quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Mais uma obra da administração Roberto Requião/Pessuti




A secretaria de Estado da Administração esta fazendo uma blitz em todos os órgãos públicos para que seja informada sobre os servidores públicos que serão beneficiados pela Resolução nº 12.819/10 SEAP que designou servidores para proceder análise e validação dos formulários de promoção por antiguidade ou merecimento do Quadro Próprio do Poder Executivo e progressão por titulação dos processos protocolados nos meses de novembro e dezembro de 2010.

Os processos devem ser enviados para a CAT impreterivelmente até quinta -feira próxima, dia 02.12.2010, em separado, sendo:

Servidores com direito a promoção ou progressão até 31.10.2010, servidores com direito a promoção ou progressão a partir de 01.11.2010. Também, a Resolução nº 12.829/10 SEAP designou os servidores para procederem análise e validação dos formulários para o desenvolvimento da carreira dos servidores do Quadro Próprio do Poder Executivo, enquadrados pelo despacho exarado às fls 43 do Diário Oficial nº 8333 de 28.10.10. Com o as promoções e progressões a folha de pagamento aumenta e o rombo da ParanaPrevidência.

Guerra carioca

O cenário de guerra que o Rio vive há cerca de uma semana permite uma grande variedade de abordagens, que se ligam numa cadeia complexa de causas e efeitos. Esta complexidade, no entanto, não pode nos inibir nesta hora grave. A sociedade precisa se manifestar e nós, da ASA, aqui estamos, mir zainen do, contribuindo para debater saídas para os graves problemas que o narcotráfico levanta.

Para começar, lembremos que o Rio continua sendo, na feliz expressão do jornalista Zuenir Ventura, uma cidade partida. Somos divididos em bairros privilegiados e miseráveis, em cidadãos de primeira e segunda categoria. Com uma educação pública sofrível, a expectativa de realização pessoal de parcela expressiva da população, que supõe acesso a empregos decentes e a bens materiais e imateriais, é reduzida. A desigualdade foi acentuada em décadas de administrações incompetentes, repressivas e, não raro, corruptas. Criou-se, notadamente em setores da classe média, uma cultura da exclusão, que criminaliza e discrimina a pobreza.

O tráfico de drogas obedece à lógica de mercado. Disputa por consumidores, eliminação da concorrência, diversificação na oferta, aumento na escala de produção/oferta, acesso a produtos importados. É um braço do modo de produção capitalista. A guerra em curso no Rio começa quando os fornecedores, pequenos varejistas, passam a ter problemas de distribuição. Fortemente armados (um fuzil AR-15 alcança no mercado negro preços que chegam a R$ 50 mil), enfrentam outro poder armado, com quem estão habituados a ter relações incestuosas (corrupção policial não é novidade e facilita o acesso a drogas e armas).

Aqui começam as interrogações. É um mercado que arrecada, segundo o economista Sérgio Ferreira Guimarães, do Ibmec-RJ, entre US$ 200 milhões e US$ 370 milhões anuais (o mesmo que o setor têxtil no Estado). Onde fica depositada essa dinheirama ? Certamente não no Complexo do Alemão ou outra favela. É um volume de capital que alcança o mercado financeiro e cujos controladores não calçam chinelos de dedo, nem andam por aí de bermudão e sem camisa. Estarão sendo monitorados ou esta ponta da questão é negligenciada ? O ex-secretário de Segurança Hélio Luz, lembrando que “à noite Ipanema brilha” (referindo-se às festas da alta classe média movidas a cocaína), perguntava se nossa sociedade está preparada para aceitar que policiais invadam apartamentos na avenida Vieira Souto com a mesma desenvoltura com que arrombam barracos nas favelas. Está?

Mercado é oferta e demanda. O noticiário costuma concentrar-se na oferta, no intermediário, no traficante, no bandido armado. Onde andará a demanda ? Viciar-se, por exemplo, em cocaína, não é um hobby barato. São os extratos sociais médios e altos que sustentam o mercado, procurando, em escala crescente, todos os tipos de droga. O comércio ilegal das AR-15 é abastecido pelas cheiradas e tragadas dos viciados. A pergunta é: por que alguém precisa entorpecer-se para seguir vivendo?

Que sociedade é essa, que substitui o prazer da busca pelo conhecimento, da construção afetiva, da luta política, pelo prazer fugaz de uma “viagem” ? Bastarão políticas públicas que inibam o consumo de drogas (pela repressão, por exemplo) ou essa história só se resolve com transformações sociais profundas, que criem caminhos e opções diferentes – e estimulantes - para os cidadãos?

A neutralização do tráfico no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro deve ser saudada por todos nós, especialmente pelas centenas de milhares de moradores dessas comunidades, que afinal são as grandes vítimas dessa guerra. No entanto, que ninguém se iluda. Não desapareceu a corrupção do aparato policial. As rotas de entrada de armas e drogas importadas não foram mexidas. As milícias continuam aterrorizando o povo nas favelas e bairros pobres. Os gestores dos milhões de dólares do tráfico não foram perturbados. A demanda por drogas não desapareceu, apesar do estrangulamento temporário da oferta. Como o Estado brasileiro enfrentará essas questões ? Mais ainda: estará a sociedade brasileira realmente interessada em soluções duradouras ou preferirá acomodar-se, já que os beneficiários dessa calamidade são extratos de sua elite ?

Rio de Janeiro, 29 de novembro de 2010

Diretoria da ASA – Associação Scholem Aleichem de Cultura e Recreação

GUERRA NO RIO: Foi competente a operação que não prendeu quase ninguém?



"A ocupação do Alemão foi preocupadamente tranquila" (Delegado Marcus Vinicius Braga, do comando da operação)

De malas prontas para um trabalho fora do Brasil, não teria tempo para voltar ao assunto dessa "batalha do Rio", com semelhanças da "batalha de Itararé", se não fosse pelo oba-oba orquestrado, disseminado para fazer crer que vivemos um domingo histórico, tão marcante que o prefeito Eduardo Paes, figura absolutamente omissa nesses dias tensos, anunciou um decreto de "refundação da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro no último dia 28 de novembro". Um amigo me disse ao telefone: "hoje me sinto mais brasileiro". Um leitor me escreveu, perguntando: "depois da ação - perfeita - da polícia, o que mais vc vai falar?". A grande mídia não perdeu a oportunidade de fazer sua própria festa, mostrando os seus heróis, que estiveram no "teatro da guerra" com treinamento prestado por empresa internacional de segurança e sob a proteção da coalizão formada entre tropas do Estado e das Forças Armadas, muitos destes com experiência no combate aos bandidos do Haiti. Ao que me perguntou, repliquei com a pergunta que faço a todos: e aquele monte de bandidos - 700, estimavam - o que foi feito deles? Todo aquele aparato foi para entrar no Morro do Alemão e hastear as bandeiras do Brasil e do Estado do Rio, ou para pegar os malfeitores que tanto medo disseminaram com suas ações incendiárias insólitas e desafiadoras, além dos males maiores que vêm causando à segurança dos cidadãos?

Libertaram o "Alemão"? Não diga... Eu não sabia que aquele complexo, onde o governo está gastando mais de R$ 500 milhões só para implantar um teleférico que ninguém de lá pediu estava sob governo do "poder paralelo". E nas várias vezes que o presidente Lula e o governador Cabral estiveram lá para inaugurar algumas obras, como isso aconteceu? Tiveram de pedir autorização ao tráfico? Então quer dizer que estavam gastando nossa grana não área por ser "libertada"? Como, aliás, estão gastando na Rocinha, Manguinhos e outras ainda não tomadas pelas forças policiais. Menos. Menos, rapaziada. Vamos devagar com o andor que o santo é de barro. Secretário Municipal de Desenvolvimento Social por duas vezes, conheço o Complexo do Alemão muito bem. Como conheço, aliás, por dever de ofício, quase todos os antigos "parques proletários", denominação oficial dada às favelas antes de 1964. Vou falar mais dessas áreas a seguir, ou em outra oportunidade, mas antes, com meu "feeling" de meio século de jornalismo, posso dizer que nessa história toda tem truta. E truta das grandes.

E se tiver havido um acordo? Tenho minhas razões para acreditar que o passeio dominical das forças de segurança aconteceu como resultado de uma certa negociação. Isso mesmo. Não posso afirmar categoricamente, é claro, porque não tenho provas. Porque tudo deve ter acontecido no sapatinho, com a devida discrição que o caso impunha. Essa idéia me ocorreu logo ao meio dia de sábado, quando José Junior, coordenador do grupo Afro Reggae subiu ao morro, pela Estrada do Itararé, juntamente com outros quatro parceiros, em missão estimulada pelo governo do Estado. Àquela altura, na hora do almoço, o comandante geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, em tom marcial, já havia formalizado seu ultimato, retransmitido ao vivo e a cores para todo o mundo, determinando que todos os traficantes descessem em fila indiana, com as mãos na cabeça, porque o morro seria invadido a qualquer momento. Do contrário, não teria como garantir a integridade de ninguém. Nem dos bandidos, nem dos moradores. Nesse emocionado comunicado, o coronel lembrou que contava com apoio das forças de terra, ar e mar (quer dizer, com os fuzileiros e seus tanques de guerra capazes de transpor qualquer obstáculo). Não precisa ser especialista em segurança ou coisa que o valha para saber que só havia uma condição para a polícia entrar na área "dominada" com possibilidade de fazer prisões: até às sete da noite daquele sábado claro, quando as atenções do Brasil estavam concentradas no aparato montado, que postava tropas e tanques por todos os acessos do Complexo, nos bairros de Olaria, Ramos, Bonsucesso, Inhaúma e Penha. O coronel mordeu a língua e ficou no blefe. Ou, então, fez a sua parte no acordo possível, que estou apenas especulando, com base no método da "sintomatologia da informação".

Como na fuga filmada ao vivo - Ao cair da tarde, a situação ficou mamão com açúcar para todos os bandidos. Assim como mais de 300 que estavam na Vila Cruzeiro tomaram um caminho pouco conhecido em direção ao Alemão, percorrendo a pé mais de 10 quilômetros com direito à filmagem do seu passo-a-passo, sem interceptação policial, o grosso da "tropa inimiga" ficou à vontade para planejar sua evacuação, evitando o confronto para o qual nunca esteve preparada. Bandido não está aí para conflitos cinematográficos. Não tem compromisso com nada, a não ser com sua vida perigosa, que é de pouca duração, mas permite alguns momentos com o rei na barriga.

Mais uma farsa do que uma caça - Mas as autoridades, que conviveram com esses bandidos por todo esse tempo, garantindo, inclusive, por "consenso" a realização das obras financiadas pelo PAC, estavam mais para uma farsa do que para a "caçada implacável" prometida pelas vozes flamejantes em busca dos seus minutos de celebridade. Não foi difícil para aquele quase milhar de foras da lei dar o fora em busca de outros refúgios ou até mesmo homiziar-se em alguns lugares dentro do próprio complexo. A intenção da coalizão repressiva não era também a do confronto, da captura. Isso já tinha ficado claro e evidente na fuga da Vila Cruzeiro, transmitida ao mundo pelo helicóptero da Globo, que mostrou a marcha de centenas de marginais sem um policial em seu encalço, sem ninguém para proceder a interceptação, em plena luz do dia, no acesso ao Alemão, provavelmente pela estrada da pedreira, que fica na Penha. Com a entrada "triunfal" na manhã de domingo, sem uma baixa a lamentar, sem achar o paiol dos 3 mil fuzis calculados pelos "especialistas", sem prender quase ninguém, embora exibindo grande quantidade de maconha deixada pelos traficantes, as forças militares e policiais precisavam de um "marketing" de vitória histórica, algo que levasse o prefeito ao extremo de proclamar a refundação da cidade. E junto com todo o espetáculo consagrador, as informações de que os procurados estavam recorrendo a redes de esgoto para escapulirem.

Para variar, tomando dinheiro do trabalhador - Isso tudo encheu os olhos de uma população atordoado, amedrontada, que agora começa a ficar sabendo de certas peripécias: graças a um fotógrafo do CORREIO BRAZILIENSE, a própria Rede Globo revelou uma faceta desses heróis: alguns policiais invadiram a casa de um trabalhador e levaram R$ 31.000,00 que ele havia recebido numa rescisão de contrato de trabalho, como provou com farta documentação.

Abrindo caminho para a volta da milícia - Finalmente, vale falar aqui de duas coisas: da possibilidade da polícia estar abrindo caminho para uma "milícia", que não seria estranha na área. Até 1988, pelo menos na área da Nova Brasília, que dá acesso à Avenida Itaoca, havia uma espécie de "mineira", em choque com os bandidos da Grota. Depois da morte de um sargento conhecido como "diabo louro", era comandada pelo "Tião Bundinha", que foi assassinado pelo Betinho, seu lugar-tenente, morto depois, sob suspeita de fazer jogo duplo, quando o "Orlando Jogador" resolveu tomar todo o complexo. Nessa época também, mataram o sargento Pereira, que controlava o tráfico e a mineira na Fazendinha, tendo sido nomeado administrador regional do Complexo no primeiro governo Cesar Maia. Suplente de vereador pelo PSDB, embora com pouco mais de 4 mil votos, deu o maior trabalho à Câmara Municipal, porque não apareceu para assumir, quando Roberto Dinamite foi eleito deputado estadual. Seu corpo foi cremado no "microonda", o mesmo que um dia vitimou o jornalista Tim Lopes. A outra coisa é a quantidade de cartazes de políticos ainda na comunidade. Ao contrário de outras favelas, desde a época do Pereira, ninguém subia o morro sem negociar uma grana com os seus "donos". Será que vão investigar ligações de políticos com os "donos do morro" agora "libertado?"

Ataques dos traficantes podem ter sido causados por quebra de acordo entre polícia e bandidos. E está em curso a união das facções Comando Vermelho,

Carlos Newton

Pela euforia dos jornais e demais órgãos de comunicação, até parece que o Rio de Janeiro acaba de ganhar a Terceira Guerra Mundial. Mas a realidade é bem diferente. O Rio ganhou apenas uma batalha, se é que isso pode ser considerado vitória. Falta ganhar a guerra, propriamente dita. E isso não será nada fácil.

Como se sabe, esse episódio dos ataques dos traficantes está muito mal explicado. As pessoas mais esclarecidas querem saber, verdadeiramente, qual foi o motivo. Tem de existir uma razão para essa onde de incêndios e vandalismos. E por que aconteceu logo depois das eleições?

Era altamente implausível a explicação de que os bandidos estavam retaliando por causa das UPPs (Unidades Policiais de Pacificação), uma justificativa que não se sustenta. Existem 1.020 favelas no Rio e só foram instaladas UPPs em 13 delas. Portanto, não falta território livre para o tráfico (se é que não mais existe tráfico nas favelas “pacificadas”, o que mais parece ser uma balela).

Semana passada, já tinham sido feitas várias prisões, mas nenhum dos detidos explicou o motivo desses ataques. Os policiais não lhes fizeram essa pergunta fundamental? Continua tudo estranho, muito estranho. E o governo estadual permanece em posição insustentável, porque fica parecendo que os ataques se deram porque houve algum acordo entre o governo e os traficantes, antes das eleições. E como o acordo não foi cumprido, os criminosos passaram a retaliar, cometendo os ataques.

No noticiário dos jornais, nas rádios, na televisão, ninguém se preocupou com a explicação dos atentados, que era justamente o tema mais importante. Mas na internet há mais liberdade e as notícias realmente circulam. Hoje, o blog Alerta Total, de Jorge Serrão, surgiu com uma notícia que pode ter procedência, e o texto nos foi enviado pelo leitor-comentarista Adriano Magalhães. Confiram:


Origem da “guerra”





Serviços de inteligência daqui e do exterior têm informações seguras de que a onda de violência no Rio de Janeiro resultou de um impasse nas negociações financeiras entre policiais corruptos e representantes de chefes de quadrilha.

Os bandidos teriam quebrado o pacto de não-agressão porque se recusaram a reajustar a tabela de propinas pagas às autoridades.

Não passa de mero ilusionismo a versão do governo Serginho Cabral de que a onda de violência foi provocada pelo Comando Vermelho por causa da implantação de Unidades de Polícia Pacificadora, as famosas UPPs.








Relação entre policiais corruptos e políticos da mesma espécie

Enigmático, o ex-secretário Nacional de Segurança Pública no primeiro governo Lula adverte que a verdade surgirá ao fim de investigações – que correm em segredo de Justiça.

Luiz Eduardo conhece muito bem como funciona a relação entre policiais corruptos e políticos da mesma espécie, porque foi derrubado do governo por este esquema narcopolíticomafioso.

Bem, temos aí uma explicação para os ataques. Pode até não ser verdadeira, mas é altamente plausível. Sobretudo quando se conhece o grau de corrupção da Polícia, que tem salários ridículos (embora se diga que “uma coisa não justifica a outra”, a realidade da vida é dura e cada um tem seu preço, como o “investidor” Daniel Dantas cansa de ensinar).

Para avaliar o grau de corrupção dos policiais militares, por exemplo, não é preciso ter muito trabalho. Basta olhar os estacionamentos próximos aos quartéis. Estão cheios de carros de luxo, que pertencem aos policiais. Outro dia um tenente foi morto ao volante de sua luxuosa camionete Tucson, ninguém estranhou?

Há alguns dias, Helio Fernandes alertou sobre os péssimos salários dos policiais. Menos de mil reais para um iniciante. Em Nova Iorque, o policial fardado novato (“rookie blue”) começa ganhando 3 mil dólares, e em final de carreira, pode chegar a 9 mil dólares, como Helio assinalou. Fica mais fácil não ser corrupto, não é mesmo?

Além dessa explicação do blog Alerta Total, sobre a quebra do acordo polícia-bandidos, outro assunto importante é a denúncia que me foi enviada pelo jornalista Paulo Peres, a respeito da união do Comando Vermelho, Amigos dos Amigos e Terceiro Comando Puro. Vejam só o texto que está sendo distribuído no Complexo do Alemão e adjacências:

“Foi decretada pela união dos partidos CV, ADA E TCP. Todos os partidos que tenha respeito e lealdade, força, humildade e amor no coração e muita dignidade a favor de todas as comunidades, por favor se unam a nós.

Foi decretado pela união dos partidos, que quando tiver repressão de policia em qualquer favela fazendo covardia, derramando o sangue, todas as comunidades pegarão seus fuzis e atirarão em prédios, em carros importados e no que tem de mais rico e próximo de sua favela, saqueando lojas, empresas e mercados!

Foi decretado pela união dos partidos, que cada integrante de partido que a policia matar, morrerá dois policias e seus familiares. Pela união das comunidades que se cansaram da covardia dos policiais e do sistema, porque são eles que trazem as drogas e as armas, o empresário financia e a policia facilita. Ficam os políticos roubando bilhões, matando muita gente só com a caneta. Depois quer mandar quem trás as droga e as armas para o partido vir aqui na comunidade e matar inocente. Pobre não dá lucro para a boca de fumo, quem compra as drogas são as classes média e os ricos.”

Esta mensagem dos traficantes confirma a expectativa do coronel Paulo Cesar Amendola, fundador do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais). Em recente entrevista a André Paino, do site R7, disse ele, sobre a união das facções:

“Isso ainda não está confirmado, mas acredito que possa acontecer, já que todos sabem que pássaro não voa com uma asa só. Cada facção era dona de um morro, e como a decisão política do governo é a retomada desses espaços, o prejuízo financeiro está sendo dado para todas as facções. Consequentemente, a reação para esse prejuízo é juntar forças e enfrentar o poder público”.

E aí, o que você acha, a tal guerra acabou ou está apenas começando?

PARANAPREVIDÊNCIA QUEBROU: IRRESPONSABILIDADE E INCOMPETÊNCIA?


A ParanaPrevidência quando foi criada em 1999 tinha como base para calculo atuarial 66.853 servidores públicos, com idade média de 36 anos, baixos salários e com todos contribuindo. Veio o fim da era do estado mínimo e da-lhe contratação para fortalecer o estado, o que era necessário, mas o que não tem justificativa é o fato de não terem calculado o impacto que isto teria neste fundo previdênciário.

Foram contratados mais 60 mil servidores públicos, chegando hoje a 123 mil, aumentou a idade média dos servidores para 41 anos, ocorreu aumento salarial médio em 30%, aumento da longevidade da vida, muitos conseguiram na justiça o direito de não contribuir e Roberto Requião(PMDB) não permitiu que aposentados e pensionistas contribuíssem conforme determinação do Ministério da Previdência. Resultado: a ParanaPrevidencia quebrou.

Irresponsabilidade e incompetência em não calcular os impactos do aumento salariais e de contratações?

Com a palavra o TCE e MPE, que sempre avisaram em seus relatórios: “Vai quebrar”. E quebrou....

Agora o governador Orlando Pessuti(PMDB) manda um novo plano de custeio para a Assembléia Legislativa para passar o mico para a frente. Quem vai pagar a conta?

O povo é obvio, pois se o governo vai ter que aportar recursos no fundo para cobrir o rombo, menos serviços públicos e investimentos serão feitos para a população.

GUERRA NO RIO: Polícia investiga desvios de drogas e facilitação de fugas

Diana Brito e Hudson Corrêa/Folha.com

A cúpula da Segurança do Rio investiga desvios de dinheiro e armas do tráfico de drogas, além de facilitação de fuga de traficantes, supostamente informados com antecedência por policiais sobre as operações, diz a reportagem da folha de São Paulo.

Com 1.600 homens envolvidos na ação, as polícias Militar e Civil não relataram nenhuma apreensão de dinheiro nem apresentaram números e a descrição exata das armas apreendidas.

Um dos indícios de irregularidade é que o Exército, com 800 militares, relatou a apreensão de "US$ 50 mil mais R$ 20 mil" no sábado, totalizando R$ 106 mil.

Mas, na versão da 22ª Delegacia de Polícia, na Penha, a quantia apreendida pelo Exército foi menor: de US$ 27 mil mais R$ 29 mil (total de R$ 75,1 mil) . Procurado de novo, o Comando Militar do Leste não quis comentar.

A Polícia Federal, que participou com 300 policiais, informava ter apreendido R$ 39.850 de um traficante.

Uma autoridade que pediu para não ter o seu nome divulgado disse que está havendo no Alemão "uma verdadeira caça ao tesouro", o que está deixando vários policiais indignados.

Suspeita-se que o dinheiro que deveria ter sido apreendido tenha saído da favela em mochilas de policiais, enquanto carros de polícia eram usados para levar pertences como televisores.

Contrariados por presenciar esses furtos, integrantes do Bope (Batalhão de Operações Especiais) atiravam nas telas de TVs que estavam sendo levadas, disse uma fonte à reportagem.

Sobre as armas, uma pessoa envolvida na operação disse que a PF apreendeu em menos ações mais armas, de maior poderio e mais novas.

Ontem, a secretaria disse que apreendeu 135 armas -velhas, em sua maioria.

Só em dois carros do traficante Negão, a PF achou oito fuzis, sendo dois AK 47, um AR-15 e um FAL 762, além de oito pistolas e um revólver. Todos em bom estado.

O Bope levou 11 armas apreendidas, incluindo duas metralhadoras, à PF. Poderia ter levado para a Polícia Civil.

A cúpula da segurança também investiga denúncias e indícios de que policiais teriam avisado traficantes sobre o cerco, em troca de dinheiro, permitindo a fuga dos bandidos.

Em agosto, o jornal Folha de São Paulo publicou que a Secretaria de Segurança investigava a existência de uma "caixinha" do tráfico da Rocinha para pagar policiais que dão informações sobre ações contra o tráfico.

GUERRA NO RIO: A POPULAÇÃO POBRE NÃO É O INIMIGO A SER ENFRENTADO E SIM O CRIMINOSO DESCASO PÚBLICO COM O SOCIAL E A CONIVENTE CORRUPÇÃO ESTATAL!

Carlos Molina

Já passando a ressaca nacional e principalmente local, no caso dos que vivem no Rio e na região onde foi deflagrada a guerra contra o narcotráfico de varejo, já que as grandes operações internacionais com certeza não passam pelas favelas fica a esperança de que está operação não seja apenas mais um mero factóide para uso midiático como foram as demais já realizadas no Complexo do Alemão e em outras comunidades carentes da “cidade maravilhosa”.

Tenho a máxima certeza de que não dá para tratar a questão do “crime organizado” sem levar em conta o envolvimento ou omissão das autoridades públicas, pois este se organiza somente quando existe comprometimento ou omissão das partes que o deveriam erradicar, mas não o fazem.

O crime organizado funciona como qualquer grupo que tenha estrutura empresarial formalizada, mas cujo objetivo é a busca de lucros através de atividades ilegais. Esses grupos usam da violência e da corrupção de agentes públicos. As principais características das organizações criminosas são a influência nas instituições do Estado, altos ganhos econômicos, práticas fraudulentas e coercitivas.

Outro aspecto importante é o de que somente a ação policial não é o suficiente para equacionar tal quadro de desintegração social, já que a miséria, mãe da ignorância, da fome e do desespero é filha direta da não presença do Estado enquanto agente de e distribuidor de serviços sociais geradores do equilíbrio social. Sem uma forte ação social em conjunto com a forte repressão as organizações criminosas fará com que estas quadrilhas não encontrem espaço para manipular estas populações carentes e junto a estas a substituírem o papel que constitucionalmente cabem ao poder público. O “ESTADO PARALELO” só consegue se estabelecer onde o Estado descumprindo a sua função não se faz presente.

A “banda boa” da Polícia carioca possui bons quadros em seus efetivos, mas a ação benéfica desta a muito está conspurcada pela famigerada ação orquestrada pela “banda podre” e está a muito está associada ao narcotráfico e a outros tipos de crimes, o que macula a imagem da Polícia e faz a população se sentir insegura em relação à mesma como um todo, pois fica difícil de entender que em um dia os policias estão no morro buscando a sua parte nos lucros do narcotráfico e no outro invadindo o morro para combater o mesmo.

Fora o envolvimento de segmentos do poder executivo com o “crime organizado” os outros poderes também possuem a sua banda podre, pois não são raros os casos envolvendo juízes e promotores com as facções criminosas, como também existem políticos envolvidos eleitoralmente com as mesmas, tal qual ocorre com os vereadores e deputados eleitos com o apoio das milícias e do Comando Vermelho e da ADA.

Sem que o poder público assuma a sua verdadeira função social e corte a própria carne, assim eliminando o que lhe corrói internamente, toda está grande Operação policial não passará de somente mais um grande espetáculo televisivo, mas que infelizmente só servirá para aumentar ainda mais a desconfiança que a população já possui em relação às autoridades, sendo estas policiais ou não.

 
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