domingo, 10 de outubro de 2010

Neste domingo, Ă s 22h:Dilma x Serra - Debate na TV Bandeirantes

Natanael Damasceno, O Globo

Dois dias depois de JosĂ© Serra e Dilma Rousseff voltarem Ă s rĂ¡dios e TVs para o horĂ¡rio eleitoral gratuito, os candidatos do PSDB e do PT Ă  PresidĂªncia da RepĂºblica voltam a se enfrentar em um debate.

Neste domingo, Ă s 22h, os dois se encontram no estĂºdio da Rede Bandeirantes, em SĂ£o Paulo. O programa, que serĂ¡ transmitido ao vivo, tem duraĂ§Ă£o prevista de pouco mais de duas horas e, segundo seus produtores, permitirĂ¡ um embate maior de ideias entre a petista e o tucano.

Como no primeiro encontro promovido pela emissora , os presidenciĂ¡veis ficarĂ£o de pĂ©, em pĂºlpitos. Entre eles, ficarĂ¡ o mediador do debate, o jornalista Ricardo Boechat. Os dois terĂ£o metade do primeiro bloco para responder a perguntas elaboradas pela produĂ§Ă£o da emissora, com base em temas sugeridos por internautas.

No segundo, no terceiro e no quarto blocos, os candidatos farĂ£o perguntas entre si. Diferentemente do que aconteceu no primeiro debate, nĂ£o haverĂ¡ a intervenĂ§Ă£o de jornalistas. Entre respostas, rĂ©plicas e trĂ©plicas, segundo os responsĂ¡veis pelo programa, os dois terĂ£o que se enfrentar 40 vezes. As perguntas deverĂ£o durar 30 segundos e a resposta, dois minutos. A rĂ©plica e a trĂ©plica poderĂ£o ser feitas em um minuto cada.

O quinto e Ăºltimo bloco, destinado Ă s considerações finais dos candidatos, tambĂ©m sofrerĂ¡ mudanças. Dilma e Serra terĂ£o um tempo maior que o recebido no primeiro debate na emissora para discorrer sobre ideias e propostas.

AlĂ©m do debate da Band, jĂ¡ estĂ£o marcados outros dois embates: o da Rede Record, no dia 24, e o da Rede Globo, para o dia 29, antevĂ©spera do segundo turno. Segundo a Rede TV!, PT e PSDB ainda negociam com a emissora a realizaĂ§Ă£o de um debate, que, a princĂ­pio, aconteceria no dia 17 - uma semana depois da Bandeirantes.

Banco do JapĂ£o surpreende com zero de taxa de juros

Masaaki Shirakawa, presidente do Banco do JapĂ£o

Fonte: AFP

A economia do JapĂ£o estĂ¡ padecendo hĂ¡ tempos. Mas agora tambĂ©m tem que lutar contra um iene forte, graças em parte a uma polĂ­tica monetĂ¡ria frouxa no mundo rico. Esse fator, aliado Ă s crĂ­ticas em relaĂ§Ă£o a sua incapacidade de estimular a economia, levou o Banco do JapĂ£o (BoJ, na sigla em inglĂªs) a dar trĂªs modestos – porĂ©m simbĂ³licos – passos na terça-feira, 5.

Primeiro, o banco central japonĂªs diminuiu a taxa de juros de 0,1% para um valor entre 0% e 0,1%. Isso sinaliza para o mercado – e para polĂ­ticos raivosos – que o BoJ se importa com a situaĂ§Ă£o. AlĂ©m disso, a instituiĂ§Ă£o declarou que irĂ¡ manter a taxa de juros em virtualmente zero atĂ© que haja uma “estabilidade de preço de mĂ©dio a longo prazo”.

O Banco do JapĂ£o tambĂ©m declarou que estuda a possibilidade de estabelecer um programa para comprar ativos dos setores pĂºblico e privado de bancos – incluindo ações corporativas e atĂ© fundos de Ă­ndices de ações (ETFs) e fundos de investimento imobiliĂ¡rios japoneses (J-REITs). O efeito seria o recomeço da polĂ­tica de reduĂ§Ă£o quantitativa que o paĂ­s usou para sair de sua crise bancĂ¡ria entre 2002 e 2006. A quantia inicial em consideraĂ§Ă£o Ă© de cerca de ¥ 5 trilhões (¥ 3,5 para a dĂ­vida no setor pĂºblico), que se somam aos ¥ 30 trilhões jĂ¡ orçados para os emprĂ©stimos do Banco do JapĂ£o a outros bancos.

O mercado jĂ¡ esperava algum tipo de flexibilizaĂ§Ă£o monetĂ¡ria, mas nĂ£o imaginava uma diminuiĂ§Ă£o das taxas de juros, mesmo que simbĂ³lica. O iene, que tem se fortalecido nos Ăºltimos dias e meses, inicialmente caiu em relaĂ§Ă£o ao dĂ³lar e ao euro. O Ă­ndice Nikkei subiu 1,5% – maior valor em trĂªs semanas.

Do ponto de vista polĂ­tico, as atitudes tambĂ©m foram um sucesso. O ministro das Finanças, Yoshihiko Noda, disse esperar que as ações enfraqueçam o iene e melhorem a economia. “Veio no momento certo”, elogiou o ministro da Economia, Banri Kaieda. “Acho que correspondeu Ă s expectativas do Primeiro Ministro Naoto Kan”, acrescentou.

SerĂ¡ que as ações do Banco do JapĂ£o terĂ£o impacto na economia? A mudança na taxa de juros nĂ£o muda muito na prĂ¡tica – apenas reforça a mensagem de que taxas baixas estĂ£o aqui para ficar por um tempo. O programa de compra de ativos Ă© ainda muito pequeno para importar. Uma nova rodada de atenuaĂ§Ă£o quantitativa pelo Federal Reserve no outono nĂ£o ajudarĂ¡ o iene – que voltou a se valorizar. Mas as ações sugerem que o banco central japonĂªs estĂ¡ disposto a responder a uma piora do clima econĂ´mico e se mostrar sensĂ­vel Ă  pressĂ£o polĂ­tica. A propulsĂ£o psicolĂ³gica que isso representa nĂ£o deve ser ignorada.

O Lula hoje defende o Bolsa FamĂ­lia, mas foi contra osprogramas sociais do FHC, que depois de unificados pelo atual governo deram origem ao mesmo:

O PSDB na origem dos programas sociais hoje adotados pelo Lula e o atual governo e as medidas neoliberais

Os programas sociais, que depois unificados pelo Lula se tornaram o Bolsa FamĂ­lia, foi criaĂ§Ă£o do PSDB. O primeiro programa, depois incorporado pelo governo FHC junto com a criaĂ§Ă£o de outros de mesmo sentido, foi obra do na Ă©poca governador Marconi Perillo e isto atĂ© o Lula jĂ¡ assumiu:



Um dos pilares postulados do neoliberalismo, do dogmatismo ortodoxo foi, e continua sendo, a “independĂªncia” do Banco Central e estĂ¡ foi a prĂ¡tica adotada pelo FHC, como pelo governo do PT (Palloci, Meirelles, Mantega, Paulo Bernardo, etc.) e a Dilma, ao contrĂ¡rio do Serra que Ă© contra, hoje a defende.

Como o governo Lula percebeu que haveria muita resistĂªncia polĂ­tica Ă  mudança na legislaĂ§Ă£o para assegurar a pretendida ”independĂªncia” em termos jurĂ­dicos, a opĂ§Ă£o foi pela via da polĂ­tica. Na prĂ¡tica, portanto, a autoridade monetĂ¡ria tem operado de forma atrelada aos interesses do sistema financeiro com os estĂ­mulos a entrada do capital especulativo e as conseqĂ¼entes altas taxas de juros, que sĂ£o proibitivas do ponto de vista ao estĂ­mulo ao financiamento da produĂ§Ă£o.

O atual presidente do BC, que foi um dos principais homens do Banco de Boston, Ă© um dos poucos colaboradores de primeiro escalĂ£o do governo federal que permanecem no mesmo posto desde janeiro de 2003.
Pelo art. 84 da ConstituiĂ§Ă£o o Lula tem o poder de admitir ou demitir o Presidente do BC e assim sugerir outro nome para apreciaĂ§Ă£o do Senado Federal. Mas, na prĂ¡tica foi ele que indicou o nome do presidente do BC e levou este para a apreciaĂ§Ă£o do Senado e hoje mantĂ©m o todo o poderoso Henrique Meirelles na conduĂ§Ă£o da polĂ­tica monetĂ¡ria, e ela Ă© ortodoxa e imposta pelo sistema financeiro internacional.

TĂºnel chega a mineiros presos no Chile

PatrĂ­cia Campos Mello/AE

"Éramos como crianças com doces", disse ontem um dos mineiros quando as brocas romperam no teto do refĂºgio onde 33 operĂ¡rios estĂ£o presos hĂ¡ 66 dias no Chile. Ă€s 8h05, quando começaram a cair pedaços de rocha, os homens gritaram e choraram de alegria. De cima, a equipe de resgate acompanhava em vĂ­deo as reações. No Campo Esperança, onde estĂ£o 2 mil pessoas, uma sirene tocou mais de uma hora. O sino da escolinha tambĂ©m.

Agora, o resgate dos 33 mineiros presos a 688 metros de profundidade entra na fase final e mais arriscada. Nesta etapa, os mineiros terĂ£o de ajudar em seu prĂ³prio salvamento. Primeiro, limparĂ£o os fragmentos que caĂ­ram no refĂºgio durante a perfuraĂ§Ă£o. Depois, dinamitarĂ£o a saĂ­da do tĂºnel para garantir que a cĂ¡psula FĂªnix, usada para iĂ§Ă¡-los Ă  superfĂ­cie, nĂ£o fique entalada. "Eles sĂ£o mineiros, sĂ£o acostumados a lidar com explosivos, nĂ£o hĂ¡ problemas", disse Laurence Golborne, o ministro da MineraĂ§Ă£o.

O governo prevĂª que o resgate comece a partir de amanhĂ£ Ă  noite. A grande aposta, porĂ©m, Ă© que o salvamento comece na terça-feira, quando chega Ă  mina o presidente SebastiĂ¡n Piñera. A operaĂ§Ă£o tem aumentado a popularidade do dirigente chileno. "O que começou como uma tragĂ©dia, estĂ¡ terminando como bĂªnĂ§Ă£o. Este Ă© o momento pelo qual estamos esperando hĂ¡ muito tempo", disse Piñera.

Tudo dependerĂ¡ agora de quantos metros do tĂºnel os tĂ©cnicos revestirĂ£o de aço: quanto mais revestimento, mais demorarĂ¡ para o inĂ­cio do salvamento. Logo apĂ³s o fim da perfuraĂ§Ă£o, Matt Stafeard, um americano operador da mĂ¡quina Schramm T-130, foi abraçado por vĂ¡rios dos parentes dos operĂ¡rios. "Este Ă© o trabalho mais difĂ­cil que tive na vida. Normalmente, perfuro para tirar coisas da terra, nĂ£o pessoas", disse Stafeard ao Estado. Ele acaba de voltar do AfeganistĂ£o, onde escavava poços de Ă¡gua para os soldados americanos.

"Vimos pela cĂ¢mera que o tĂºnel estĂ¡ em boas condições, acho que sĂ³ serĂ¡ necessĂ¡rio revestir de aço os primeiros 100 metros", disse James Stefanic, coordenador da Geotec, empresa responsĂ¡vel pela perfuraĂ§Ă£o no chamado Plano B.

AtĂ© agora, a tecnologia foi um dos destaques da operaĂ§Ă£o de salvamento e orgulho do Chile, jĂ¡ que muitos dos equipamentos, como a cĂ¡psula FĂªnix e o telefone usado pelos mineiros, foram criados no paĂ­s. Como disse Clint Cragg, engenheiro da Nasa que esteve na regiĂ£o em setembro: "Os chilenos estĂ£o escrevendo o manual para esse tipo de resgate. Nunca houve tantas pessoas nessa profundidade por um perĂ­odo de tempo tĂ£o longo."

Com muitas inovações, conseguiram manter os 33 mineiros - entre eles um idoso com problemas pulmonares e um diabĂ©tico - relativamente saudĂ¡veis e mentalmente sĂ£os, mesmo isolados. O engenheiro Raul Burger, dono da Burger, empresa responsĂ¡vel pelo revestimento, explicou que um dos desafios no Plano B, o tĂºnel escavado pela Schramm T-130, Ă© que o trajeto nĂ£o Ă© reto.

O grupo estĂ¡ preso hĂ¡ 64 dias sob uma temperatura mĂ­nima de 32 graus e pouca iluminaĂ§Ă£o, fornecida por uma lĂ¢mpada de 500 watts baixada por um duto. Muitos tĂªm problemas dentĂ¡rios, dermatolĂ³gicos e psicolĂ³gicos.


CIRO, QUANDO ERA CABRA MACHO, CONTAVA VERDADES SOBRE O PT

Datafolha:Dilma, que tinha 52%, caiu e fica com 48% das intenções de votos contra 41% de José Serra, que antes tinha 40%

AE

Pesquisa Datafolha divulgada na ediĂ§Ă£o de domingo, 10, do jornal 'Folha de S.Paulo' aponta a candidata do PT Ă  PresidĂªncia da RepĂºblica com 48% das intenções de votos contra 41% de JosĂ© Serra (PSDB). Em nĂºmero de votos vĂ¡lidos (sem brancos, nulos e indecisos), Dilma tem 54% contra 46% de Serra. 4% dos eleitores afirmaram que irĂ£o votar em branco ou nulo e outros 7% estĂ£o indecisos.

Na pesquisa anterior, realizada entre os dias 1º e 2 de outubro, o instituto havia feito uma simulaĂ§Ă£o para o segundo turno. Dilma aparecia com 52% dos votos totais contra 40% de Serra. 5% afirmaram que votariam em branco ou nulo e 3% estavam indecisos.

Herança de Marina

O Datafolha questionou tambĂ©m os eleitores de Marina Silva (PV), que teve quase 20 milhões de votos no primeiro turno, sobre a intenĂ§Ă£o de voto no segundo turno. 51% dos que votaram em Marina no primeiro turno declararam voto em Serra. Dilma herda 22% dos votos de Marina. Na pesquisa anterior, a petista tinha 31% dos votos da candidata verde. Serra tinha 50% Ă s vĂ©speras do primeiro turno. O nĂºmero de indecisos entre os verdes teve um aumento considerĂ¡vel, passando de 4% no primeiro turno para 18%.

EstratificaĂ§Ă£o

Na divisĂ£o por regiĂ£o, Dilma aparece com ampla vantagem no Nordeste, onde registra 62% das intenções de voto, contra 31% de Serra. No Sudeste, hĂ¡ empate tĂ©cnico (situaĂ§Ă£o em que a diferença entre os candidatos estĂ¡ dentro da margem de erro): o tucano registra 44% contra 41% da petista. No Norte/Centro-Oeste, o cenĂ¡rio tambĂ©m Ă© de empate tĂ©cnico: Serra tem 46% e Dilma, 44%. A regiĂ£o Sul Ă© a Ăºnica onde Serra lidera fora da margem de erro: 48% a 43%.

Na segmentaĂ§Ă£o por renda, Dilma lidera por 52% a 37% entre quem ganha atĂ© 2 salĂ¡rios mĂ­nimos e por 47% a 41% entre quem ganha de 2 a 5 salĂ¡rios mĂ­nimos. JĂ¡ Serra obtĂ©m 48% contra 40% entre a populaĂ§Ă£o que ganha de 5 a 10 salĂ¡rios mĂ­nimos e 58% contra 33% entre quem ganha mais de 10 salĂ¡rios mĂ­nimos.

Dilma lidera entre os homens, por 52% a 39%. Entre as mulheres, empate tĂ©cnico: 43% para a petista contra 44% de Serra. Na segmentaĂ§Ă£o por escolaridade, Dilma lidera entre quem tem o ensino fundamental, com 54%, contra 36%. Entre os eleitores que tĂªm o ensino mĂ©dio, outro empate tĂ©cnico: 44% para Dilma, 45% para Serra. O tucano lidera com 50% das intenções de voto entre eleitores com curso superior, contra 36% de Dilma.

A pesquisa foi encomendada pelo jornal e pela Rede Globo. A margem de erro Ă© de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. O levantamento foi realizado na sexta-feira, 8, com 3.265 eleitores em 201 municĂ­pios e estĂ¡ registrado no TSE com o nĂºmero 35114/2010.

 
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