sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Vote contra Belo Monte


Plínio de Arruda Sampaio, candidato do PSOL à presidência da República, foi o grande destaque do primeiro debate entre os principais candidatos ao cargo, transmitido pela TV Bandeirantes em 5 de agosto. Além da tranqüilidade ao se expressar e do refinado senso de humor, era o único que tinha algo de realmente diferente a dizer, como ele bem destacou. Qual é a real diferença entre as propostas de Serra e Dilma? E entre eles e Marina? Definitivamente não é fácil de responder. Como Plínio disse, os três candidatos pareciam Polianas, "o bem deve ser feito e o mal deve ser evitado" e, por mais que discordem dos detalhes, acreditam no rumo das políticas atuais que deveriam ser, no máximo, aprimoradas. Enquanto Plínio estava ali para apresentar uma outra proposta: "uma alternativa a um modelo de desigualdade", a ser implementado com base em "posturas radicais".

Mas o que isto significa, exatamente, na prática? A resposta não é simples. Na verdade existem inúmeras respostas. Eu gostaria de destacar uma, que concretamente considero a mais urgente e importante, com tremendas repercussões para o futuro deste país: a oposição ao sinistro projeto de construção da hidrelétrica de Belo Monte no rio Xingu. Felizmente, o assunto foi abordado no debate, apesar de que de passagem, através da pergunta do jornalista José Paulo de Andrade ao Plínio, com comentário de Marina Silva (ver o vídeo do Bloco 4). A pergunta foi a seguinte: "No programa do PSOL, além do calote da dívida, encontramos apoio à ocupação no campo e na cidade. Manifesta-se o partido em posição contrária à transposição das águas do rio São Francisco, e à construção da hidrelétrica de Belo Monte. Por quê?".

Plínio respondeu, antes mesmo de destacar que a questão do pagamento da dívida não se trata de "calote", mas da avaliação do que é realmente devido, que a ocupação de terras é um direito da massa trabalhadora e que a transposição do São Francisco serviria principalmente ao agronegócio: "Nós somos contra Belo Monte porque ele é um absurdo econômico. Ele [o local da barragem projetada] está a milhares de quilômetros de distância do mercado". Na verdade, os motivos pelos quais nos opomos a esta obra nefasta são os mais variados (ver os dez principais motivos abaixo), mas o candidato demonstrou conhecimento da questão ao citar o problema fundamental, que convenceria qualquer capitalista preocupado com o investimento do seu dinheiro. Por isso que a iniciativa privada fugiu de financiar Belo Monte, e o seu fardo, se nada for feito para evitá-lo, cairá nas costas do Estado.

É irônico que, dos três postulantes ao cargo máximo do Executivo, apenas aquele que defende uma alternativa ao capitalismo atentou para um princípio tão caro ao sistema: Belo Monte é um mau negócio. Um delírio desenvolvimentista da ditadura que conseguimos vencer no período de redemocratização do país (em 1989), quando, após o primeiro encontro dos povos indígenas de Altamira, o Banco Mundial desistira de financiar a obra. Mas que foi ressuscitado por Dilma Rouseff quando ministra da Casa Civil, para agradar o grupo político de José Sarney e as empreiteiras que ganhariam propinas e contratos generosos de baixo risco às custas do dinheiro do contribuinte.Em seu espaço para comentários sobre Belo Monte, Marina Silva disse: "Eu defendi que se suspendesse o leilão até que se resolvessem os problemas, porque, se não se resolver o problema dos índios, da viabilidade econômica, e social, o programa não tem como ser viável". Errado. Não há como se resolver o problema da viabilidade econômica. Não há como interromper o curso do último grande rio livre sem que isso seja desastroso para os indígenas. No início do programa, protestando contra a polarização do debate entre Dilma e Serra, Plínio disse: "Se vocês dois fizerem blocão, eu vou fazer bloquinho com a Marina". E, de fato, as diferenças entre Plínio e Marina mostraram-se as mais interessantes, principalmente para quem tem no meio ambiente sua preocupação principal.

Joelmir Betting levantou uma bola perfeita para Marina ao fazer-lhe a pergunta mais estúpida que pôde imaginar: "Qual deve ser a prioridade verdadeira do Brasil, o aquecimento global de todos lá no futuro, ou o déficit de saneamento básico do Brasil do presente? Porque até agora, entre nós, árvores derrubadas causam mais indignação que crianças contaminadas". Uma bobagem, mesmo porque as árvores estão sendo derrubadas aos milhões sem que se veja qualquer "indignação" nacional relevante. Marina respondeu corretamente que não há oposição entre a proteção das árvores e o saneamento básico. Mas vacilou ao dizer "eu não posso concordar que nós tenhamos que fazer e viver sempre essa oposição meio ambiente e desenvolvimento".

O comentário era de Plínio de Arruda Sampaio, que conhece a ideologia subjacente ao raciocínio de Marina, e explicitou-a dizendo que há, sim, oposição entre desenvolvimento e meio ambiente, rotulando corretamente sua oponente como uma "eco-capitalista", que "defende a ecologia até a hora do lucro": "Se você quer de fato defender o meio ambiente tem que mexer no lucro! Tem que segurar a margem de lucro do capitalista. Sem isso não tem defesa real da natureza".

Como o termo "desenvolvimento" é ambíguo e pode significar qualquer coisa, desde a melhoria das condições de saúde e educação até a apropriação e degradação do meio natural pelo espaço capitalista, não dá para dizer ao certo se Marina estava certa ou errada com a afirmação. Mas Marina confirmou a interpretação do candidato do PSOL ao iniciar sua tréplica dizendo: "Eu não tenho a mesma visão que o Plínio". E completando com as seguintes bobagens: "O capitalista precisa de água potável, terra fértil e ar puro" e "se a temperatura da Terra continuar se elevando, nós vamos inviabilizar toda a vida no planeta".

Digo que são bobagens porque ela sabe muito bem que o capitalista na Amazônia é migratório e, depois de acabar com a mata, a água potável, a terra fértil e o ar puro de um dado local, parte para outras regiões, deixando um rastro de destruição. Além do mais, apesar de ser verdade que a degradação ambiental pode acabar com toda a vida humana na terra e, com isso, também com o capitalismo, não é isso que está em questão, porque o capital não enxerga tão lá na frente. É da natureza intrínseca do capitalismo o pensamento de curto prazo, imediatista. O que está em questão é como que será a nossa qualidade de vida antes que a nossa extinção aconteça.

É por isso que no dia 3 de outubro votarei no Plínio para presidente. E num eventual segundo turno, votarei naquele que puder derrotar Dilma Rousseff e seu projeto sinistro de barramento e destruição do rio Xingu. Cabe lembrar, sinteticamente, os 10 motivos pelos quais somos contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte:

Hidrelétricas não são energia limpa: elas emitem grande quantidade de metano, um gás de efeito estufa com impacto 23 vezes maior sobre o aquecimento global do que o gás carbônico. Assim, Belo Monte poluiria tanto ou mais do que termelétricas de potência equivalente.
Belo Monte seria uma obra faraônica que geraria pouca energia. O projeto geraria apenas 39% dos 11.181 MW de potência divulgados, devido à grande variação da vazão do rio.

A Bacia do Rio Xingu é única no planeta: mais da metade de seu território é formada por áreas protegidas e a barragem inevitavelmente causaria impactos irreversíveis na biodiversidade da região. São 27 milhões de hectares de alta prioridade para a conservação da biodiversidade, abrigando 30 Terras Indígenas e 12 Unidades de Conservação. Os impactos foram destacados pelos 40 especialistas das principais universidades brasileiras que analisaram o Estudo de Impacto Ambiental, assim como pela equipe de analistas ambientais do IBAMA que, apenas dois dias antes da emissão da licença prévia, afirmaram "não haver elementos que atestem a viabilidade ambiental de Belo Monte".A barragem ameaça a sobrevivência dos 24 grupos indígenas, além de ribeirinhos e pescadores de peixes ornamentais. Canteiros de obras e novas estradas seriam construídos junto às Terras Indígenas dos Juruna da Boa Vista, Arara da Volta Grande e Juruna do Paquiçamba, com impactos irreversíveis para esses povos. E vários outros impactos indiretos igualmente graves sobre outros povos. Haveria mortandade em massa de peixes e a extinção de várias espécies. Inclusive de peixes ornamentais, que representam uma das mais importantes atividades econômicas da região e que morreriam sem oxigênio imediatamente após a formação do lago.

O Governo Federal, o Ministério de Minas e Energia e o IBAMA violaram a Constituição Federal Brasileira e a Convenção 169 da OIT. A Constituição foi violada em diversos pontos. Foi violada a Convenção 169 da OIT, que garante aos indígenas o direito de serem informados sobre os impactos da obra e de terem sua opinião ouvida e respeitada.


Haveria uma enorme imigração de trabalhadores atraídos pela obra. Mas, dos 18 mil empregos no pico da obra, só permaneceriam 700 postos de trabalho no final. A enorme migração, subestimada pelas empresas como sendo em torno de 100 mil pessoas, aumentaria a pressão sobre as terras indígenas e áreas protegidas e haveria desmatamento e a ocupação desordenada do território. O rápido crescimento populacional na região acarretaria o aumento da violência, da prostituição, dos acidentes, dos conflitos sociais e fundiários, das invasões. Por outro lado, nos 11 municípios que compõem a região da Transamazônica e do Xingu, somente 8 mil trabalhadores teriam condições de ocupar um emprego durante a construção da usina. O que acontecerá com essa grande massa de trabalhadores - mais de 100 mil - que estão chegando na região para ocupar estas concorridas vagas?

O empreendimento obriga o re-assentamento de cerca de 30 mil famílias. Ninguém sabe se serão reassentadas ou indenizadas. Quem quiser ser reassentado irá para onde?
A Licença Prévia foi emitida pela presidência do IBAMA apesar do parecer contrário dos técnicos do órgão; e as medidas condicionantes não compensam os danos irreversíveis e não representam garantia legal de responsabilidade do empreendedor. Alguns técnicos do IBAMA pediram demissão, outros se afastaram do licenciamento e outros ainda assinaram um parecer contrário à liberação das licenças para a construção da usina. Estão colocando senadores "ficha suja" para acompanhar a obra. Você confia?

O processo de licenciamento está sendo antidemocrático e está ferindo a legislação ambiental: as audiências públicas não tiveram condições para participação popular, especialmente das populações tradicionais e indígenas, as mais afetadas. As audiências são exigência legal, mais um aspecto da legislação atropelado pelos proponentes da obra.

Os impactos de Belo Monte são muito maiores do que aqueles estimados e, em muitos aspectos, irreversíveis e não passíveis de serem compensados pelos programas e medidas condicionantes propostas. O preço de Belo Monte sobe a cada dia. NINGUÉM SABE O CUSTO REAL DA USINA!!

Rodolfo Salm, PhD em Ciências Ambientais pela Universidade de East Anglia, é professor da UFPA (Universidade Federal do Pará), e faz parte do Painel de Especialistas para a Avaliação Independente dos Estudos de Impacto Ambiental de Belo Monte.

Fonte: Correio da Cidadania

Cerca de 70% do país está sob risco crítico de fogo, aponta Inpe


Raquel Maldonado/ UOL Notícias

As altas temperaturas e a baixa umidade relativa do ar registradas nas últimas semanas deixaram cerca de 70% de todo o território nacional sob risco crítico de fogo nesta sexta-feira (27), ou seja, correndo risco iminente de incêndio. A afirmação é de Raffi Agop, meteorologista e analista de queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Segundo Agop, além do ar seco e do calor, a falta de chuvas e o tipo de vegetação de cada região são fatores levados em consideração para indicar o risco de incêndio de determinada área.

De acordo com as imagens do Inpe, somente os extremos norte e sul registram condições um pouco melhores, porém isso não indica que estão fora de perigo. “A diferença entre médio risco e risco crítico não é muita. Isso depende também das condições climáticas no momento em que o foco se dissipa. O vento forte, por exemplo, pode aumentar muito o risco de queimadas”, explica Agop.
Levando em consideração as previsões para os próximos dias, a situação deve melhorar com a aproximação de uma frente fria que trará queda nas temperaturas e chuvas para algumas regiões.
Entretanto, o novo cenário chegará apenas no domingo (29) e não deve ser forte o suficiente para atingir todo o Brasil. Somente os Estados do sul do país e parte do litoral do nordeste serão afetados pela frente fria. Além disso, áreas do Amazonas, Rondônia, Pará e Amapá também devem sentir as melhoras.

Ibama concentra ações de combate a incêndios em quatro Estados do país

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, cerca de 10 mil pessoas estão envolvidas no trabalho de combate ao fogo, principalmente nas áreas de proteção ambiental. Desse contingente, 3.000 são dos institutos Chico Mendes e Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e 7.000 são bombeiros de todo país.

Para o analista do Inpe, além das condições climáticas, grande parte dos incêndios pode ter origem criminosa. Esta semana, o Ibama já aplicou mais de R$ 4 milhões em multas por queimadas ilegais na região Norte. Em Rondônia, uma pessoa foi presa em flagrante ontem (26) por atear fogo, sem autorização, em uma pastagem. Além da prisão, o infrator recebeu multa de R$ 3,4 milhões.

No Pará, sete proprietários rurais dos municípios de Novo Progresso e Altamira, no oeste do Estado, também foram multados. Eles provocaram queimadas em 724,91 hectares de pastos e florestas em regeneração. Além da multa de R$ 726 mil, o Ibama embargou as áreas.

Risco de incêndio para os próximos dias


Segundo o Ibama, a multa por queimada irregular é de R$ 1.000 por hectare em área de pasto e de R$ 5.000 em áreas de conservação, reservas legais ou áreas de proteção permanente.

A orientação dos órgãos ambientais é para que não sejam feitas queimadas, mesmo controladas, nesta época do ano. Seguindo essa recomendação, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) proibiu a queima da palha da cana-de-açúcar, que costuma ser feita durante a colheita. A chamada queima controlada, que era permitida entre às 20h e às 6h, está sob restrição total até que a umidade relativa do ar se estabilize em níveis acima de 20%.

Aumento de 250% em 2010
O total de registros de focos de incêndio em todo o território nacional cresceu 253% entre o início de janeiro e hoje (27), em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são de levantamento com bases em dados colhidos pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) do satélite Aqua.

Entre 1º de janeiro e 27 de agosto de 2009, ocorreram 10.239 notificações de incêndios. No mesmo período de 2010, o instituto contabilizou 36.133 focos de incêndio. O índice de focos de incêndio é o maior desde 2005, quando, no mesmo período, houve um total de 28.988 registros de queimadas no país.

Segundo o Inpe, é preciso frisar que ao fazer uma comparação utilizando um período longo de tempo como este é possível que ocorram distorções, uma vez que de um ano para outro as condições climáticas, como nebulosidade, por exemplo, não são as mesmas. Este fator acaba impossibilitando uma comparação exata das ocorrências.
Além disso, o Inpe utiliza diversos radares com características diferenciadas.

Normalmente, o instituto usa como referência o Noaa-15, porém desde o dia 30 de junho este radar está com limitações na cobertura dos Estados do Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia, Mato Grosso e Pará - pegando exatamente a área mais atingida pelos incêndios atualmente. Por isso, seguindo a indicação de um técnico do próprio Inpe, a reportagem utilizou dados do radar Aqua que possibilitaria uma comparação mais precisa.

Previsão do Inpe para sábado (28)
O Estado campeão até aqui em número de focos de incêndio é Mato Grosso, com 7.983 focos, um acréscimo de 510% com relação ao ano anterior (no mesmo período). Em seguida aparecem Pará (7.584, aumento de 321%), Tocantins (5.008, aumento de 344%), Maranhão (3.119, crescimento de 243%), Piauí (2.378, 511% de aumento) e Bahia (1.726, aumento de 48%).

Em 2009, neste período de 1º de janeiro a 27 de agosto, o Estado do Pará aparecia em primeiro lugar neste ranking, com 1.800 focos. Em seguida, vinham Mato Grosso (1.309), Bahia (1.161), Mato Grosso do Sul (1.139) e Maranhão (1.087).

Agosto, mês campeão

Segundo dados do Inpe, 67% de todos os incêndios notificados em 2010 ocorreram no mês de agosto.

Além disso, somente neste mês a diferença entre 2009 e 2010 foi de 495%. Enquanto que de 1º a 27 de agosto de 2009 ocorreram 4.054 notificações de incêndios, no mesmo período de 2010, o Inpe contabilizou 24.133 focos de incêndio.

Receita vê pagamento de propina no vazamento de sigilo fiscal

Antonio Carlos Costa D`ávila

AE

O corregedor-geral da Receita Federal, Antonio Carlos Costa D`ávila, informou há pouco que a Receita identificou o esquema de compra e venda de informações fiscais envolvendo a violação de sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e outras pessoas ligadas ao comando do partido. Segundo ele, o esquema envolvia pagamento de propina e encomenda externa. "Há indícios de que há um esquema. Foi identificado um esquema de compra e venda", afirmou há pouco o corregedor, em entrevista coletiva no Ministério da Fazenda.

Na próxima segunda-feira, 30, a corregedoria encaminhará duas representações para o Ministério Público contra os servidores envolvidos no esquema de quebra do sigilo fiscal. Segundo ele, as informações levantadas até agora já dão indícios suficientes sobre o envolvimento dos servidores.

Suspeitos de violar sigilo de tucanos são poupados em sindicância da Receita

A análise das 450 páginas da sindicância da Receita Federal sobre a violação de sigilo do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e de mais três pessoas ligadas ao comando do partido mostra que o órgão tem poupado os servidores suspeitos de envolvimento no caso.

O processo revela contradições entre o que disseram esses servidores e o que informam os documentos apresentados. Há também casos de omissões das autoridades nos interrogatórios sobre o acesso e a violação dos dados, ocorridos na delegacia da Receita Federal em Mauá, no ABC paulista. A Receita não contestou sequer a informação de que as senhas dos funcionários eram permutadas por causa "da grande demanda de requisições judiciais", apesar de os tucanos não terem base tributária em Mauá nem serem alvos, naquelas datas, de nenhuma ordem jurídica de quebra de sigilo.

Um dos fatos que sugerem displicência dos interrogadores é que os funcionários foram ouvidos antes que a corregedoria tivesse recebido a perícia nos computadores - que comprova o acesso às informações dos tucanos. Outro, que só foram questionados sobre Eduardo Jorge, ficando livres de perguntas sobre o acesso às declarações de renda de Luiz Carlos Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio de Oliveira e Gregório Preciado, todos vinculados ao alto escalão do PSDB.

Na TV, Serra garante continuidade de programas federais


GUSTAVO URIBE - Agência Estado
O candidato do PSDB à sucessão presidencial, José Serra, investiu na noite de hoje (26), no horário eleitoral gratuito da TV, na imagem de um político que dará continuidade às iniciativas bem-sucedidas de governos anteriores. Na propaganda de 7min18, o tucano enumerou obras e programas dos quais não foi criador, mas, segundo ele, responsável por "tirá-los do papel", como o seguro-desemprego, o lançamento dos genéricos e o Saúde da Família. "A ideia (dos genéricos) era de outro deputado, mas Serra tirou do papel", disse o locutor.

O candidato do PSDB prometeu dar continuidade ao que está dando certo, corrigir o que está dando errado e acelerar o que está parado. "Olha, eu não estou aqui para pegar no pé de ninguém, mas também não é assim, né!? O que está errado, precisa ser corrigido", afirmou Serra.

Os primeiros segundos da inserção do PSDB deram o tom da propaganda. Uma eleitora disse que queria votar no Serra, mas que não queria eleger alguém que mudasse tudo, referindo-se aos programas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A partir de então, a peça enumerou uma série de medidas a que o candidato deu continuidade quando prefeito e governador de São Paulo. Mais uma vez, a maior parte das críticas à candidata do PT, Dilma Rousseff, ficou por conta de eleitores entrevistados. "Não tem diferença de ser mulher ou homem", disse uma eleitora. "Mas (votaria numa mulher) se ela tivesse a experiência que ele tem", afirmou.

Serra criticou o governo federal na área de saúde, acusando o PT de não ter dado continuidade aos mutirões da saúde, realização sua como ministro da Saúde. "Se tivessem dado continuidade, a saúde não estaria como está", afirmou. No final da propaganda, um locutor acusou de ter alguém por trás, querendo prejudicar o PSDB, do caso da quebra de sigilo fiscal pela Receita Federal de quatro pessoas ligadas ao partido. "Violar imposto de renda é crime. A quem interessa? Quem está por trás disso?", questionou um ator. Foram mostradas ainda imagens do caso que ficou conhecido como o escândalo dos aloprados, que em 2006 envolveu integrantes do PT.


Dilma Rousseff confirma presença em quatro debates


AE - Agência Estado
Na esteira da aproximação que busca com a Igreja Católica, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, confirmou na quarta-feira sua presença no debate que será promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A coordenação de campanha de Dilma já havia confirmado a participação em outros três debates até o dia 3 de outubro: na Rede TV!, na Globo e na Record.

A petista divulgou na semana passada uma carta-compromisso com as igrejas cristãs, intitulada "Carta aberta ao povo de Deus" e a cartilha "13 motivos para o Cristão votar em Dilma Rousseff", em que a petista é apontada como a candidata que "tem feito a opção de governar olhando pelos pobres e menos favorecidos, a mesma do evangelho do Senhor Jesus Cristo". O compromisso maior da candidata do PT com evangélicos e católicos é não fazer defesa explícita do aborto ou da união civil de homossexuais.

Animado com a ampliação da vantagem de Dilma sobre o tucano José Serra, o comando petista quer aumentar a exposição dela, equilibrando as agendas pelo País, mas dando prioridade ao Sudeste - especialmente São Paulo e Minas Gerais - e o Nordeste.

STF suspende regra que proíbe piada contra políticos


Revista Época

A legislação que proíbe programas de humor de fazerem piadas com os candidatos que disputarão as eleições de outubro foi suspensa ontem por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto. De acordo com reportagem da Folha, sem julgar o mérito do caso – que só pode ser analisado pelo plenário do Supremo – Ayres Britto afirmou que o impedimento fere o princípio constitucional da liberdade de expressão e cria impedimentos aos programas, algo que já foi debatido e vetado pelo próprio tribunal.

SCALCO: O BRASIL E O PARANÁ PRECISAM DE FRUET



Em seu discurso, feito a poucos dias em Campo Largo, o experiente e digno líder Euclides Scalco, que foi um dos dirigentes políticos mais próximos a José Richa, disse que só aceitou voltar à vida pública em função de ser o suplente do Gustavo Fruet ao senado:

“Tenho muitos anos de vida pública, estava afastado dela, mas aceitei o desafio porque conheço o Gustavo. O Brasil e o Paraná precisam de um político do seu gabarito”.

Qual é o futuro para estes jovens?


25 mil jovens correm risco de morte pelo uso de crack entre 600 mil que fazem uso freqüente da droga

Agência Brasil

BRASÍLIA - O crack, droga formada pela mistura de bicarbonato de sódio e cocaína, ameaça à vida de 25 mil jovens brasileiros. A estimativa é do Ministério da Saúde e, segundo o coordenador de Saúde Mental, Álcool e Drogas do ministério, Pedro Delgado, a dependência coloca esses jovens no nível de marginalidade extrema. Ele falou sobre o problema no Seminário Internacional de Políticas sobre Drogas, na Câmara Federal.

Delgado disse ainda que faltam estudos de âmbito nacional sobre o tema, mas os dados do ministério mostram que existem padrões diferentes de uso das drogas, inclusive do crack. “Existem duas populações de consumidores de crack no Brasil. Uma que estimamos em 25 mil jovens que estejam em vulnerabilidade máxima e corram risco de vida e outra, em situação menos grave, com 600 mil pessoas que fazem uso freqüente da droga”.



Desemprego e baixos salários levam juventude para as drogas

Adolescentes são os que mais procuram ajuda para fugir do crack e das drogas, segundo levantamento do Ministério Público.

Existem causas para isso......

Nas regiões metropolitanas brasileiras, segundo IPEA, temos aproximadamente 25% dos jovens pobres desempregados. Curitiba não é diferente. Ao mesmo tempo temos aproximadamente 320 mil estudantes universitários no Paraná, nas universidades públicas e privadas, enquanto os postos de trabalho de nível superior no setor produtivo são de aproximadamente 340 mil postos.E estão ocupados.
Ou seja, a perspectiva da juventude pobre das periferias e da universitária são muito ruins. Não é por acaso o aumento da droga entre os jovens, fruto do mal estar, por falta de perspectiva. E como o mercado de trabalho gera 80% dos empregos que pagam no máximo 2 salários mínimos, dá para entender o porquê da procura pelas drogas para uso próprio ou para venda como forma de sobrevivência.



Jovens ricos têm problemas com drogas e pobres são maioria em prisões, diz pesquisa

da Folha Online

Uma pesquisa divulgada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) revelou que jovens brasileiros de elite têm problemas relacionados ao consumo de drogas e acidentes de trânsito fatais enquanto jovens pobres são maioria no sistema carcerário.

De acordo com a pesquisa, os consumidores de maconha, lança-perfume e cocaína são, em sua maioria, homens jovens brancos de classe A que ocupam papéis de filhos em suas casas e que freqüentam universidades ou o ensino médio. Eles gastam, em média, R$ 45,77 por mês com drogas. O grupo representa 0,06% da população brasileira.

Entre os consumidores declarados de drogas entrevistados pela FGV, 35% têm cheque especial e 44% têm cartões de crédito.

No quadro da elite econômica, as exceções são as de que os consumidores declarados de drogas têm contras atrasadas e uma grande percepção de violência perto de suas casas --64% deles consideram viver em vizinhanças violentas.

Perfil carcerário

Os pesquisadores da FGV concluíram ainda que, entre a população carcerária brasileira, a maioria é formada por homens solteiros, jovens, negros ou pardos e com baixa escolaridade.

Dos presidiários, 96,61% são homens, 79,10% são solteiros, 51,96% têm de 20 a 29 anos e 46,93% são negros e pardos. Entre eles, 12,23% são analfabetos, 77,44% não completaram o ensino fundamental e 46,55% têm educação intermediária.

Um fato destacado pela pesquisa é o de que, proporcionalmente, a população carcerária tem muito mais adeptos a crenças não-católicas ou não-evangélicas e muito mais pessoas que dizem não ter religião que a sociedade em geral.

Entre os presidiários, 19,47% são adeptos de crenças alternativas e 16,21% dizem não ter religião enquanto na sociedade os percentuais são de 2,99% e 6,75%, respectivamente.

Lá vem o Brasil descendo a ladeira


Do real progresso, nos últimos anos, só a elite de sempre foi a que efetivamente se apossou. A voracidade de banqueiros e empresários foi ímpar na história do país. Para turvar olhos, lembrando Vidas Secas, de Graciliano Ramos, aos atuais fabianos brasileiros foram dadas migalhas por meio de humilhantes bolsas (Família, Escola etc.). Não houve real divisão alguma do bolo. Sob perfeita maquiagem, houve crime político e golpe econômico contra os miseráveis. Em recente pesquisa foi exposto:

O Brasil é um dos países mais desiguais do planeta.

O fato é o que PT está nos braços da elite. Basta ver quem tem financiado suas campanhas. Na FSP Breno Costa informou que as doações ao Diretório Nacional/PT já são “o dobro do arrecadado pelos seis partidos da coligação PSDB”. Até julho, empresas já haviam doado 43,7 milhões; ou seja, “mais de 1.500% superior ao mesmo período de 2006” , quando Lula foi reeleito. Isso é nadar de braçada na grana da elite. A retribuição desses gordos “mimos” é obrigação cartorial.

Sobre o futuro de Lula, fico estarrecido não com suas intenções pessoais, mas com o silêncio e/ou com a conivência política de tanta gente, destacando “intelectuais” que atuam nas universidades. Nem falo daqueles que já mamam nas tetas do governo. Nesses casos, a conivência e o silêncio têm explicação óbvia: foram cooptados. Trato dos que não se beneficiam disso. Parece que perderam a língua ou sofreram de amnésia. Esqueceram a história. E alguns lecionam História! Que irresponsabilidade! Que mundo repleto de falsa igualdade estamos legando às novas gerações! Quanta despolitização!

Vale dizer: há algum tempo, a manchete sobre o futuro de Lula poderia causar convulsão política na esquerda, levando os mais exaltados ao cardiologista ou a óbito.

Imagine, nosso líder operário ser agente do Banco Mundial ou do FMI!

A esquerda diria: "Calúnia da direita"!

Hoje tudo pode. Até parece bonito. Não é incrível? Alguém mudou. Pergunto: Quem? O Banco Mundial e o FMI – execrados num passado – ou o próprio Lula e seus antigos e barbudos “companheiros”? Alguém responde ou as bocas continuarão mudas?

Seja como for, caso a Dilma ganhe, a atual “ordem”, que nos leva a uma dependência política e econômica cada vez maior, será mantida sob falso manto de um “progresso para todos”.

Requião rasgou a carta de Puebla


Valdir Izidoro Silveira(*)

A velha militância peemedebista todo o Paraná, que na Convenção Estadual ouviu e viu o discurso apaixonado de Requião defendendo a candidatura de Osmar Dias, deve ter ficado, no mínimo surpresa e também indignada com essa decida à rampa do grande defensor da Carta de Puebla.

Requião irritou os convencionais com aquele discurso, com o comportamento de Tartufo, o personagem de Molière. Da forma com que bajula Osmar e seus sequazes Requião se transforma no tartufo da política paranaense. Torna-se personagem e ator de uma ópera bufa.

Ao defender, com ardor, a candidatura de Osmar apoiado pelo PMDB, Requião jogou uma pá de cal nas suas propostas, outrora, mudancistas. Vejam que uma corrente minoritária do PMDB, mas que está no poder de mando, defende também o arreglo à candidatura Beto; ambas as correntes são de paus mandados do Requião; fazem só o que o mestre mandar.

Faço essas críticas de cabeça erguida, pois fui um colaborador leal e sempre votei no Requião. Não tenho temor reverencial por quem quer que seja; por isso essa crítica pesada e uma confissão de voto: jamais votarei em Requião que abraçou a traição por interesses meramente pessoais e com individualismo exacerbado chutou o coletivo.

A matéria plantada na Veja é um exemplo de patifaria política, de desrespeito aos companheiros leais, de comportamento de gente que não tem quaisquer compromissos éticos. As urnas vão sepultar esses personagens políticos, bem como vão sepultar a turma do Diário Secreto. Estou declarando guerra, com a nossa tribuna na praça, contra essa corja que quer fazer dos partidos, da política, uma confraria familiar e de interesses particulares.

Um partido como o PMDB, cuja militância antiga sofreu na carne as perseguições da ARENA, dos seus quadros reacionárias que sempre foram contra os projetos sociais; contra a reforma agrária, a favor dos interesses estrangeiros, repito, um partido como o PMDB não pode agora jogar a sigla nos braços de quadros orgânicos da direita, entre eles um ex-secretário de Requião e ex-ministro da agricultura de Lula que, mesmo estando no PMDB, apóiam a candidatura de Osmar Dias.

O Pessutão, "era" o nosso candidato, mas se essa traição acontecer, já decidi de que lado estarei; votarei nos meus camaradas do PCB porque não vou rasgar os meus princípios votando naqueles que apoiaram o golpe militar e ajudaram, com seus aplausos – será que foi só aplauso?-, a prender, a torturar e assassinar meus companheiros.

Cuidado minha gente; o inimigo está dentro da nossa casa! Eu não rasgo e não rompo com os meus princípios, como Requião rasgou e rompeu com a Carta de Puebla ao se apaixonar por Osmar.

(*) Jornalista e engenheiro agrônomo.

PR: Ibope e Datafolha dão vitória para Richa no primeiro turno


JOYCE CARVALHO/TERRA

Pesquisas Ibope e Datafolha divulgadas nesta quinta-feira (26) pela RPC TV apontam vitória de Beto Richa (PSDB) já no primeiro turno da disputa para o governo do Paraná.

O tucano já atingiu 50% das intenções de voto no levantamento realizado pelo Ibope, e chega a 47% na pesquisa Datafolha.

Seu principal adversário, Osmar Dias (PDT), tem 34% nas duas pesquisas. De acordo com o Datafolha, Beto Richa subiu de 46% para 47% em comparação com pesquisa divulgada na semana passada pelo mesmo instituto. Osmar manteve os 34%. Nenhum outro candidato atingiu 1% das intenções de voto. Brancos e nulos somam 3% e 15% ainda estão indecisos. A margem de erro é de três pontos percentuais. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional eleitoral sob o número 19550/2010. O Datafolha ouviu 1200 pessoas entre os dias 23 e 25 deste mês. A pesquisa foi contratada pela RPC e pela Empresa Folha da Manhã.

Pelo Ibope, Richa ampliou ainda mais sua vantagem, saltando de 46% para 50%. Osmar oscilou de 33% para 34%. Os demais candidatos também não pontuaram. Brancos e nulos chegam a 4% e indecisos, 11%. A pesquisa, contratada pela RPC, ouviu 1008 pessoas entre segunda e quarta-feira desta semana. A margem de erro é de três pontos. A pesquisa está registrada no TRE-PR sob o número 19644.

Senado

O Ibope também apurou as intenções de voto para o Senado. O ex-governador Roberto Requião (PMDB) lidera com 50%, seguido por Gleisi Hoffmann (PT), com 42%. Gustavo Fruet (PSDB) tem 20% e Ricardo Barros (PP), 14%. Brancos e nulos chegam a 8%, enquanto há 32% de indecisos.

O debate na Band com os candidatos ao senado



O formato do debate entre os candidatos ao senado embora tenha permitido que este fosse democrático ao garantir o acesso do candidatos dos partidos menores, no caso o PV e o PSOL, acabou por gerar um tempo menor para cada um expressar as suas posições, como também para uns questionarem aos outros com maior profundidade.

Na face de todos os candidatos estava expresso os desgastes físicos que a campanha lhes trouxe, sendo que pela idade mais avançada o que aparentava estar mais desgastado era o ex-governador Requião, que embora esteja bem a frente dos demais pelo que indica as pesquisas divulgadas ontem chegou ao seu ponto máximo de crescimento eleitoral, já que entre todos é do ponto de vista da campanha o mais conhecido pelo eleitorado.

O Gustavo Fruet foi firme e claro em suas colocações e conseguiu com maestria estabelecer os contraditórios. Ele destacou que temas essenciais para o país e para o Estado estarão em pauta no Senado nos próximos anos, como as reformas – tributária, política e da Previdência - e disse que esta eleição é a oportunidade de renovação na política do Paraná.

Em seu posicionamento educado, mas crítico apontou a contradição central que envolve as campanhas de seus adversários ao senado abrigados na Coligação encabeçada pelo Osmar, onde hoje prevalece o "fogo amigo":

“Fico pensando como seria se um de nós tivesse em algum momento entrado com processo judicial contra outro integrante da chapa”.

Este questionamento foi uma direta ao processo movido pelo ministro do Planejamento Paulo Bernardo contra o ex-governador Requião diante da acusação do então governador de que a implantação da ligação ferroviária de Ipiranga seria uma negociata. O ex-governador e a Gleisi, mulher do ministro são hoje candidatos da mesma coligação. Para ele naquele episódio o Paraná perdeu a possibilidade de construir o ramal em razão da personalidade do ex-governador.

Gustavo Fruet disse que a única ação firme do governo federal na economia foi a manutenção da política macroeconômica, do governo anterior, que garantiu a estabilidade para dar sustentação ao desenvolvimento econômico.
Ele também criticou a política de juros altos, defendeu maior fiscalização do Senado sobre as agências reguladoras e sobre o Banco Central. “"Os Bancos obtiveram lucros recordes, o que é uma contradição para um governo que se diz dos trabalhadores", afirmou.

No debate o Gustavo apontou o fato de que o governo federal está destinando R$80 bilhões do orçamento ao BNDES as grandes empresas e destacou que nos últimos anos a maior parte dos financiamentos do banco foram para apenas 12 grandes oligopólios, dois públicos e dez privados, sendo entre eles cinco empreiteiras.

O candidato do PSDB classificou o atual Congresso como "refém do Executivo", em uma “relação promíscua e de submissão”.

O Ricardo Barros, que é um político de resultados, logo no início de sua explanação afirmou que graças ao seu trabalho enquanto deputado conseguiu trazer recursos para mais de duzentos municípios do Paraná.

Um dos temas centrais da campanha do Ricardo Barros é a segurança e ele criticou a falta de policiais, de delegados e lembrou a sensação de medo que os paranaenses vivem e aponto como umas das principais causas a falta de investimento estatal na contratação de policiais. Como exemplo ele apontou um caso:

“O povo do Paraná está com medo. Há municípios como Itaúna do Sul e Diamante do Norte que são atendidos por meio policial, ou seja, é o mesmo policial que cuida das duas cidades no mesmo turno”

Sobre o tema segurança e os caminhos para solucionar o alto grau de violência ele também afirmou:

“Os dados mostram que hoje o efetivo da polícia civil é a metade do de oito anos atrás. E o número de policiais militares é o mesmo há muitos e muitos anos”.

“Temos que garantir a segurança das nossas famílias. O crack está em todas as cidades, inclusive nos menores distritos do Estado”

“Vamos ocupar nossos jovens ao permitir estágio a partir dos 14 anos para alunos do ensino regular. Eles vão aprender um ofício e ajudar na renda da família”.

Ricardo reforçou que as suas propostas focam na defesa da família. Junto ao trabalho de proteção das crianças e dos jovens, ele vai priorizar a regionalização efetiva do sistema de saúde e a criação de um programa de renda mínima para garantir uma velhice digna a milhares de idosos:

“Só com o núcleo familiar salvaremos nossas crianças das drogas. Precisamos recuperar a autoridade da família”.

No debate a Gleisi Hoffmann (PT) abordou com maior ênfase a questão da segurança e da diminuição da maioridade penal. Gleisi se posicionou contra essa medida. A candidata entende que não é com a diminuição da idade que vamos combater a criminalidade:

“É importante combater o crime e o narcotráfico, mas precisamos ter políticas em favor dos nossos jovens”.

“Quero estar no Senado para votar um plano integrado na Segurança Pública, com o Susp (Sistema Único de Segurança Pública), dando mais recursos para as polícias, combatendo o crime nas fronteiras, agora com ajuda das Forças Armadas, mas é essencial políticas estruturantes em apoio as nossas famílias, aos jovens, com também políticas sociais”.

Quando perguntada pelo Roberto Requião (PMDB) sobre as conquistas do Governo Lula ela disse:

"Assisti hoje o programa eleitoral da nossa presidenta Dilma, onde mostrou que o Bolsa Família trouxe mudanças profundas para os brasileiros. O programa do Governo Lula deu oportunidades e dignidade a mais de 12 milhões de famílias, que foram diretamente beneficiadas pelo Bolsa Família."

Em relação a questão familiar ela afirmou:

"Defendendo as mulheres e as crianças e assim, será possível, defender os direitos da família melhorando as relações na sociedade."

O Requião, como vidraça que é ao ser o ex-governador, no debate fez a defesa de seu período no governo do estado:

“O Paraná é um hoje um sucesso administrativo, batendo recorde na geração de empregos. É essa experiência toda que tem que ser levada ao Senado.”

“A polícia tinha comandos indicados por deputados, estava sucateada. Ampliamos o efetivo, compramos armamentos, viaturas; criamos a Força Alfa, na fronteira e o policiamento comunitário”.

“Fizemos o livro didático público, a capacitação continuada dos professores, a TV Paulo Freire, colocamos um televisor com pen-drive em cada sala de aula, construímos canchas esportivas. Levantamos a qualidade do nosso ensino”

Em defesa do governo Lula, o que soou até de forma caricata, já que até a pouco foi um dos seus maiores críticos, disse:

“O Lula acabou com aquela história de fazer o bolo crescer para dividir. Ele mexeu na base. Vinte e um milhões de brasileiros saíram da pobreza absoluta.”

O Piva, que não tem nada a eleitoralmente perder e sim a ganhar pela visibilidade alcançada com o debate, o que ele próprio reconheceu ao citar que o tempo que teve era maior do que tinha no horário do TRE, se posicionou como o "advogado do diabo".

Tal qual o candidato de seu partido à presidência da República, Plínio de Arruda Sampaio, fez no debate a presidência o candidato do PSOL roubou a cena. A todo momento o Piva provocou os adversários, fez piadas e chegou a propor o fechamento do Senado:

"Posso até estar errado. Mas quero propor um plebiscito sobre isso, para saber a opinião do povo, que paga R$ 3 bilhões por ano para sustentar esse abrigo de coronéis como o José Sarney (PMDB)".


Rubens Hering (PV) em vez de expor suas idéias sobre o que é a proteção em defesa do meio ambiente e principalmente sobre o que é o desenvolvimento sustentável, teses chaves de seu partido, em tom moralista perdeu o seu tempo cobrando dos adversários a defesa da cassação dos mandatos na Assembleia Legislativa do Paraná e em pedir a todos os eleitores que lhe dêem o segundo voto:

“Convido os senhores a endossar o pedido do PV ou estarão sendo coniventes com esse desvio do dinheiro público”.

"Peço que me dêem o segundo voto para o senado".


*O debate pela escassez de tempo só cumpriu em parte a função de esclarecer o eleitorado sobre o que os candidatos pensam sobre os demais e o que os mesmos propõem para a sociedade.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | belt buckles