sexta-feira, 5 de novembro de 2010

China apoiará metas francesas na presidência do G-20


AE

A China declarou apoio ao objetivo da França de usar a sua presidência do G-20, grupo das 20 economias mais industrializadas do mundo, para reformar o sistema financeiro mundial, disse o presidente Hu Jintao em Paris, após um jantar com o presidente da França, Nicolas Sarkozy. Hu realiza uma visita oficial à França e a China confirmou acordos comerciais com a França no montante de US$ 20 bilhões. Os chineses comprarão aviões e urânio dos franceses.

"A China apoia a França nos seus esforços para garantir o sucesso da cúpula do G-20 no próximo ano", disse Hu. A França assumirá a presidência do grupo a partir do encontro do G-20 na Coreia do Sul na próxima semana. Em comunicado conjunto, os líderes disseram que Paris e Pequim "acreditam que o G-20 precisa refundar o sistema financeiro internacional sobre bases mais saudáveis e seguras".

Sarkozy afirma que suas prioridades, após a França assumir a presidência do G-20, serão a melhora na coordenação entre as potências para lidar com o câmbio e os preços das matérias-primas (commodities).

"A França quer ter a China intimamente associada durante sua presidência do G-20", afirmou Sarkozy. "Eu sei que posso contar com o apoio chinês para progredir em três grandes metas, a primeira das quais é a reforma do sistema monetário global, numa época em que a China virou uma grande potência monetária", disse o mandatário francês.

Segundo informações da agência Associated Press, os acordos comerciais confirmados hoje envolvem a venda de urânio francês à China, bem como de aeronaves da Airbus. Em comunicado, a presidência francesa afirma que o acordo aeronáutico estabelece a venda de 102 aviões comerciais modelos 320, 333 e 350 da Airbus para as empresas aéreas Air China, China Eastern e China Southern., a um valor aproximado de US$ 14 bilhões. Outro grande acordo envolve a venda de 20 mil toneladas de urânio da estatal nuclear francesa Areva para a China Guangdong Nuclear Power Corp. Os franceses fornecerão o combustível nuclear à China durante 10 anos e a Areva diz que o contrato vale US$ 3,5 bilhões.

O acordo assinado entre França e China no setor também beneficiará a economia britânica, disse o ministro de Negócios do Reino Unido, Mark Prisk. Segundo ele, os britânicos receberão encomendas de peças e equipamentos para as aeronaves Airbus. "Isso representa notícias fantásticas para o setor aeroespacial do Reino Unido, com essas novas encomendas significando um valor superior a US$ 5 bilhões", afirmou. As informações são da Dow Jones.

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