Mariner 10, em 1974-75.

A nave, com dois painéis solares para alimentação e um guarda-sol para mantê-lo fresco o suficiente para operar, vai estudar a história geológica, o campo magnético, a composição da superfície e outros mistérios desse planeta tão pouco conhecido. Quando a missão terminar, a nave vai cair na superfície do planeta.

Com um diâmetro ligeiramente maior que o da Lua (cerca de 4.800 quilômetros), Mercúrio deveria ser todo sólido, até o núcleo. Mas a presença de um campo magnético sugere que ele é parcialmente derretido por dentro.

Há décadas os cientistas precisam se contentar com as fotos feitas pela Mariner 10, de um só lado do planeta, além de observações terrestres e dados obtidos a partir de Marte e de meteoritos.

No caminho até Mercúrio, o Messenger conseguiu tirar muitas fotos que tinham escapado à Mariner, e restam agora apenas cerca de 5 por cento do planeta por mapear, principalmente nos polos. A sonda tentará captá-los durante a fase orbital da missão. (Reuters)

Esboço de resolução da ONU pede zona de exclusão aérea na Líbia

O esboço de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre uma zona de exclusão aérea na Líbia, que circulou na terça-feira, deve autorizar "todas as medidas necessárias para aplicar" uma suspensão de todos os voos a fim de proteger civis.

O documento, visto pela Reuters, diz que o Conselho "decide autorizar a suspensão de todos os voos no espaço aéreo (da Líbia) com o objetivo de ajudar a proteger civis".

Autoriza, ainda, os países membros a "tomar todas as medidas necessárias para garantir o cumprimento" da decisão.

Após receberem o projeto numa reunião do Conselho, os membros adiaram a sessão sem tomar uma decisão e devem se reunir novamente na quarta-feira.

Alguns dos 15 países membros expressaram dúvidas sobre se uma zona de exclusão aérea vai funcionar no país norte-africano, onde protestos populares pelo fim do governo de Muammar Gaddafi, há 41 anos no poder, têm sido violentamente reprimidos. (Reuters)

Incêndio atinge edifício do reator 4 da usina de Fukushima

Um incêndio foi registrado no prédio que abriga o reator nuclear número 4 da usina Fukushima Daiichi, afirmou a empresa Tokyo Electric Power na quarta-feira.

Segundo a companhia, esforços estão sendo empregados com o objetivo de apagar o fogo.

Um terremoto devastador seguido de tsunami na sexta-feira danificou funções de refrigeração da usina, forçando a operadora a usar água do mar nos reatores e liberar o ar radioativo para a atmosfera a fim de reduzir a pressão causada pela alta temperatura. (Reuters)

Dilma garante apoio ao governador Beto Richa para ações no Litoral


O governador Beto Richa recebeu um telefonema da presidente Dilma Rousseff na manhã desta terça-feira (15). Durante cinco minutos, a presidente e o governador falaram sobre a dimensão dos estragos causados pela chuva na região litorânea do Estado. Foi a primeira conversa entre os dois depois da posse.

Dilma Rousseff colocou-se à disposição do Governo do Paraná para ajudar a população e os municípios da região e determinou o envio de uma ponte metálica do Exército, que estava em Porto União, na divisa entre Paraná e Santa Catarina, para substituir temporariamente uma das pontes que foi derrubada pela enxurrada.

O governador também conversou com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e pediu a liberação de um helicóptero do Exército para transportar um equipamento necessário para recompor o funcionamento da estação de tratamento de água de Paranaguá, que também foi paralisada em decorrência do excesso de chuvas na região.

A aeronave militar, que está no interior paulista, tem capacidade de carga de até 4 toneladas e será necessária por que não há acesso por terra para instalar o equipamento na estação de tratamento da companhia municipal Águas de Paranaguá.

Brasília - A situação dos municípios litorâneos será tratada em reuniões nos ministérios da Integração Nacional e das Cidades, na tarde desta terça-feira (15), em Brasília. O secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, o presidente da Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná), Mounir Chaowiche, os prefeitos de Morretes, Amilton Paulo da Silva, e de Antonina, Carlos Augusto Machado, e a senadora Gleisi Hoffmann irão apresentar ao ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional) um relatório sobre a situação do Litoral.

No encontro serão solicitados recursos para atender pessoas desabrigadas pelas enchentes e para recuperar a infraestrutura da região. Por conta do deslizamento de encostas e do volume extraordinário de água que caiu sobre a região, ficaram interditados vários trechos de estradas, inclusive a BR 277, que dá acesso ao Porto de Paranaguá.

Número de pessoas afetadas pelas chuvas no Paraná chega a 28.418

O número de pessoas afetadas pelas chuvas no Paraná chega a 28.418, informa o boletim da Defesa Civil divulgado no final da tarde desta terça-feira (15). Os desalojados são 10.363 e há ainda 2.487 desabrigados. O governador Beto Richa decretou estado de calamidade pública nos municípios de Morretes e Antonina. Guaratuba e Paranaguá estão em estado de emergência. Foram registradas duas mortes em Antonina, uma em Morretes e uma em Honório Serpa. Oito municípios foram atingidos pelas chuvas.

Morretes tem o maior número de pessoas afetadas. São 15.178, entre as quais 8 mil desalojadas e 1.180 desabrigadas. Uma pessoa está desaparecida. Em Antonina, os afetados são 5.000, e em Guaratuba, 1.590. No interior, Honório Serpa tem a situação mais crítica, com 4.000 pessoas afetadas, 12 pontes e várias estradas danificadas. Em Mangueirinha, o número de afetados é de 2.000.

CHUVA - O volume das chuvas que caiu no Litoral foi mais do que o dobro do normal para o período. De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, a média prevista para o mês em Antonina é de 334 milímetros, mas em 15 dias o volume de chuva já chegou a 307 milimetros. Em Morretes, a média prevista era de 227 milímetros e choveu 480 milímetros em 15 dias.

De acordo Vanessa D´Avila, técnica em meteorologia do Instituto Tecnológico Simepar, grande parte da precipitação foi concentrada na sexta-feira, agravando a situação. Em Morretes o volume de chuvas nesse dia foi de 230 milímetros.

A previsão do tempo para o Litoral para os próximos dias é de céu parcialmente nublado com chuva leve.

Boletim das chuvas no Estado - atualizado 16h

MUNICÍPIOS ATINGIDOS

01 - ANTONINA (alagamentos/deslizamentos): DECRETADO ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA

· Residências danificadas: 300;

· Residências destruidas: 20;

· Pessoas desalojadas: 2.000;

· Pessoas desabrigadas: 1.160;

· Pessoas afetadas: 5.000;

· Óbitos : 02;

· FONTE: Coord. Municipal de Defesa Civil. CONTATO: 41 3432 1132 (Ernesto Villatorre)

02 - MORRETES (alagamentos/enxurradas): DECRETADO ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA

· Residências danificadas: 2.450;

· Residências destruídas: 85;

· Pessoas desalojadas: 8.000;

· Pessoas desabrigadas: 1.180;

· Pessoas desaparecidas: 02;

· Pessoas levemente feridas: 21;

· Total de pessoas afetadas: 15.178

· FONTE: Avaliação de Danos da Coord. Municipal de Defesa Civil. CONTATO:41 3462 1201/ 3733 - (Elaine do Rocio)

03 - GUARATUBA (enxurradas): DECRETADO SITUAÇÃO DE EMERGENCIA

· Residências danificadas: 50;

· Residências destruídas: 15;

· Pessoas desalojadas: 140;

· Pessoas afetadas: 1.590;

· FONTE: Avaliação de Danos da Coord. Municipal de Defesa Civil. CONTATO: 41 3472 8599 ( Andréa Doris)

04 - PARANAGUÁ (alagamentos): DECRETADO SITUAÇÃO DE EMERGENCIA

· Residências danificadas: 75;

· Residências destruídas: 40;

· Pessoas desabrigadas: 147;

· Pessoas desalojadas: 103;

· Pessoas afetadas: 250;

· FONTE: Coordenadoria Municipal de Defesa Civil. CONTATO: 41 3420 6135 (Marcia Garcia)

05 - HONÓRIO SERPA (enxurradas):

· Residências danificadas: 01;

· Pessoas afetadas: 4.000;

· Óbito: 01;

· Pontes danificadas: 12;

· Estradas rurais danificadas;

· FONTE: Coordenadoria Municipal de Defesa Civil. CONTATO: 46 3245 1130 (Luiz Vargas)

06 - SÃO JOSÉ DOS PINHAIS (deslizamentos):

· Pessoas afetadas: 400

· Via de acesso a Colônia Castelhano está interditada devido a queda de barreiras.

· FONTE: Notif. Preliminar de Desastres da Coord. Mun. de Defesa Civil. CONTATO: 41 3381 6612 ( Marcio).

07 - MANGUEIRINHA (enxurradas):

· Residências danificadas: 50;

· Pessoas afetadas: 2.000;

· Estradas danificadas.

· FONTE: Notif. Preliminar de Desastres da Coord. Municipal de Defesa Civil. CONTATO: 46 3243 8000 (Valmir).

08 - RIO AZUL (enxurradas):

· Residências danificadas: 25;

· Pessoas desalojadas: 120;

· FONTE: Coordenadoria Municipal de Defesa Civil. CONTATO: Leoclides Viana 42 3463 1122

· Obs: A notificação da ocorrência foi feita somente no dia 15 de março de 2011.



RESUMO GERAL DO ESTADO:



RESIDÊNCIAS DANIFICADAS: 3.006;

RESIDÊNCIAS DESTRUÍDAS: 160;

PESSOAS DESABRIGADAS: 2.487;

PESSOAS DESALOJADAS: 10.363;

PESSOAS DESAPARECIDAS: 01;

PESSOAS LEVEMENTE FERIDAS: 21;

PESSOAS MORTAS 04;

PESSOAS AFETADAS: 28.418;

MUNICÍPIOS ATINGIDOS: 08;

MUNICÍPIOS EM SITUAÇÃO DE EMERGENCIA: GUARATUBA E PARANAGUÁ.

MUNICÍPIO QUE DECRETOU ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA: ANTONINA E MORRETES.

DECRETAÇÃO ESTADUAL DE ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA: ABRANGENDO OS MUNICÍPIOS DE ANTONINA E MORRETES.





DESABRIGADOS: Pessoas que tiveram suas residências danificadas/destruídas e estão em abrigos públicos;

DESALOJADOS: Pessoas que tiveram suas residências danificadas/destruídas e não necessitam de abrigos públicos, estão em casa de familiares/amigos.

ESTADO DE CALAMIDADE PUBLICA: Situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimento substancial da capacidade de resposta do poder público do ente federado;

SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA: Situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimento parcial da capacidade de resposta do poder público do ente federado.

INFORMAÇÕES SOBRE RODOVIAS:

Polícia Rodoviária Federal - para emergências ligue 191

Polícia Rodoviária Estadual - para emergências ligue 198

Posto Graciosa: 41 3672 1432

PROVOPAR - Campanha de socorro às vitimas das enchentes no litoral.

Doações de roupas e alimentos: Rede Big, Mercadorama, Condor e Mufatto e Quartéis do Corpo de Bombeiros. Doações de colchões: barracão da Defesa Civil – Rua Sergipe, 1712 - Vila Guaíra – Curitiba/PR

Coordenadoria Estadual de Defesa Civil - Paraná

Exército instala ponte de metal no acesso de Morretes à BR-277

Para restabelecer a normalidade de tráfego entre a BR-277 e o município de Morretes, no Litoral do Estado, o 5º Batalhão de Engenharia do Exército começou nesta terça-feira (15) a instalação de uma ponte metálica sobre o Rio Sagrado Três, na PR-408, na região da Martha. No local havia uma ponte de cimento que não resistiu às intensas chuvas. Cerca de 60 oficiais trabalham na estrutura de 32 metros de comprimento. A montagem da nova ponte deve ser concluída até o final da tarde desta quarta-feira (16) e a utilização será provisória – cerca de um mês – até que a antiga seja reconstruída.

A rodovia faz parte do Anel Integração e sua manutenção é feita pela Concessionária Ecovia, que opera a BR–277 no trecho Curitiba–Paranaguá.

As demais rodovias estaduais do litoral estão dando acesso a todos os municípios da região, mas o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) recomenda que as viagens só sejam feitas em casos de extrema necessidade. As rodovias ainda operam em meia-pista na grande parte de sua extensão, e os motoristas precisam redobrar a atenção. O DER ainda recomenda que todo deslocamento só seja feito após consulta à Polícia Rodoviária Estadual pelo fone 198.

Seguindo orientação do Gabinete de Emergência do Governo do Estado, todos os funcionários e o equipamento da Superintendência Regional Leste do DER estão atuando em obras emergenciais e no monitoramento das estradas do Litoral.

Beto Richa decreta estado de calamidade pública para Morretes e Antonina

O governador Beto Richa decretou nesta terça-feira (15.03) estado de calamidade pública para os municípios de Morretes e Antonina. A medida do Governo do Estado foi adotada para que sejam agilizadas as liberações de recursos para atendimento emergenciais nas duas cidades.

Com a decretação de estado de calamidade pública, a contratação de serviços pode ocorrer sem a necessidade de abertura de licitações, o que facilita a realização das obras de recuperação e outras medidas necessárias para atender a população atingida pelas chuvas do último final de semana.

A situação no Litoral recebe atenção total do governo. No fim de semana, Richa instalou um gabinete de emergência, integrado por representantes de várias áreas do governo, visando agilizar as providências necessárias para atender a população afetada pelas chuvas. “Neste momento o atendimento às vítimas das chuvas é prioridade do governo”, afirma o governador.

Equipes da Secretaria da Saúde, da Defesa Civil, da Polícia Militar, da Secretaria da Família, do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) da Mineropar e da Sanepar, entre outras secretarias e órgãos do governo, atuam no litoral para minimizar riscos, restaurar a infraestrutura e dar atendimento às famílias desabrigadas e desalojadas.

O que une o Aldo Vendramin, Consilux, ao Mariano Lemanski, RPC?



O que os une é a grande paixão pelo nobre hobby de serem criadores de cavalos crioulos. Como disse o Aldo Vendramin em uma entrevista ao Diário Catarinense, que o que o motiva é "o prazer pessoal que a atividade proporciona":

Hobby, não; investimento

A oportunidade de alto retorno financeiro e o prazer na atividade atraem um número crescente de interessados na raça crioula
O que leva alguém a investir muito dinheiro em um cavalo, em vez de procurar aplicações mais tradicionais? Uma explicação possível é a mistura entre potencial de retorno financeiro e o prazer pessoal que a atividade proporciona.

O paranaense Aldo Vendramin, 54 anos, é um exemplo disso. Engenheiro eletricista, empresário e agricultor, ele decidiu abrir mão da renda certa para se tornar um criador da raça crioula. Morador de Curitiba, ele tem animais para a lida campeira de suas fazendas há 25 anos, mas faz apenas oito que começou a investir mais forte neste mercado. O ganho financeiro ainda não veio, mas, para Aldo, não se pode entrar no setor pensando em retorno imediato.

– Isso ocorre a médio prazo, talvez depois de uns 10 anos ou mais. Os investimentos dependem do objetivo do criador. Se é para a lida campeira, não há despesas, pois os animais são rústicos, fortes, dóceis, inteligentes e se mantêm no campo. Mas se for para ganhar competições, aí o investimento é alto. É preciso ter bons animais e uma grande logística, que envolve viagens, estrutura adequada e profissionais qualificados – afirma.

Aldo possui mais de 200 animais da raça crioula, dos quais 103 são éguas na cria. Este ano, ele conseguiu classificar quatro animais para a final da Expointer, em Esteio (RS), de 28 de agosto a 5 de setembro, onde ocorrem o Freio de Ouro e o Campeonato de Morfologia (que analisa aspectos físicos e estrutura), principais competições de equinos crioulos do mundo.

– Não existem premiações para os vencedores. O prêmio é o reconhecimento e a valorização dos animais campeões e seus herdeiros. O que interessa é o sangue, a genética dos animais, pois todo criador busca a perfeição. Ele quer um animal bonito e funcional.

Nomes diferentes e valores incalculáveis

Afirmar que um cavalo crioulo pode custar mais de R$ 1 milhão não é exagero. Dos mais de 200 animais pertencentes a Aldo, cinco ou seis têm valor de mercado incalculável, como por exemplo o Pandemônio, duas vezes grande campeão na Expointer, e o Macanudo do Itapororó, terceiro melhor no mesmo evento.

– Já chegaram a formar um consórcio de criadores e me ofereceram R$ 1 milhão por um único animal, ou pelo Pandemônio ou pelo Macanudo, mas não vendi nenhum deles. E não vendo, porque estes animais são perfeitos – revela ele.

O Pandemônio já tem duas potrancas da primeira geração nas disputas da Expointer. Uma delas é a Dama Linda De Los Campos, de dois anos e 10 meses. A égua é um dos oito animais dos 60 competidores, classificados para a semifinal da edição de Lages do Freio de Ouro, realizada neste fim de semana.

E estes nomes – Pandemônio, Macanudo do Itapororó, Dama Linda De Los Campos, entre outros – geralmente vêm do castelhano, já que os criadores da raça crioula estão espalhados pela América do Sul.

Algumas nomenclaturas têm a ver com o nome das fazendas onde os animais são criados, outras são apenas inspiração dos criadores.Hobby, não; investimento
A oportunidade de alto retorno financeiro e o prazer na atividade atraem um número crescente de interessados na raça crioula
O que leva alguém a investir muito dinheiro em um cavalo, em vez de procurar aplicações mais tradicionais? Uma explicação possível é a mistura entre potencial de retorno financeiro e o prazer pessoal que a atividade proporciona.

O paranaense Aldo Vendramin, 54 anos, é um exemplo disso. Engenheiro eletricista, empresário e agricultor, ele decidiu abrir mão da renda certa para se tornar um criador da raça crioula. Morador de Curitiba, ele tem animais para a lida campeira de suas fazendas há 25 anos, mas faz apenas oito que começou a investir mais forte neste mercado. O ganho financeiro ainda não veio, mas, para Aldo, não se pode entrar no setor pensando em retorno imediato.

– Isso ocorre a médio prazo, talvez depois de uns 10 anos ou mais. Os investimentos dependem do objetivo do criador. Se é para a lida campeira, não há despesas, pois os animais são rústicos, fortes, dóceis, inteligentes e se mantêm no campo. Mas se for para ganhar competições, aí o investimento é alto. É preciso ter bons animais e uma grande logística, que envolve viagens, estrutura adequada e profissionais qualificados – afirma.

Aldo possui mais de 200 animais da raça crioula, dos quais 103 são éguas na cria. Este ano, ele conseguiu classificar quatro animais para a final da Expointer, em Esteio (RS), de 28 de agosto a 5 de setembro, onde ocorrem o Freio de Ouro e o Campeonato de Morfologia (que analisa aspectos físicos e estrutura), principais competições de equinos crioulos do mundo.

– Não existem premiações para os vencedores. O prêmio é o reconhecimento e a valorização dos animais campeões e seus herdeiros. O que interessa é o sangue, a genética dos animais, pois todo criador busca a perfeição. Ele quer um animal bonito e funcional.

Nomes diferentes e valores incalculáveis

Afirmar que um cavalo crioulo pode custar mais de R$ 1 milhão não é exagero. Dos mais de 200 animais pertencentes a Aldo, cinco ou seis têm valor de mercado incalculável, como por exemplo o Pandemônio, duas vezes grande campeão na Expointer, e o Macanudo do Itapororó, terceiro melhor no mesmo evento.

– Já chegaram a formar um consórcio de criadores e me ofereceram R$ 1 milhão por um único animal, ou pelo Pandemônio ou pelo Macanudo, mas não vendi nenhum deles. E não vendo, porque estes animais são perfeitos – revela ele.

O Pandemônio já tem duas potrancas da primeira geração nas disputas da Expointer. Uma delas é a Dama Linda De Los Campos, de dois anos e 10 meses. A égua é um dos oito animais dos 60 competidores, classificados para a semifinal da edição de Lages do Freio de Ouro, realizada neste fim de semana.

E estes nomes – Pandemônio, Macanudo do Itapororó, Dama Linda De Los Campos, entre outros – geralmente vêm do castelhano, já que os criadores da raça crioula estão espalhados pela América do Sul.

Algumas nomenclaturas têm a ver com o nome das fazendas onde os animais são criados, outras são apenas inspiração dos criadores.

O que leva alguém a investir muito dinheiro em um cavalo, em vez de procurar aplicações mais tradicionais? Uma explicação possível é a mistura entre potencial de retorno financeiro e o prazer pessoal que a atividade proporciona.

O paranaense Aldo Vendramin, 54 anos, é um exemplo disso. Engenheiro eletricista, empresário e agricultor, ele decidiu abrir mão da renda certa para se tornar um criador da raça crioula. Morador de Curitiba, ele tem animais para a lida campeira de suas fazendas há 25 anos, mas faz apenas oito que começou a investir mais forte neste mercado. O ganho financeiro ainda não veio, mas, para Aldo, não se pode entrar no setor pensando em retorno imediato.

– Isso ocorre a médio prazo, talvez depois de uns 10 anos ou mais. Os investimentos dependem do objetivo do criador. Se é para a lida campeira, não há despesas, pois os animais são rústicos, fortes, dóceis, inteligentes e se mantêm no campo. Mas se for para ganhar competições, aí o investimento é alto. É preciso ter bons animais e uma grande logística, que envolve viagens, estrutura adequada e profissionais qualificados – afirma.

Aldo possui mais de 200 animais da raça crioula, dos quais 103 são éguas na cria. Este ano, ele conseguiu classificar quatro animais para a final da Expointer, em Esteio (RS), de 28 de agosto a 5 de setembro, onde ocorrem o Freio de Ouro e o Campeonato de Morfologia (que analisa aspectos físicos e estrutura), principais competições de equinos crioulos do mundo.

– Não existem premiações para os vencedores. O prêmio é o reconhecimento e a valorização dos animais campeões e seus herdeiros. O que interessa é o sangue, a genética dos animais, pois todo criador busca a perfeição. Ele quer um animal bonito e funcional.

Nomes diferentes e valores incalculáveis

Afirmar que um cavalo crioulo pode custar mais de R$ 1 milhão não é exagero. Dos mais de 200 animais pertencentes a Aldo, cinco ou seis têm valor de mercado incalculável, como por exemplo o Pandemônio, duas vezes grande campeão na Expointer, e o Macanudo do Itapororó, terceiro melhor no mesmo evento.

– Já chegaram a formar um consórcio de criadores e me ofereceram R$ 1 milhão por um único animal, ou pelo Pandemônio ou pelo Macanudo, mas não vendi nenhum deles. E não vendo, porque estes animais são perfeitos – revela ele.

O Pandemônio já tem duas potrancas da primeira geração nas disputas da Expointer. Uma delas é a Dama Linda De Los Campos, de dois anos e 10 meses. A égua é um dos oito animais dos 60 competidores, classificados para a semifinal da edição de Lages do Freio de Ouro, realizada neste fim de semana.

E estes nomes – Pandemônio, Macanudo do Itapororó, Dama Linda De Los Campos, entre outros – geralmente vêm do castelhano, já que os criadores da raça crioula estão espalhados pela América do Sul.

Algumas nomenclaturas têm a ver com o nome das fazendas onde os animais são criados, outras são apenas inspiração dos criadores.


Entrevista dada pelo Mariano Lemanski ao blog Freio de Ouro:

O perfil de hoje é de Mariano Lemanski, dono do Freio de Ouro 2001, com Dom Carrasco do Purunã, e que neste ano contabiliza para a São Rafael o maior número de animais de uma mesma criação competindo na grande final da prova máxima do Cavalo Crioulo.

Nome Completo: Mariano Lemanski
Idade: 35 anos
Cidade: Curitiba - PR
Atividade(s): empresário

Sua história com o Freio de Ouro começou quando? Minha história no Freio de Ouro começou quando eu fui à Expointer em 1988 assistir pela primeira vez a prova do Freio. Até então eu só tinha visto através de fotos em revistas e estava maravilhado com aqueles animais. Nós havíamos comprado o primeiro lote de éguas em abril de 1987, então já estávamos oficialmente criando cavalos crioulos. Assisti à classificatória de Pelotas e depois à Final em Esteio quando o Butiá Arunco ganhou de Aculeo Tranca numa final inesquecível, principalmente pela perfomance funcional de Tranca, e me marcou também pela polêmica do uso do arreamento chileno do ginete que a montava. O Oswaldo Becerra era o ginete e foi obrigado a usar bombacha (ele era chileno). A morfologia de Arunco impressionava bastante e ficou nítido que ele havia faturado o Freio graças a sua morfologia, embora fosse um cavalo funcional também. Foi demais!

Um ídolo do meio? Meu ídolo no meio crioulista sempre será Flávio Bastos Tellechea.

Prova preferida? Eu gosto bastante das provas com gado, mas considero a formatação do Freio sensacional pela dificuldade imposta pelas diversas manobras que são exigidas.

Pelagem que mais gosta? Gosto de diversas pelagens, me prendo mais ao indivíduo no geral do que à pelagem, mas acho importante prestar atenção à questão dos pigmentos, pois sem pigmentação temos problemas com queimaduras no caso da pele e problemas de cascos muito sensíveis e moles quando brancos.

O cavalo ideal? O cavalo ideal é aquele que é manso, ligeiro e bem domado!

Um momento marcante do Freio de Ouro? A última paleteada do Freio que o Dom Carrasco ganhou (2001). Houve encurtamento de raia e a comemoração ficou presa na garganta até o anúncio oficial.

Você ergueria uma placa amarela para? Eu ergueria uma placa amarela para a falta de respeito, aliás, amarela não, vermelha.

Agência da ONU vê possíveis danos a núcleo de reator japonês


O diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU), Yukiya Amano, disse na terça-feira que um dano limitado pode ter ocorrido no núcleo do reator 2 da usina nuclear de Fukushima, atingida por um terremoto no Japão.

Em entrevista coletiva, ele afirmou que as notícias são preocupantes, e que existe "a possibilidade de danos ao núcleo" depois da explosão no reator 2.

Amano, que é japonês, estimou que o problema pode ter afetado 5 por cento do combustível nuclear.

Segundo ele, é possível que tenha havido também danos na parte inferior do vaso de contenção primária, mas que isso não foi confirmado.

"É uma rachadura? É um buraco? Não é nada? Isso não sabemos ainda", afirmou Amano. Mas ele alertou que a pressão dentro do reservatório de contenção primária não diminuiu. "Se houvesse um dano enorme, a pressão cairia", disse.

Houve também um incêndio em um tanque de combustível usado em outra unidade, com vazamento de radiação, mas o fogo já foi apagado, relatou Amano.

Ele disse que a situação é preocupante, mas aparentemente é bem diferente do desastre de Chernobyl em 1986. Ainda assim, afirmou que esperava receber informações mais atualizadas e detalhadas.

A AIEA planeja enviar uma pequena equipe de peritos ao Japão, possivelmente para ajudar no monitoramento ambiental, disse Amano.

"Achei que o envio de uma missão ao Japão seria útil (...). Estamos agora discutindo a modalidade, o momento e a área de atuação", afirmou.

Segundo Amano, é difícil prever se a situação em Fukushima vai piorar ou melhorar. "Há indicações mistas".

Medo de radiação causa pânico e provoca fuga de Tóquio

Várias pessoas deixaram Tóquio nesta terça-feira e moradores permaneceram dentro de suas casas em meio a temores de que a radiação de uma usina nuclear atingida pelo terremoto de sexta-feira afete uma das maiores e mais densamente povoadas cidades do mundo.

Apesar das garantias do governo municipal de que os baixos níveis de radioatividade detectados até o momento na capital japonesa "não são um problema", moradores e turistas decidiram que permanecer na cidade era simplesmente arriscado demais.

Várias empresas retiraram seus funcionários de Tóquio, visitantes reduziram as férias e companhias aéreas cancelaram voos. A Administração de Aviação dos Estados Unidos informou que está se preparando para redirecionar rotas caso a crise nuclear se agrave.

Aqueles que permaneceram na capital japonesa estocavam alimentos e outros suprimentos, temendo os efeitos da radiação, que levou pânico à cidade de 12 milhões de habitantes.

No principal aeroporto da cidade, centenas de pessoas se enfileiravam, muitas delas com crianças, para embarcar em voos deixando o país.

"Não estou muito preocupado com um outro terremoto. É a radiação que me assusta", disse Masashi Yoshida, enquanto segurava a filha de cinco anos no aeroporto de Haneda.

Turistas, como a norte-americana Christy Niver, deram um basta. Sua filha Lucy foi mais enfática. "Estou apavorada. Estou tão apavorada que preferia estar no olho de um tornado", disse. "Quero ir embora".

A usina nuclear de Fukushima, afetada pelo tremor, está 240 quilômetros a norte de Tóquio. Autoridades disseram que a radiação na capital do país estava 10 vezes acima do normal à noite, mas não era o suficiente para prejudicar a saúde.

Mas a confiança no governo está abalada, e muitas pessoas se preparam para o pior.

Muitas lojas não tinham mais arroz, um produto essencial no Japão, e as prateleiras que tinham pão e macarrão instantâneo estavam vazias.

Cerca de oito horas depois de novas explosões acontecerem na usina, a agência meteorológica da ONU informou que os ventos estavam dispersando o material radioativo para o oceano Pacífico, distante do Japão e de outros países da Ásia.

A Agência Meteorológica Mundial, sediada em Genebra, informou, no entanto, que as condições climáticas podem mudar.

Alguns cientistas fizeram apelos para que a população de Tóquio mantenha a calma.

"O material radioativo vai chegar a Tóquio, mas ele é inofensivo ao corpo humano porque ele se dissipará até chegar a Tóquio", disse Koji Yamazaki, professor da escola de ciência ambiental da Universidade de Hokkaido.

"Se o vento ficar mais forte, isso significa que o material voará mais rápido, mas também que dispersará ainda mais no ar".

Consulado faz operação para retirar brasileiros de Fukushima

O consulado do Brasil em Tóquio iniciou na terça-feira uma operação para retirar brasileiros que estão na região da usina nuclear de Fukushima Daiichi, que liberou uma nuvem de baixa radiação após explosões provocadas após o recente terremoto, informou o Itaramaty.

Cerca de 380 brasileiros vivem na área da usina, no norte do Japão, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores. A maioria deles já havia deixado a região.

Foram disponibilizados dois ônibus com capacidade para 48 pessoas cada, o que seria "mais do que suficiente" para o resgate dos brasileiros, disse o Itamaraty, que não soube informar para onde eles seriam levados.

Explosões foram registradas nos edifícios que abrigam reatores da usina Fukushima Daiichi na terça-feira (horário local), após dias de esforços para resfriá-los. O acidente, causado pelo forte terremoto de magnitude 9,0 e tsunami de sexta-feira, é o mais grave desde o ocorrido em Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, pediu para que moradores num raio de 30 quilômetros da instalação nuclear ficassem em suas casas para evitar o risco de contaminação.

O número de mortos na tragédia deve superar 10 mil. Não há confirmação sobre brasileiros entre os mortos e feridos mas, segundo o Itamaraty, vários deles ainda não foram localizados por familiares.

No Japão, vivem cerca de 254 mil brasileiros, mas apenas cerca de 780 residiam na área atingida pelo terremoto seguido de tsunami. (Reuters)

Prefeitura cancela contrato com a empresa Consilux

O prefeito de Curitiba Luciano Ducci afirmou, nesta terça-feira (15), que pediu o cancelamento do contrato com a empresa Consilux Tecnologia. “Pedi à Procuradoria do Município para rescindir o contrato com a empresa Consilux e, ao mesmo tempo, pedi para que a Urbs e a Diretran assumam o sistema. Nós vamos estatizar o sistema de radares”, disse Ducci.

Sobre a anulação de multas de radares, que foi apresentado em reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, no domingo, Ducci chamou o procedimento de antiético. “O radar é importante para proteger vidas, precisamos resgatar a confiabilidade no sistema”, explicou o prefeito.

O presidente da Urbanização de Curitiba S/A, Urbs, Marcos Isfer, disse que provavelmente a Urbs vai tentar comprar os equipamentos da empresa. Ele não soube dizer quanto custará a compra de equipamentos, mas deve negociar com a empresa. Caso seja positivo a negociação com a Consilux, a prefeitura cogita comprar mais equipamentos no futuro.

Com o cancelamento do contrato da empresa, existe a possibilidade de que as multas que forem aplicadas no período de negociação não tenham validade jurídica. O presidente da Urbs informou que esta questão deverá ainda ser investigada.

Isfer não soube explicar qual será a justificativa apontada para o cancelamento do contrato da Consilux. O presidente da Urbs explicou ainda que a causa do cancelamento vai depender de estudos da Procuradoria do Município.

Câmara de Curitiba

O líder do PT na Câmara de Vereadores, Jonny Stica, relatou que pretende montar uma CPI sobre o caso. O vereador disse que o prefeito teve uma postura firme. “Curitiba não podia ficar desacreditada no cenário nacional", apontou o vereador. Stica explicou que a prefeitura mostrou que a empresa não tem mais credibilidade para atuar em Curitiba. “Montar uma CPI é importante para investigar os contratos da empresa com o município, para que não fique nenhuma dúvida”, argumentou.

Com relação ao cancelamento de contrato anunciado pelo prefeito Luciano Ducci, a empresa Consilux informou em nota enviada nesta tarde de terça-feira que aguarda com tranqüilidade o desenrolar dos fatos. A proprietária do sistema e dos equipamentos de controle de velocidade reafirmou a idoneidade do sistema instalado em Curitiba.

A Consilux reiterou e que manterá a operação de radares e lombadas eletrônicas em funcionamento normal até que seja decidido oficialmente qual serão os procedimentos que devem ser tomados, já que não há qualquer suspeição sobre os contratos vigentes.

Entenda o caso

A prefeitura determinou a abertura do procedimento administrativo para investigar possíveis irregularidades nos serviços da Consilux na segunda-feira (14). A empresa arrecada cerca de R$ 950 mil por mês para operar 140 radares e 50 lombadas eletrônicas em Curitiba. A empresa foi flagrada pelo programa Fantástico, da Rede Globo, oferecendo pagamento de propina pela assinatura de contrato.

Além disso, funcionários da Consilux já teriam apagado multa dos radares da cidade a pedido de alguns motoristas. Mesmo com a investigação, os equipamentos continuam funcionando normalmente.

Assim como a prefeitura, o Ministério Público Estadual e o Tribunal de Contas do Estado também estão analisando as denúncias e já chegaram a investigaram a empresa no passado. A Consilux possui contratos com a Prefeitura de Curitiba desde 1998, sendo que alguns deles são considerados irregulares.

Outra empresa apontada pela reportagem do Fantástico como sendo membro da “indústria das multas” no país é a Perkons. Esta outra empresa paranaense é suspeita de cometer irregularidades nas licitações para a instalação de radares. A empresa é responsável pela operação de 30 lombadas eletrônicas que pertencem à Urbs e recebe R$ 94,5 mil pelo trabalho. (GP)

Carta aberta de Roger Waters (do Pink Floyd) sobre o muro do apartheid israelense


Em 1980, uma canção que escrevi, "Another Brick in the Wall Part 2", foi proibida pelo governo da África do Sul porque estava a ser usada por crianças negras sul-africanas para reivindicar o seu direito a uma educação igual. Esse governo de apartheid impôs um bloqueio cultural, por assim dizer, sobre algumas canções, incluindo a minha.

Vinte e cinco anos mais tarde, em 2005, crianças palestinas que participavam num festival na Cisjordânia usaram a canção para protestar contra o muro do apartheid israelita. Elas cantavam: "Não precisamos da ocupação! Não precisamos do muro racista!" Nessa altura, eu não tinha ainda visto com os meus olhos aquilo sobre o que elas estavam a cantar.

Um ano mais tarde, em 2006, fui contratado para actuar em Telavive.
Palestinos do movimento de boicote académico e cultural a Israel exortaram-me a reconsiderar. Eu já me tinha manifestado contra o muro, mas não tinha a certeza de que um boicote cultural fosse a via certa. Os defensores palestinos de um boicote pediram-me que visitasse o território palestino ocupado para ver o muro com os meus olhos antes de tomar uma decisão. Eu concordei.

Sob a protecção das Nações Unidas, visitei Jerusalém e Belém. Nada podia ter-me preparado para aquilo que vi nesse dia. O muro é um edifício revoltante. Ele é policiado por jovens soldados israelitas que me trataram, observador casual de um outro mundo, com uma agressão cheia de desprezo. Se foi assim comigo, um estrangeiro, imaginem o que deve ser com os palestinos, com os subproletários, com os portadores de autorizações. Soube então que a minha consciência não me permitiria afastar-me desse muro, do destino dos palestinos que conheci, pessoas cujas vidas são esmagadas diariamente de mil e uma maneiras pela ocupação de Israel. Em solidariedade, e de alguma forma por impotência, escrevi no muro, naquele dia: "Não precisamos do controle das ideias".

Realizando nesse momento que a minha presença num palco de Telavive iria legitimar involuntariamente a opressão que eu estava a testemunhar, cancelei o meu concerto no estádio de futebol de Telavive e mudei-o para Neve Shalom, uma comunidade agrícola dedicada a criar pintainhos e também, admiravelmente, à cooperação entre pessoas de crenças diferentes, onde muçulmanos, cristãos e judeus vivem e trabalham lado a lado em harmonia.

Contra todas as expectativas, ele tornou-se no maior evento musical da curta história de Israel. 60.000 fãs lutaram contra engarrafamentos de trânsito para assistir. Foi extraordinariamente comovente para mim e para a minha banda e, no fim do concerto, fui levado a exortar os jovens que ali estavam agrupados a exigirem ao seu governo que tentasse chegar à paz com os seus vizinhos e que respeitasse os direitos civis dos palestinos que vivem em Israel.

Infelizmente, nos anos que se seguiram, o governo israelita não fez nenhuma tentativa para implementar legislação que garanta aos árabes israelitas direitos civis iguais aos que têm os judeus israelitas, e o muro cresceu, inexoravelmente, anexando cada vez mais da faixa ocidental.

Aprendi nesse dia de 2006 em Belém alguma coisa do que significa viver sob ocupação, encarcerado por trás de um muro. Significa que um agricultor palestino tem de ver oliveiras centenárias serem arrancadas. Significa que um estudante palestino não pode ir para a escola porque o checkpoint está fechado. Significa que uma mulher pode dar à luz num carro, porque o soldado não a deixará passar até ao hospital que está a dez minutos de estrada. Significa que um artista palestino não pode viajar ao estrangeiro para exibir o seu trabalho ou para mostrar um filme num festival internacional.

Para a população de Gaza, fechada numa prisão virtual por trás do muro do bloqueio ilegal de Israel, significa outra série de injustiças. Significa que as crianças vão para a cama com fome, muitas delas malnutridas cronicamente. Significa que pais e mães, impedidos de trabalhar numa economia dizimada, não têm meios de sustentar as suas famílias. Significa que estudantes universitários com bolsas para estudar no estrangeiro têm de ver uma oportunidade escapar porque não são autorizados a viajar.

Na minha opinião, o controle repugnante e draconiano que Israel exerce sobre os palestinos de Gaza cercados e os palestinos da Cisjordânia ocupada (incluindo Jerusalém oriental), assim como a sua negação dos direitos dos refugiados de regressarem às suas casas em Israel, exige que as pessoas com sentido de justiça em todo o mundo apoiem os palestinos na sua resistência civil, não violenta.

Onde os governos se recusam a atuar, as pessoas devem fazê-lo, com os meios pacíficos que tiverem à sua disposição. Para alguns, isto significou juntar-se à Marcha da Liberdade de Gaza; para outros, isto significou juntar-se à flotilha humanitária que tentou levar até Gaza a muito necessitada ajuda humanitária.

Para mim, isso significa declarar a minha intenção de me manter solidário, não só com o povo da Palestina, mas também com os muitos milhares de israelitas que discordam das políticas racistas e coloniais dos seus governos, juntando-me à campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) contra Israel, até que este satisfaça três direitos humanos básicos exigidos na lei internacional.

1. Pondo fim à ocupação e à colonização de todas as terras árabes [ocupadas desde 1967] e desmantelando o muro;
2. Reconhecendo os direitos fundamentais dos cidadãos árabe-palestinos de Israel em plena igualdade; e
3. Respeitando, protegendo e promovendo os direitos dos refugiados palestinos de regressar às suas casas e propriedades como estipulado na resolução 194 das NU.

A minha convicção nasceu da ideia de que todas as pessoas merecem direitos humanos básicos. A minha posição não é antisemita. Isto não é um ataque ao povo de Israel. Isto é, no entanto, um apelo aos meus colegas da indústria da música e também a artistas de outras áreas para que se juntem ao boicote cultural.

Os artistas tiveram razão de recusar-se a atuar na estação de Sun City, na África do Sul, até que o apartheid caísse e que brancos e negros gozassem dos mesmos direitos. E nós temos razão de recusar atuar em Israel até que venha o dia – e esse dia virá seguramente – em que o muro da ocupação caia e os palestinos vivam ao lado dos israelitas em paz, liberdade, justiça e dignidade, que todos eles merecem.

 
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